Piastri domina GP do Bahrein e se aproxima de liderança de Norris no Mundial; Bortoleto é 19º

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Oscar Piastri dominou o GP do Bahrein da Fórmula 1, de ponta a ponta, e conquistou sua segunda vitória na temporada, encerrando uma seca de 21 anos da McLaren no circuito de Sakhir. Além disso, o australiano encostou na liderança de Lando Norris, companheiro de equipe, no Mundial de pilotos. Gabriel Bortoleto, assim como em outras etapas, teve dificuldades com a aderência da Sauber e amargou a última posição, em 19º, já que Carlos Sainz não concluiu a prova.

Esta é a segunda vez que Piastri chega ao primeiro lugar do pódio neste ano, na 50ª corrida de sua carreira. No GP da China, o australiano liderou a dobradinha com Norris. Além disso, encerrou um domínio de Lewis Hamilton, então na Mercedes, e Max Verstappen (Red Bull Racing), que conquistaram cinco vitórias na etapa, somados, desde 2019.

Norris, que largou em sexto, conseguiu se recuperar ao longo da corrida e travou uma batalha por posições com as Ferraris de Hamilton e Charles Leclerc. Mas, pela força da McLaren, conseguiu saltar para a terceira posição, superando os dois carros da escuderia italiana e mantendo a liderança no Mundial. Completando o pódio, George Russel, com dificuldades na reta final, conseguiu segurar o ímpeto da McLaren para manter a segunda posição.

Piastri iniciou a corrida no mesmo ritmo que terminou o treino classificatório. Logo depois da largada, o australiano não deu chances para a Mercedes de George Russel, mais veloz nas retas, mas que se distanciou do líder do GP nas curvas e ao longo das voltas. Companheiro de Piastri, Norris também largou bem e saltou para a terceira posição na largada, mas foi punido com cinco segundos por não alinhar corretamente seu carro no grid.

A estratégia adotada pela Ferrari, com pneus médios, fez com que Charles Leclerc perdesse posições no início da corrida. Da primeira fila, o monegasco caiu para a quarta posição ainda na primeira curva, ultrapassado por Russell e Norris. O heptacampeão mundial, em determinado momento, reclamou da aderência do carro da Ferrari com a posta, em função do composto escolhido para os carros.

Na décima volta, os pilotos com o composto macio começaram a "sofrer" para acompanhar o ritmo da corrida. Como resultado, entraram nos boxes para a mudança dos pneus. Max Verstappen, que teve problemas com a equipe e perdeu alguns segundos para voltar à pista, trocou para os pneus duros - e fez, até então, a melhor volta da prova na sequência.

Mas no decorrer da corrida, o holandês não conseguiu acompanhar o ritmo da Mercedes, McLaren e da própria Ferrari. Vencedor do GP do Bahrein em 2023 e 2024, travou disputas com Kimi Antonelli e Carlos Sainz, da Williams, ao longo da etapa. Também não conseguiu ser páreo para Hamilton, em reedição da rivalidade nas última temporadas.

"Não consigo nem frear mais. Está ridícula a situação", afirmou Verstappen, ao rádio da Red Bull, ao longo da corrida. Na volta 23, perdeu a oitava posição para o heptacampeão mundial - e maior vencedor do GP do Bahrein. E, aliado à Leclerc, colocou a Ferrari no pelotão da frente na metade da prova.

Em uma prova tranquila até então, o safety car do choque entre Tsunoda e Sainz fez com que a vantagem de sete segundos de Piastri se esvaísse. E a Ferrari, no melhor momento da corrida, conseguiu ultrapassar Norris com Hamilton, mas os pneus duros do britânico não resistiram à asa aberta da McLaren.

Piastri, na liderança, continuou ampliando a vantagem em relação a Russell. E Norris, com a McLaren mais rápida do que as Ferraris, conseguiu saltar ao pódio - o quarto do britânico nesta temporada.

Com o desempenho neste fim de semana, Piastri chega a 74 pontos no Mundial, enquanto Norris, ainda na liderança, vê a vantagem cair para apenas três. Já a McLaren, melhor carro e equipe da temporada, manteve a liderança no Mundial de Construtores.

O próximo final de semana da Fórmula 1 começa na sexta-feira, 18, na Arábia Saudita. A quinta etapa do campeonato vai até o dia 20, com a corrida às 14h (de Brasília).

Confira a classificação final do GP do Bahrein de F1:

1º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), em 1h35min39s435

2º - George Russell (ING/Mercedes), a 15s499

3º - Lando Norris (ING/McLaren), a 16s273

4º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 19s679

5º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 27s993

6º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 34s395

7º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 36s002

8º - Esteban Ocon (FRA/Alpine), a 44s244

9º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 45s061

10º - Oliver Bearman (ING/Ferrari), a 47s594

11º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), a 48s016

12º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 48s839

13º - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber), a 53s472

14º - Isack Hadjar (DZ/RB), a 56s314

15º - Jack Doohan (AUS/Alpine), a 57s806

16º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 60s340

17º - Liam Lawson (NZ/RB), a 64s435

18º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 65s489

19º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a 66s872

20º - Carlos Sainz (ESP/Williams), não completou

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.