Com direito a 'pneu', João Fonseca arrasa argentino em estreia no quali do Aberto da Austrália

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Vindo de dois títulos consecutivos, João Fonseca manteve o embalo nesta terça-feira e fez uma boa estreia no Aberto da Austrália. O jovem tenista brasileiro arrasou o experiente argentino Federico Agustín Gómez pelo placar de 2 sets a 0, com parciais de 6/4 e 6/0, em apenas 1h07min de confronto, disputado em Melbourne.

 

A partida foi válida pela primeira rodada do qualifying, a fase preliminar que distribui vagas na chave principal do Grand Slam australiano, o primeiro da temporada. Fonseca busca entrar nesta chave pela primeira vez em sua carreira, após se destacar nas disputas juvenis de competições deste nível - em 2023, foi campeão juvenil do US Open.

 

Para conquistar a vaga na chave principal do Aberto da Austrália, o tenista de 18 anos precisa vencer mais duas partidas. Seu próximo adversário será Coleman Wong, de Hong Kong. O tenista asiático sofreu para vencer na estreia o casaque Dmitry Popko por 7/5, 3/6 e 7/5, em mais de duras horas de partida.

 

Wong tem 20 anos, mas também está dando seus primeiros passos entre os profissionais, assim como Fonseca. Ele é o atual 172º do mundo, mas já apareceu em 128º no ano passado. O brasileiro subiu para o 113º posto na atualização da segunda-feira.

 

O tenista do País vive seu melhor momento desde a estreia entre os profissionais, na temporada passada. Ele vem de dois títulos consecutivos. Antes do Natal, foi campeão do Torneio Next Gen, que reuniu os oito melhores do mundo com até 20 anos de idade na Arábia Saudita - foi o primeiro sul-americano a levantar esse troféu. E, na primeira semana deste ano, ele foi campeão do Challenger de Camberra, na Austrália.

 

Com estes títulos em série e o resultado desta terça, Fonseca soma 11 vitórias consecutivas, se aproximando cada vez mais do Top 100 do ranking da ATP. Se vencer suas três partidas e "furar" o quali, o brasileiro deve entrar na lista dos 100 melhores do mundo.

 

Nesta terça, contra um rival de 28 anos, Fonseca não se intimidou diante de um adversário bem mais experiente e começou a partida quebrando o saque do argentino. Sem dificuldades para confirmar seus games de serviço na sequência, o brasileiro encaminhou o primeiro set, abrindo vantagem na partida.

 

A segunda parcial foi um passeio brasileiro. Fonseca se impôs em quadra desde o primeiro game e não deu qualquer chance para a reação de Agustín Gómez, confirmando o "pneu" no placar. O brasileiro, que não teve o saque ameaçado em nenhum momento do confronto, terminou a partida com 17 bolas vencedoras, contra 14 do argentino. E 10 erros não forçados, diante de 24 do oponente.

 

MONTEIRO E PIGOSSI AVANÇAM

Thiago Monteiro e Laura Pigossi também avançaram em suas estreias no quali, após terem seus jogos adiados na segunda-feira, em razão das chuvas em Melbourne. Monteiro, número dois do Brasil, derrotou o local Jason Kubler por 7/6 (7/4) e 7/6 (7/4). Na sequência, o 106º do ranking vai encarar o francês Valentin Royer, 203º.

 

Laura Pigossi, 165ª do mundo, superou a espanhola Guiomar Maristany (199ª) por 6/3 e 6/1. Na segunda rodada, a medalhista olímpica enfrentará a experiente suíça Viktorija Golubic, atual 90ª, mas que já foi a 35ª em 2022.

 

No início da rodada, ainda na noite de segunda, pelo horário de Brasília, Felipe Meligeni sofreu um mal-estar e precisou abandonar em sua estreia. Antes, Gustavo Heide foi derrotado pelo 10º favorito. Com estes resultados, apenas Fonseca, Monteiro e Pigossi seguem na briga por uma vaga na chave principal, que já tem garantidos os brasileiros Thiago Wild e Beatriz Haddad Maia.

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Dormir bem é importante para a saúde de homens e mulheres com sobrepeso, mostra um estudo publicado recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Pessoas com excesso de peso que ficam acordadas até muito tarde tendem a ter um risco maior de síndrome metabólica - conjunto de condições que elevam o risco de doenças cardíacas, diabete, derrame e outros problemas crônicos.

 

"Nossa pesquisa mostra que as interrupções no relógio biológico interno do corpo podem contribuir para consequências negativas à saúde de pessoas que já podem ser vulneráveis pelo peso", disse a principal autora do estudo, Brooke Shafer, pesquisadora de pós-doutorado do Laboratório de Sono, Cronobiologia e Saúde da Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. Além disso, o sono ruim produz diferentes riscos à saúde entre homens e mulheres, mostram os resultados.

 

A PESQUISA

 

Para o estudo, foram recrutados 30 voluntários com um IMC maior que 25, o que os colocou na categoria de sobrepeso ou obesidade. A equipe usou amostras de saliva para descobrir o horário da noite em que o corpo de cada pessoa começava a produzir o hormônio melatonina, que inicia o processo de adormecer. Os participantes registraram então seus hábitos de sono nos sete dias seguintes.

 

Os pesquisadores avaliaram a diferença de tempo entre o início da melatonina e o tempo médio de sono para cada voluntário para determinar se a janela entre esses fatores era estreita ou ampla. Uma janela estreita significa que alguém adormece pouco após o início da melatonina, e uma ampla significa o oposto. A estreita sugere ainda que a pessoa está ficando acordada até muito tarde para o seu relógio biológico interno, conforme o estudo.

 

HOMENS E MULHERES

 

Homens que adormeciam mais perto do início da melatonina tendiam a ter níveis mais altos de gordura abdominal, mais triglicerídeos gordurosos no sangue e um risco geral mais alto de síndrome metabólica do que homens que dormiam mais cedo e melhor, mostram os resultados.

 

Mulheres com uma janela de sono curta tinham maior gordura corporal geral, níveis elevados de açúcar no sangue e frequência cardíaca de repouso mais alta, descobriram os pesquisadores.

 

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Eli Lilly anunciou nesta terça-feira, 20, que os dados preliminares de um estudo em estágio final mostraram que seu medicamento para perda de peso reduziu significativamente o risco de progressão para diabetes tipo 2 entre adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso. Após o anúncio, a ação da empresa avançava 2,27% no pré-mercado em Nova York, Às 9h10 (de Brasília).

 

Em nota, a farmacêutica americana afirma que os resultados derivam de uma pesquisa de três anos para avaliar a eficácia e segurança de uma dose semanal de tirzepatide, ingrediente da injeção Zepbound e do medicamento para diabetes Mounjaro. O levantamento foi conduzido com 1.032 adultos com pré-diabetes e obesidade ou sobrepeso.

 

Segundo a Eli Lilly, a aplicação do medicamento em tratamento de longo prazo conseguiu "reduzir significativamente" o risco de progressão para diabete tipo 2, em 94%. Além disso, o medicamento também levou a uma redução significativa do peso em uma média de 15% a 22,9%, dependendo da dosagem, em comparação com a redução de 2,1% em pacientes que receberam placebo.

 

No entanto, pacientes que abandonaram o tratamento com tirzepatide após um período de 17 semanas voltaram a ganhar peso e a ampliar riscos de progressão para diabetes tipo 2. Contudo, esses participantes ainda mantiveram 88% menos probabilidade de desenvolver a doença, em comparação aos adultos que tomaram o placebo.

 

As vendas dos medicamentos para diabetes e perda de peso Mounjaro e Zepbound, da Eli Lilly, tornaram-se um fator fundamental para o desempenho da farmacêutica, com os lucros do segundo trimestre superando amplamente as expectativas. Somente as vendas do Mounjaro mais do que triplicaram, passando para US$ 3,09 bilhões no segundo trimestre deste ano, de US$ 979,7 milhões no ano anterior. *Com informações da Dow Jones Newswires.

De acordo com boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira, 7, o número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), aumentou 75% nas últimas quatro semanas. Entre os dias 25 de fevereiro e 2 de março, especificamente, a doença disparou em todas as regiões do Brasil. A pesquisa mostra ainda que os vírus causadores mudam conforme a região - entre eles estão o coronavírus (causador da covid-19), influenza (gripe) e o vírus sincicial respiratório (VSR).

 

Enquanto no Centro-Sul predomina a covid-19, nas regiões Sudeste e Sul, além da covid-19, há também um aumento nos casos de influenza, indicando uma coexistência de ambas as doenças. Já no Norte e Nordeste, o influenza também apresenta um crescimento significativo, principalmente entre a população adulta. Os dados foram levantados com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe).

 

Com relação ao VSR, a pesquisa apontou o ressurgimento do vírus em todas as regiões do País, com a possibilidade de associação ao retorno às aulas. Esse vírus é conhecido por ser o principal responsável pela bronquiolite em bebês, doença respiratória comum e altamente contagiosa, caracterizada por sintomas como tosse persistente e dificuldade respiratória. "Nesse caso, crianças com até 2 anos são as principais infectadas, mas também é importante destacar o risco de para idosos", afirmou Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

 

Em 2024, foram notificados 13.636 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), dos quais 5.285 (38,8%) apresentaram resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 5.576 (40,9%) foram negativos e 1.955 (14,3%) aguardavam resultado laboratorial. Dentre os casos positivos, 68,6% foram atribuídos à covid-19. Em seguida veio o vírus sincicial respiratório, responsável por 11,4% dos casos. Influenza A correspondeu a 9,3% dos registros e influenza B, a 0,3%.

 

Gomes também ressaltou que a incidência de SRAG por covid-19 impacta mais fortemente as crianças de até 2 anos e a população com 65 anos ou mais. "Por outro lado, a mortalidade decorrente da doença tem sido especialmente elevada entre os idosos, com predominância da infecção pelo coronavírus", afirmou o especialista.

 

Cuidados e prevenção

 

Com relação à covid e à gripe, a Fiocruz ressalta que a vacinação segue sendo o principal meio de enfrentamento. Além disso, a instituição destacou a eficácia do uso de máscaras do tipo N95 e PFF2, que reduzem o risco de contrair vírus respiratórios, especialmente em unidades de saúde, que possuem grande circulação de pessoas infectadas.

 

Outra recomendação é buscar atendimento médico em caso de surgimento de sintomas parecidos com resfriados, principalmente aqueles que fazem parte de grupo de risco, para que sejam encaminhados para tratamento adequado à eventual doença.