'Quero jogadores que queiram jogar no Palmeiras', diz Abel após recusa de Claudinho

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Um dia após Claudinho mudar seus planos, frustrar o Palmeiras e aceitar proposta do Al Sadd, do Catar, Abel Ferreira deu um recado claro nesta quarta-feira: deseja ter, em seu elenco, atletas que realmente queiram jogar no time alviverde.

 

"Às vezes acontece esse tipo de situação. Queremos aqui jogadores que queiram muito vir ao Palmeiras, jogadores de caráter e palavra", enfatizou o treinador após a vitória de virada por 2 a 1 sobre o Santos na Vila Belmiro. "Temos o que estão conosco. Sabemos o quão difícil é trazer jogadores".

 

O Palmeiras pagaria 17 milhões de euros - cerca de R$ 117 milhões - ao Zenit, da Rússia, para ter Claudinho, que reforçaria o ataque. Ele havia aceitado a proposta na segunda-feira. Mas, conforme afirmou a presidente Leila Pereira, enquanto clube e representantes do meia-atacante trocavam contratos, veio o aviso do estafe do atleta de que ele não mais seria jogador do time alviverde.

 

Abel mostrou certa frustração pela escolha de Claudinho, com o qual Leila disse ter falado duas vezes ao telefone. "A parte mais triste é que não é a primeira vez que isso acontece", lamentou o treinador. "Não é o jogador que joga, é o homem que joga. Tenho a sorte de ter homens de caráter para jogar aqui. Nós queremos homens que tenham muita vontade de vir ao Palmeiras. Nossa presidente foi muito clara. Talvez vocês não estejam habituados com essa clareza. Os que não quiserem vir não vamos insistir muito".

 

Para o português, está cada vez mais difícil encontrar talentosos jogadores sem gastar valores vultosos. Um caso raro disso é Richard Ríos, que garantiu a vitória no clássico desta quarta. O clube pagou pouco pelo colombiano, apenas R$ 6 milhões por 60% dos direitos econômicos do jogador em 2023. "Quero que os jogadores que tenho continuem a trabalhar, a ser esse grupo de caráter contra quem for, que joguem para ganhar", disse ele.

 

O técnico deixou claro que quer mais um zagueiro, um meio-campista e um atacante nesta janela. Vieram apenas o uruguaio Facundo Torres, que fez sua estreia no empate por 1 a 1 contra o Noroeste, e Paulinho, ex-Atlético-MG, que passa por recuperação após uma cirurgia e só deverá estar à disposição de Abel em abril., por enquanto. "Com o trabalho e dedicação da nossa direção vamos perceber as reais necessidades da nossa equipe. Tem jogadores que temos que potencializar".

 

O triunfo parecia improvável e foi conquistado, na avaliação do treinador, pela mudança de postura no segundo tempo, etapa em que o time apresentou agressividade e intensidade. "Melhorou a agressividade no último terço. Fomos agressivos e controlamos o jogo", avaliou.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.