Botafogo mostra evolução, mas perde para o Universidad de Chile na estreia da Libertadores

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Nem a pompa de atual campeão da Copa Libertadores da América ajudou o Botafogo na sua estreia na edição de 2025, quando perdeu por 1 a 0, nesta quarta-feira, para o Universidade Católica, no Estádio Nacional, em Santiago no Chile. O gol da vitória foi marcado por Lucas di Yorio, aos 14 minutos do segundo tempo.

 

Com isso, o campeão brasileiro fica sem pontuar no Grupo A, no qual o time chileno soma três pontos ao lado do Estudiantes-ARG, que na terça-feira, fora de casa, venceu por 2 a 0 o Carabobo-VEN.

 

Este foi o oitavo jogo sem vitória do alvinegro carioca, porém, o time mostrou evolução. Depois de perder tempo nos três primeiros meses do ano quando ficou sem técnico, após a ida de Artur Jorge para o Al-Rayyan, do Catar, o Botafogo voltou a ser competitivo sob o comando do também português Renato Paiva, em seu segundo jogo oficial. Ele participa bastante à beira do campo, onde gesticula e orienta seus jogadores por todo tempo.

 

Mas o time alvinegro ainda sente falta de jogadores mais talentosos, como o meia Almada e o atacante Luiz Henrique, ou então, de atacantes decisivos como Tiquinho Soares e Júnior Santos. Os quatro deixaram o clube no final da temporada, enfraquecendo o Botafogo que perdeu dois títulos: a Supercopa Rei para o Flamengo e a Recopa Sul-Americana para o Racing-ARG.

 

Bem organizado em campo, com a marcação ajustada, o Botafogo passou a buscar seu gol e teve duas chances. A primeira, aos 27 minutos, quando Igor Jesus recebeu a bola sozinho no lado direito da área. Mesmo sem ângulo ele bateu forte e o goleiro Castellón se agachou e rebateu com os joelhos.

 

A outra oportunidade começou do lado esquerdo com Alex Telles, que cruzou do outro lado. Santiago Rodríguez chutou e Castellón deu um tapa na bola para o outro lado. Matheus Martins ainda pegou o rebote, mas chutou fraco e permitiu o encaixe do goleiro.

 

Com 65% de posse de bola do time brasileiro, o Universidad quase não criou durante todo primeiro tempo. Assustou apenas num chute de Altamirano, aos 12 minutos, que saiu do lado da trave esquerda de Jhon.

 

Mas o time chileno voltou com duas mudanças após o intervalo, com as entradas do volante Poblete e do atacante Nicolás Guerra, respectivamente, nos lugares de Altamirano e Leandro Fernández. O técnico Gustavo Álvarez tirou seu time de trás e passou a pressionar a saída de bola brasileira.

 

A estratégia deu certo porque numa reposição de bola do Botafogo, o Universidade marcou seu gol. Sepúlveda acionou Guerra na frente da área, onde ele fez um giro e o passe para Di Yorio, que bateu firme na saída de Jhon, aos 14 minutos.

 

Em seguida, Renato Paiva já colocou dois atacantes em campo, com as entradas de Artur e Elias Manoel nas vagas de Matheus Martins e Patrick de Paula, respectivamente. Mas o Botafogo não mais reagiu.

 

O time chileno cresceu em campo apoiado por sua torcida, dominou as ações em campo e optou por segurar a vantagem ao marcar o segundo gol. Nos acréscimos, o Botafogo ainda perdeu Igor Jesus expulso por uma falta violenta.

 

Na segunda rodada, dia 8, o Botafogo vai receber no Engenhão o Carabobo-VEN, enquanto o Universidad vai sair diante do Estudiantes-ARG. Antes disso, no final de semana, o time carioca atuará pela segunda rodada do Brasileirão diante do Juventude, no sábado, atrás da sua primeira vitória após ter empatado sem gols com o Palmeiras no Allianz Arena.

 

FICHA TÉCNICA

 

UNIVERSIDAD-CHI 1 X 0 BOTAFOGO

 

UNIVERSIDADE DO CHILE - Gabriel Castellón; Nicolás Ramírez, Calderón e Zaldivia; Hormazábal, Marcelo Díaz (Montes), Aranguíz, Altamirano (Poblete) e Sepúlveda (José Castro); Lucas Di Yorio (Contreras) e Leandro Fernández (Nicolás Guerra). Técnico: Gustavo Alvarez.

 

BOTAFOGO - John; Vitinho, Jair, Alexander Barboza e Alex Telles; Gregore, Marlon Freitas (Allan) e Patrick de Paula (Elias Manoel); Matheus Martins (Artur), Igor Jesus e Santiago Rodríguez (Jeffinho). Técnico: Renato Paiva.

 

GOL - Lucas di Yorio, aos 14 minutos do segundo tempo.

 

CARTÕES AMARELOS - Leandro Fernández, Nicolás Guerra, Sepúlveda e Aránguiz (Universidad); Patrick de Paula, Jeffinho e Gregore (Botafogo).

 

CARTÃO VERNELHO - Igor Jesus (Botafogo).

 

ÁRBITRO - Esteban Ostojich (URU).

 

RENDA E PÚBLICO - Não disponíveis.

 

LOCAL - Estádio Nacional, em Santiago (CHI).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.