Corinthians sente impacto de maratona no início do ano com desgaste e elenco 'baleado'

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A derrota do Corinthians para o Huracán por 2 a 1 nesta quarta-feira, na estreia da Copa Sul-Americana, evidenciou o desgaste do elenco alvinegro após sequência de partidas no início do ano. Já em abril, Ramón Díaz sofre com o desgaste do elenco e com uma série de atletas 'baleados' no departamento médico. O cenário se torna ainda mais preocupante pelo calendário com Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil e a competição continental a serem disputados até a parada do Mundial de Clubes.

Antes da partida desta quarta-feira, o Corinthians já não contava com Hugo Souza e Rodrigo Garro. Ambos acusaram lesões logo após o título do Campeonato Paulista, diante do Palmeiras, na última semana. O goleiro tem uma lesão de grau dois na coxa direita, que o tirará de ação por pelo menos oito jogos no mês de abril.

Já o argentino, com um problema crônico no joelho direito (tendinopatia patelar), viajou à Espanha para um "procedimento inovador" em um centro de reabilitação de Madri. Ele ficará fora por tempo indeterminado e a tendência é que retorne aos gramados somente no segundo semestre deste ano. Neste primeiro momento, ele permanecerá na Europa por uma semana.

"Parece que não é justo para os torcedores, treinador e o próprio jogador (Garro) que tenha de atuar um jogo e parar. Vamos dar o tempo necessário para que possa se recuperar 100%. É um atleta que precisamos pela característica e como joga. Tivemos de mudar taticamente também. Faz parte do futebol e das características dos jogadores", afirmou Ramón Díaz sobre a situação do argentino após a partida.

Antes do duelo com o Huracán, o Corinthians ainda teve o desfalque de Fabrizio Angileri, que chegou no último mês e foi um dos destaques na decisão com o Palmeiras. Pouco antes do início da partida, foi diagnosticado com tendinite no bíceps da coxa esquerda e cortado da lista de relacionados. Não há um prazo para o retorno do atleta aos gramados e ele continua sob cuidado do departamento médico.

Para completar a lista de baleados, Gustavo Henrique sentiu um desconforto muscular no duelo desta quarta-feira e deixou a Neo Química Arena reclamando de dores. Ele será avaliado ainda nesta quinta-feira. No início deste ano, o zagueiro passou por uma lesão no tendão patelar do músculo adutor da perna direita e voltou aos gramados somente na reta final do Campeonato Paulista - conquistando a titularidade ao lado de Félix Torres.

Caso seja confirmada a lesão de Gustavo Henrique, o número de titulares lesionados no Corinthians subirá para quatro. Garro e Hugo Souza, após o título do Paulistão, revelaram que entraram em campo no sacrifício, para não desfalcar a equipe na decisão com o Palmeiras. Além destes, Yuri Alberto, com problema no ombro, também reclamou de dores, antes e após o título. Ele, no entanto, não é um desfalque para Ramón Díaz.

A sequência do Corinthians neste início de temporada acaba sendo a principal razão para os problemas físicos do elenco. Desde a estreia no Paulistão, o time disputou 22 jogos, em apenas 77 dias - média de uma partida a cada 3,5 dias. Além disso, o elenco passou por confrontos decisivos, como a pré-Libertadores, contra Universidad Central da Venezuela (UVC) e Barcelona de Guayaquil, além do mata-mata do Estadual.

Em comparação, o Palmeiras, rival na decisão do Paulistão, estreia nesta quinta-feira pela Libertadores e só disputou o Estadual até aqui na temporada. Depois da derrota para o Huracán, o Corinthians vai para seu 23º compromisso na temporada já neste sábado, diante do Vasco, pelo Campeonato Brasileiro. Ramón garante que irá a campo com "o melhor que tem" disponível, sem pensar em poupar para o duelo com o América de Cali, fora de casa, na próxima terça-feira.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.