Keys derruba Swiatek e encara Sabalenka na decisão do Aberto da Austrália

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A americana Madison Keys foi o grande destaque das semifinais da chave feminina do Aberto da Austrália, nesta quinta-feira, ao buscar uma virada sobre a favorita polonesa Iga Swiatek numa batalha de 2 sets a 1, com parciais de 5/7, 6/1 e 7/6 (10/8), em 2h35min de confronto em Melbourne. Keys enfrentará na final a belarussa Aryna Sabalenka, atual número 1 do mundo.

A eliminação de Swiatek, que não conseguiu superar sua melhor campanha no Major australiano, garante Sabalenka no topo do ranking ao fim da competição. Se a polonesa tivesse vencido, poderia desbancar a rival da posição de número 1 do mundo.

Favorita na decisão, Sabalenka tentará seu quarto título de Grand Slam, em busca do tricampeonato na Austrália, enquanto Keys disputará sua primeira final em Melbourne, em sua melhor campanha no torneio até agora. A americana, atual 14ª do mundo, mas que já foi a sétima, busca seu primeiro título de Grand Slam na carreira. Seu melhor resultado é o vice-campeonato do US Open, em 2017.

A tenista de Belarus foi a primeira a garantir a vaga na decisão. A número 1 do mundo não deu chances à espanhola Paula Badosa, 12ª do mundo, e venceu por 2 a 0, com parciais de 6/4 e 6/2. A favorita disparou 32 bolas vencedoras, contra 11 da rival. Mas, ao arriscar mais, cometeu mais erros não forçados: 21 a 15.

Sabalenka faturou quatro quebras de saque, duas em cada set. E perdeu o serviço apenas uma vez, no set inicial. No segundo, sequer teve o seu saque sob ameaça. Sem sustos, Sabalenka confirmou sua 20ª vitória consecutiva na quadra dura do complexo localizado em Melbourne, após 1h26min.

A líder do ranking vai disputar uma final de Grand Slam pela quinta vez, sendo a terceira no Aberto da Austrália. Ela busca o quarto título de Major e o tri em Melbourne - também foi campeã e vice no US Open, em 2023 e 2024, respectivamente. Se conquistar o tri, Sabalenka se tornará a primeira desde Martina Hingis (1997-1999) a faturar três troféus em sequência em Melbourne.

A outra semifinal foi mais equilibrada e marcada pela longa duração e pela tensão. Iga Swiatek e Madison Keys fizeram um duelo de altos e baixos ao longo de três sets. A americana saiu atrás no placar, no set inicial, mas buscou uma forte reação no segundo, quando quase obteve um "pneu" diante da forte queda de rendimento da polonesa.

No terceiro set, Keys precisou salvar um match point antes do tie-break e passou a maior parte da disputa final atrás no placar. Sem desanimar, a ex-Top 10 cresceu nos pontos finais e aproveitou nova oscilação da polonesa para fechar o placar em seu primeiro match point na partida.

Para efeito de comparação, Swiatek, favorita à chegar à final, havia perdido apenas 14 games em seu caminho até a semifinal. E, somente nesta quarta, perdeu 11 nos dois primeiros sets. Acumulou 18, se incluir o tie-break. A derrota não afetará a segunda posição da polonesa no ranking da WTA.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.