Dorival Jr. é oficializado no Corinthians e completa circuito ao passar pelos 4 grandes de SP

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Dorival Júnior foi anunciado nesta segunda-feira como novo técnico do Corinthians. Antes de assumir o comando da equipe alvinegra, ele já havia trabalhado no Santos (2010 e 2015-2017), Palmeiras (2014) e São Paulo (2017-2018 e 2023) ao longo de sua carreira. Agora, terá o último desafio, depois de recusar a equipe em 2023. A estreia será quarta-feira diante do Novorizontino, pela Copa do Brasil.

O anúncio ocorre logo após derrota do Corinthians diante do Flamengo, por 4 a 0, no Maracanã. O treinador acompanhou a partida no camarote do estádio, ao lado do diretor de futebol, Fabinho Soldado. O contrato é válido até dezembro de 2026 e, junto com o treinador, chegam os auxiliares Lucas Silvestre e Pedro Sotero, e o preparador físico Celso Resende.

"É um o momento importante da minha carreira. Espero deixar um legado dentro de um trabalho que já vinha acontecendo", afirmou o técnico nesta segunda-feira. "A comissão técnica anterior comandada pelo Ramón fez um belo trabalho e nos deixa em um momento especial. Espero dar sequência a tudo isso e alcançar os melhores resultados por essa grande equipe."

Dorival iniciou sua carreira como treinador em 2002, na Ferroviária, mas ganhou destaque nacionalmente no Santos, em 2010. Naquele ano, o treinador substituiu Vanderlei Luxemburgo e foi responsável por iniciar os trabalhos com Neymar, Paulo Henrique Ganso e Robinho, conquistando Campeonato Paulista e Copa do Brasil.

No entanto, foi demitido do cargo na mesma temporada, depois de discussão com Neymar em duelo com o Atlético-GO, pelo Brasileirão. O clube justificou "insubordinação" como o motivo para demiti-lo, pois Dorival manteve a suspensão ao atacante, a contragosto da direção alvinegra. Na sequência, assumiu o Atlético-MG, com a missão de salvar o clube do rebaixamento à Série B.

Os caminhos de Dorival e o Santos voltariam a se cruzar em 2015. Dessa vez, com uma passagem mais longa, por três temporadas. Ele assumiu em julho, com um contrato até dezembro de 2017. No primeiro ano, levou a equipe à decisão da Copa do Brasil, mas foi derrotado pelo Palmeiras. Na temporada seguinte, conquistou o Campeonato Paulista e ao vice no Brasileirão.

O bom momento nos anos anteriores, no entanto, não foi o suficiente para manter seu trabalho até o final de 2017. Depois de eliminação no mata-mata do Paulistão, caiu em função de uma derrota diante do Corinthians, na Neo Química Arena, pela quarta rodada do Brasileirão.

Antes desse retorno ao Santos, Dorival teve curta passagem pelo seu segundo grande de São Paulo. Em setembro de 2014, assumiu o Palmeiras para salvar a equipe do rebaixamento no ano de seu centenário. Ele conquistou o objetivo, mesmo com apenas 40 pontos somados na competição. No entanto, não foi o suficiente para manter seu emprego para a temporada seguinte: foi demitido um dia após o fim do Brasileirão.

No São Paulo, assim como o Santos, Dorival teve duas passagens. A primeira se deu em 2017, assumindo a equipe na metade da temporada com a missão de substituir Rogério Ceni. Sem grandes brilhos, teve como principal 'conquista' a permanência na Série A, em um ano no qual passou por altos e baixos na competição - e contou com o retorno de Hernanes para auxiliar a equipe em campo.

Demitido no ano seguinte, Dorival teve grande destaque no São Paulo em sua volta ao Morumbi. Em 2023, novamente sucedeu Rogério Ceni. Desta vez, no entanto, sem viver o mesmo drama de Z-4 e rebaixamento, levou a equipe à inédita conquista da Copa do Brasil. O sucesso em campo fez com que, em janeiro de 2024, a CBF buscasse o treinador para assumir a vaga em aberto após a recusa de Carlo Ancelotti.

AGORA NO CORINTHIANS

Dorival chega para substituir a comissão técnica liderada por Ramón e Emiliano Díaz, pai e filho, respectivamente. No Corinthians, a dupla chegou em julho de 2024, com a missão de salvar o clube do rebaixamento no Brasileirão. Além de alcançar o objetivo, conquistou uma vaga na pré-Libertadores e, na temporada seguinte, o título do Campeonato Paulista - o primeiro do Corinthians desde 2019.

No Parque São Jorge, tem a missão de melhorar a defesa da equipe, que sofreu 28 gols em 26 partidas na temporada. No entanto, este também foi um dos pontos fracos do último trabalho do treinador, à frente da seleção brasileira: 17 sofridos em 16 jogos. O treinador também terá como objetivo imediato fazer o clube se classificar ao mata-mata da Copa Sul-Americana.

"É uma torcida Fiel que não desiste em momento nenhum. Isso é uma marca registrada. Espero vivenciar tudo isso. Se Deus quiser, darei o meu melhor para todos os torcedores. Ao final da temporada, que possamos lutar por todas as competições que estamos disputando", disse o novo comandante.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.