Filipe Luís compara apostas a cigarro após indiciamento de Bruno Henrique: 'Sem noção do dano'

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Com Bruno Henrique, um de seus principais jogadores, indiciado por manipulação de resultados, Filipe Luís foi assertivo no quanto é contra as casas de apostas em lugares de destaque no futebol. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 16, após a vitória por 6 a 0 sobre o Juventude no Brasileirão, o técnico do Flamengo disse que, no futuro, não vê os clubes sendo patrocinados por essas plataformas, como era com o cigarro nos tempos antigos, e revelou que já recusou propostas do tipo pelo "dano" que causa nas pessoas.

 

Antes de fazer qualquer análise sobre o placar elástico que conquistou no Maracanã, ele foi questionado sobre a investigação pela qual o atacante está passando, suspeito de ter forçado cartões amarelos para beneficiar familiares em apostas. Para o ex-treinador, o fato de 18 de 20 clubes do Campeonato Brasileiro exibirem as 'bets' em seus uniformes é muito semelhante à da Fórmula 1 nos anos 1980 e 1990, quando gigantes do tabaco 'pintavam' os carros da categoria.

 

"Todos os carros tinham patrocínios de cigarros", relembrou Filipe Luís na coletiva, revelando, em seguida, que poderia ser patrocinado por casas de apostas, caso quisesse. "Eu já recebi várias propostas, mas eu sei o vício que causa em umas pessoas. É uma droga", afirmou o técnico, projetando que esse cenário não deve continuar no futuro. "Daqui a 20 anos vamos olhar e pensar como todos os clubes tinham patrocínio de casas de apostas", disse o treinador.

 

"Nós não temos noção do dano. Do dano que está causando em muitas pessoas", continuou Filipe Luís, evocando ainda um vídeo publicado por Diego Ribas no Instagram, do qual se disse completamente de acordo. "Não incentivo as pessoas a participarem desse mundo pela dependência química que ela traz em todas as áreas da vida. E a casa de aposta traz algo a mais, a ilusão do benefício financeiro. O final disso é terrível", disse o antigo meio-campista na postagem citada.

 

O Flamengo alertou seus jogadores sobre apostas esportivas 20 dias antes de Bruno Henrique ser indiciado por, supostamente, ter forçado cartões amarelos em jogos previamente combinados com familiares, que teriam tido retorno financeiro. Filipe Luís reforçou essa atitude do clube e contou que a prática já é antiga na Europa. "Desde 2015, 2016, falavam sobre nossa conduta, e o Flamengo fez isso esse ano. Os jogadores estão cada vez mais instruídos."

 

Falando sobre o atacante, o comandante rubro-negro pediu que seja respeitada a presunção de inocência e revelou que ele não está afetado por toda a situação. "Está normal, absolutamente normal. A única coisa que pedimos é a presunção de inocência. Uma pessoa que tem o direito de se defender das acusações."

 

Em campo, ele garante que conta com Bruno Henrique pelo retorno técnico. Antes da volta de Pedro, que marcou dois gols contra o Juventude, ele atuou como centroavante em diversos jogos e foi decisivo nos títulos recentes da Copa do Brasil, Supercopa do Brasil e Campeonato Carioca. "Enquanto ele estiver disponível, é um jogador muito importante", concluiu Filipe Luís.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.