Eagles se vingam dos Chiefs no Super Bowl, humilham Mahomes e frustam sonho de tri da NFL

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Um domínio completo, com direito a humilhação por mais de três horas. Esse é o resumo da vitória do Philadelphia Eagles sobre o Kansas City Chiefs, no Super Bowl 59. Depois da derrota em 2023, Nick Sirianni e Jalen Hurts aprenderam como conter o ataque explosivo da franquia do Missouri e venceram por 40 a 22. É o segundo título da National Football League (NFL) na era do Super Bowl - o primeiro desde a temporada 2017.

 

Kansas City chegou ao Super Bowl mirando um tricampeonato inédito na era Super Bowl. Apenas o Green Bay Packers, entre 1929 e 1931, e 1965 e 1967, conquistou o feito e continua em atividade. Vaiando antes de entrar em campo em Nova Orleans, se mostrou como uma presa fácil, diferentemente da confiança antes da temporada e no pré-jogo. Só conseguiu pontuar no final do terceiro quarto.

 

"Ou você vence, ou você aprende", afirmou Jalen Hurts, quarterback dos Eagles, sobre a derrota no Super Bowl 57. Philadelphia aprendeu. Sem permitir que Kansas City tivesse chances, dominou Patrick Mahomes e a linha ofensiva. Ao todo, o time comandado por Andy Reid teve menos de 100 jardas totais no primeiro tempo.

 

A revanche, tão falada pelos jogadores do Eagles - à exceção de Hurts, que ignorava os questionamento na semana do Super Bowl -, veio com requintes de crueldade. Desde a final contra o Tampa Bay Buccaneers, em 2021, os Chiefs não se sentiam tão pressionados. Mahomes não teve tempo no pocket e, só no primeiro tempo, sofreu duas interceptações.

 

Mahomes também sofreu seis sacks - pior marca da carreira - e um fumble, no que se tornou a pior partida do quarterback com a camisa de Kansas City desde que foi draftado, em 2017.

 

O Brasil conheceu a força do ataque dos Eagles. Em setembro, na Neo Química Arena, Philadelphia venceu a partida inaugural da liga no Brasil. Saquon Barkley, que teve três touchdowns naquele jogo, quebrou o recorde de jardas terrestre em uma só temporada da NFL (somando temporada regular e playoffs).

 

Jalen Hurts, que teve um desempenho de MVP no Super Bowl 57, conseguiu repetir a dose neste ano. Mesmo com uma interceptação, teve três touchdowns e mais de 300 jardas somadas na partida. Superou o recorde - que já era seu - de jardas terrestres de um quarterback no Super Bowl. E liderou a franquia em jardas na decisão.

 

Nick Sirianni teve um risco de ser demitido durante a temporada, mas construiu um ataque capaz de dominar a dinastia dos Chiefs. Somando a final de conferência e o Super Bowl, o ataque liderado por Jalen Hurts anotou 95 pontos.

 

Já o problema do time de Andy Reid, durante a temporada, foi o ataque. Sem grandes recebedores no elenco, foi dominado pela secundária dos Eagles no Super Bowl, e a linha ofensiva foi presa fácil, permitindo que Mahomes sofresse com múltiplos sacks.

 

Assim como no Super Bowl 57, os Eagles iniciaram melhor a partida, dominando os Chiefs nas trincheiras e com a posse da bola. Ao todo, a franquia do Missouri somou apenas 19 jardas no primeiro quarto.

 

Patrick Mahomes teve dificuldades para encontrar seus recebedores, e o ataque terrestre somou apenas duas jardas. Travis Kelce, com dois alvos no início do jogo, deixou bolas recepcionáveis escaparem de suas mãos. Philadelphia aproveitou esse momento para mover as correntes pelo campo.

 

A principal qualidade dos Eagles é o ataque terrestre. Quando Jalen Hurts também consegue comandar, com eficiência, as jogadas aéreas, é quando o time se sobressai em campo.

 

Foi dessa forma que chegou ao primeiro touchdown. Após um passe do quarterback, que parou na linha de uma jarda, precisou de um "empurrãozinho" - tush push, jogada em que é empurrado para endzone - para anotar os primeiros pontos da partida.

 

No segundo quarto, os Chiefs davam indícios que iriam mudar o clima da partida, com uma interceptação de Jalen Hurts no início do período. Mas não conseguiram. Philadelphia continuou dominando a franquia do Missouri, que não conseguia ir ao campo ofensivo. O resultado foi ver o placar saltar para 17 a 0 no início do segundo quarto.

 

Mahomes, incomodado com a pressão na linha ofensiva e sem encontrar seus recebedores, deu a bola nas mãos de Cooper DeJean - outro aniversariante do dia, ao lado de Saquon Barkley -, que converteu o segundo touchdown de Philadelphia na partida. Foi também a primeira pick six que Mahomes sofreu nos playoffs em sua carreira.

 

Na sequência, outra interceptação de Mahomes, que levou o placar para 24 a 0 antes do final do primeiro tempo. Ao todo, somou apenas 33 jardas em todos os 30 minutos iniciais - a pior da carreira. É também a primeira vez que os Chiefs foram para o intervalo de um Super Bowl sem pontuar.

 

Nem o show de Kendrick Lamar, no intervalo, foi capaz de animar o espírito de Kansas City. Na volta do intervalo, o mesmo pesadelo vivido no primeiro: domínio dos Eagles, sem permitir a Mahomes, Kelce e companhia qualquer oportunidade de reverter o placar.

 

No fim do terceiro quarto, Mahomes encontrou Xavier Worthy na endzone para, ao menos, evitar que os Chiefs terminassem a decisão sem pontuar. Essa foi a primeira campanha dos Chiefs que chegou ao campo ofensivo durante toda a partida.

 

Antes disso, Jalen Hurts, que teve um desempenho a nível MVP no Super Bowl, já havia ampliado novamente o placar. O quarterback dos Eagles encontrou Devonta Smith na endzone, com grande separação, para aumentar a "goleada" na decisão.

 

As mínimas chances dos Chiefs caíram por terra nos seus próprios erros. Depois das duas interceptações no primeiro tempo, Mahomes ainda sofreu um fumble, para recolocar o Eagles no ataque. Como se não bastasse, perdeu Chris Jones por lesão, principal peça no sistema defensivo.

 

No garbage time, semelhante ao 7 a 1 da Alemanha na Copa do Mundo de 2014, Deandre Hopkins e Xavier Worthy ainda conseguiram diminuir a vantagem, aumentando para 22 a pontuação dos Chiefs sobre a defesa reserva do rival - mas nada que se aproximasse dos 40 anotados por Philadelphia. E que foram mais do que suficientes para se vingar de Kansas City em Nova Orleans.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.