João Fonseca alcança maior ranking da carreira; campeão em Miami, Mensik sobe 30 posições

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João Fonseca continua em ascensão na carreira, ganhando posições no ranking da ATP em sua busca pelo ainda distante Top 20. Com a boa apresentação no Masters 1000 de Miami, no qual caiu na terceira rodada, o brasileiro alcançou sua melhor posição, subindo ao 59º lugar. Campeão ao surpreender o favorito Novak Djokovic na decisão deste domingo, o checo Jakub Mensik foi quem mais escalou a lista, subindo 30 posições e aparecendo em 24º.

 

Principal nome do tênis brasileiro na atualidade, João Fonseca ganhou uma posição na lista divulgada pela ATP nesta segunda-feira. Ele soma 961 pontos e ultrapassou o chinês Juncheng Shang. O outro brasileiro a aparecer no Top 100 é Thiago Monteiro, que subiu do 99º lugar para o 94º, com 628 pontos.

 

Já Thiago Wild fez caminho contrário e saiu do seleto grupo após muito tempo. Então 96º, o brasileiro despencou ao perder 17 posições e agora figura somente em 113º, com 557 após despedida na largada em Miami. Felipe Meligeni é o 152º com 381 pontos e 24 posições superadas.

 

A conclusão do Masters 1000 ainda trouxe outras novidades na lista. O russo Daniil Medvedev, outro a decepcionar na Flórida, deixou o Top 10 e agora aparece no 11º posto com 3.290. Por outro lado, o algoz de João Fonseca, o australiano Alex de Minaur, subiu para a 10ª colocação e o grego Stefanos Tsitsipas apareceu em oitavo.

 

Mesmo realizando excelente campanha e caindo somente na final, o sérvio Novak Djokovic se manteve no quinto lugar, com 4.510. Quem teve muito a festejar foi o campeão Jakub Mensik, que deu salto gigantesco com os 1000 pontos conquistados em sua primeira conquista de Masters 1000 da carreira, saindo da 54ª posição para a 24ª, com 2.032. O italiano Jannik Sinner mantém a vantagem tranquila na frente, seguido pelo alemão Alexander Zverev e o espanhol Carlos Alcaraz.

 

BIA HADDAD SOBE

Na divulgação da lista feminina da WTA, nada de mudança nas cinco primeiras colocações, mas também com boa notícia para o Brasil. Mesmo ainda amargando sequência de quedas na estreia, como ocorreu em Miami, Bia Haddad ganhou uma colocação, subindo para 17ª com 2.259.

 

A espanhola Paula Badosa entrou no Top 10 e agora é a 9ª do ranking, com 3.821, enquanto a vice-campeã Jasmine Paolini ultrapassou a jovem russa Mirra Andreeva e está em sexto. A italiana soma 4.843 pontos. A campeã Aryna Sabalenka está folgada no topo, com 10.541. A belarussa tem mais de 3.000 de vantagem para a polonesa Iga Swiatek, com 7.470.

 

Confira os principais colocados do ranking masculino:

 

1º - Jannik Sinner (ITA), 10.330 pontos

2º - Alexander Zverev (ALE), 7.645

3º - Carlos Alcaraz (ESP), 6.720

4º - Taylor Fritz (EUA), 5.290

5º - Novak Djokovic (SER), 4.510

6º - Casper Ruud (NOR), 3.855

7º - Jack Draper (EUA), 3.780

8º - Stefanos Tsitsipas (GRE), 3.445

9º - Andrey Rublev (RUS), 3.440

10º - Alex de Minaur (AUS), 3.335

59º - João Fonseca (BRA), 691

94º - Thiago Monteiro (BRA), 557

113º - Thiago Wild (BRA), 557

152º - Felipe Meligeni (BRA), 381

 

Confira as principais colocadas do ranking feminino:

 

1ª - Aryna Sabalenka (BLR), 10.541 pontos

2ª - Iga Swiatek (POL), 7.470

3ª - Coco Gauff (EUA), 6.063

4ª - Jéssica Pegula (EUA), 5.796

5ª - Madison Keys (EUA), 4.949

6ª - Jasmine Paolini (ITA), 4.843

7ª - Mirra Andreeva (RUS), 4.775

8ª - Qinwen Zheng (CHN), 4.135

9ª - Paula Badosa (ESP), 3.821

10ª - Elena Rybakina (KAZ), 3.808

17ª - Bia Haddad (BRA), 2.259

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.