Thiago Monteiro desperdiça match points, permite virada de japonês e cai no Aberto da Austrália

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O brasileiro Thiago Monteiro sentiu o gostinho da vitória na sua estreia do Aberto da Austrália, mas a deixou escapar ao perder dois match points e permitir a virada do japonês Kei Nishikori por 3 sets a 2, parciais de 6/4, 7/6 (7/4), 5/7, 2/6 e 3/6, em 4h06min de partida. O número 106 ainda reclamou de dores e precisou de atendimento médico.

Monteiro somou seu oitavo revés consecutivo em Grand Slam e continua sem conseguir vencer Nishikori, perdendo os dois confrontos que fez até hoje contra o japonês. Sua última vitória em um dos quatro principais torneios do circuito foi em 2022, no US Open, diante do eslovaco Alex Molcan.

Já o japonês aguarda o vencedor da partida entre o americano Tommy Paul e o australiano Christopher O'Connel para conhecer seu adversário na próxima fase. Nishikori já chegou às quartas de final em quatro oportunidades no Aberto da Austrália, sua melhor colocação até o momento.

Na partida, Thiago Monteiro impôs um ritmo forte, com saques certeiros e conseguiu a primeira quebra de serviço no quinto game. Assim que ficou à frente do placar, não saiu mais e administrou a vantagem até confirmar a vitória no set inicial por 6/4.

A partida continuou equilibrada, mas o brasileiro parecia estar mais concentrado, tanto que se manteve calmo no tie-break e aproveitou dos erros do rival para vencer por 7/4, em um segundo set sem quebras.

No começo do terceiro set, um susto: Monteiro precisou evitar sete break points para confirmar o serviço, mas tudo levava a crer que a vitória seria do brasileiro. Quando estava vencendo por 5/4, ele teve duas oportunidades de fechar a partida, mas Nishikori reagiu, suportou a pressão e virou, vencendo por 7/5.

No quarto set, a maré virou. Monteiro reclamou de dores da virilha e precisou de atendimento médico. Em quadra, já não mostrava o mesmo nível de concentração e permitiu uma vitória fácil do japonês, que empatou o duelo com um 6/2.

O brasileiro continuou lutando com as dores no último set e não foi páreo para Nishikori. Monteiro até chegou a sair na frente, mas teve dois serviços quebrados e viu seu adversário sacar com extrema facilidade para confirmar a vitória e consequentemente a classificação.

O próximo representante do Brasil no Aberto da Austrália será Thiago Wild, que entrará em quadra neste domingo. Ele terá pela frente o húngaro Fabian Marozsan, 57º do ranking da ATP.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.