Vice-presidente da FIA renuncia ao cargo por 'quebra dos padrões de governança'

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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) vive mais um episódio de turbulência na gestão do presidente Mohammed Ben Sulayem. Nesta quinta-feira, o vice-presidente Robert Reid anunciou sua renúncia ao citar "quebra dos padrões de governança" e criticar a atual administração da entidade.

 

A despedida de Reid é o mais recente sinal de descontentamento com a direção tomada pela FIA sob o comando de Ben Sulayem, cujo mandato tem sido marcado pela saída de vários funcionários de alto escalão nos últimos meses.

 

"Assumi essa função para ajudar a proporcionar maior transparência, governança mais forte e liderança mais colaborativa", disse Reid, em comunicado. "Com o tempo, esses princípios foram cada vez mais deixados de lado e não posso mais, de boa fé, continuar fazendo parte de um sistema que não os reflete mais."

 

Em um dos trechos do comunicado, Reid contestou a liderança de Ben Sulayem, eleito presidente da FIA em dezembro de 2021 para suceder Jean Todt. "O automobilismo merece uma liderança baseada em integridade, responsabilidade e respeito pelo processo. Este é o padrão mínimo que devemos esperar e demandar", escreveu o agora ex-dirigente da FIA.

 

Os últimos meses têm sido de conflitos internos e externos na FIA. A federação bateu de frente até com pilotos da Fórmula 1 quando Ben Sulayem passou a repreender publicamente os pilotos por usarem palavrões nas entrevistas oficiais dos GPs. As novas regras introduzidas para este ano permitem à FIA suspender os atletas que usem tais palavras de forma recorrente façam declarações políticas.

 

Um dos alvos da FIA foi Max Verstappen. O tetracampeão mundial chegou a adotar a estratégia de falar o menos possível nas coletivas após sofrer uma punição por proferir palavrões. No mês passado, os pilotos do Mundial de Rali boicotaram entrevistas para protestar contra uma multa aplicada a um piloto que usou palavrões em uma entrevista.

Em outra categoria

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.