Madison Keys destaca entrega em quadra e se livra de peso: 'Não sabia se teria outra chance'

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A norte-americana Madison Keys não segurou a emoção e chorou em quadra, neste sábado, após surpreender a favorita Aryna Sabalenka na decisão do Aberto da Austrália, em Melbourne. A poucas semanas de completar 30 anos, Keys é a quarta tenista mais velha a conquistar um título de Grand Slam pela primeira vez, em sua 46ª tentativa, atrás de Flavia Pennetta (33), Ann Jones (30) e Francesca Schiavone (29).

"Eu queria isso havia tanto tempo. Estive em outra final de Grand Slam e não foi do meu jeito, não sabia se teria outra chance", desabafou Keys, com o troféu em mãos, lembrando do vice-campeonato do US Open de 2017. "Fiz minha primeira semifinal de Grand Slam aqui em Melbourne, então agora ter vencido meu primeiro Grand Slam no mesmo lugar significa tudo para mim. Mal posso esperar por mais."

Com o título do Aberto da Austrália e o 12º triunfo seguido na temporada, Keys vai ganhar sete posições no ranking da WTA e voltar a integrar o top 10, em sétimo lugar, igualando sua melhor marca.

Além de passar pela líder do ranking na decisão, ela já havia eliminado a polonesa Iga Swiatek, número 2 do mundo, nas semifinais. A norte-americana destacou a agressividade que impôs diante das favoritas e a coragem em quadra para atingir seus objetivos. "Eu não queria estar na mesma situação do que quando olhei para trás e pensei: 'Cara, eu deveria ter tentado'", disse Keys. "Não queria ter arrependimentos por não ter realmente tentado tudo."

Favorita ao título, Sabalenka não escondeu a decepção com a derrota na decisão. "Quando você chega às finais, é troféu ou nada", disse. "Ninguém se lembra do finalista, sabe? Ninguém coloca, tipo, ao lado do vencedor o nome do finalista."

A belarussa expressou sua frustração ao arremessar e quebrar sua raquete após Keys marcar o ponto que lhe rendeu o troféu de campeã. "Quando você está lá, você está lutando, mas parece que as coisas não estão indo do jeito que você realmente quer. Eu só precisava me livrar dessas emoções negativas no final e poder fazer um discurso, não ficar ali sendo desrespeitosa. Simplesmente não era o meu dia", explicou a tenista.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.