CBF divulga áudio do VAR em pênalti polêmico de Flamengo x Corinthians: 'Calço imprudente'

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A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou o áudio da análise do árbitro assistente de vídeo (VAR) em pênalti polêmico marcado a favor do Flamengo contra o Corinthians, em partida deste domingo, no Maracanã, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Os cariocas golearam por 4 a 0 e assumiram a ponta da tabela de classificação.

 

O lance aconteceu aos 30 minutos do segundo tempo, quando o Flamengo vencia por 3 a 0. Arrascaeta invadiu a grande área pela direita e deu uma "caneta" em Igor Coronado. Apesar de levar a vantagem no lance, o jogador rubro-negro caiu no gramado. O árbitro Ramon Abatti Abel (Fifa/SC), um dos representantes do Brasil no Mundial de Clubes, não viu falta em um primeiro momento, mas logo foi informado pelo VAR Rodrigo D'Alonso Ferreira sobre um possível pênalti.

 

"A segunda pisada dele no chão (...). Ele coloca no meio das pernas e tem um calço. Tem que avaliar se o contato tem impacto", diz o responsável pelo VAR. Ramon Abatti discorda e vê disputa de bola normal. "Contato de jogo. Ele segue, põe a bola no meio das pernas e depois segue o movimento e teve o impacto."

 

Rodrigo D'Alonso sugere novamente a possibilidade de falta antes de Ramon Abatti se dirigir ao monitor. "Você viu que tem um contato de pé com o pé, velho? Por que quem encosta na bola é o atacante (Arrascaeta). Tem que avaliar o impacto, entendeu? Na hora que o atacante toma o calço ele ainda põe o pé no chão, porém tem esse chute no pé dele."

 

Ao conferir as imagens, Ramon Abatti muda de ideia e resolve assinalar a penalidade. "Jogador totalmente imprudente, ele chuta a bola e não acerta. Ele calça o adversário. Ok, o jogador teria condição de seguir e disputar essa bola e prosseguir a jogada. Para mim é um calço imprudente, ok? Vou voltar com o tiro penal sem cartão", diz.

 

Pedro foi para a cobrança na marca da cal e bateu com força, no ângulo direito de Hugo Souza, fazendo o seu segundo gol na partida e selando a goleada por 4 a 0. O Flamengo chegou aos 14 pontos e assumiu a liderança, ultrapassando o Palmeiras, que perdeu na rodada para o Bahia, em casa, por 1 a 0.

 

O resultado deixou o Corinthians na 12ª posição, com sete pontos. Dorival Júnior, recém-contratado como novo treinador do time alvinegro, acompanhou a partida no camarote do Maracanã e deve comandar o primeiro treino time já nesta segunda-feira, visando o duelo com o Novorizontino, na quarta-feira, pela Copa do Brasil.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.