Daniel Alves, Ceni, Dorival e CET: de onde vem parte da dívida de quase R$ 1 bi do São Paulo

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O São Paulo registrou aumento de R$ 301,5 milhões em seu endividamento em um ano, fazendo sua dívida crescer de R$ 666,7 milhões em 2023 para R$ 968,2 milhões no ano passado, segundo demonstrativo financeiro divulgado pelo clube. Trata-se do maior passivo já registrado na história da agremiação.

Parte importante do passivo do São Paulo é referente a acordos trabalhistas e processos cíveis: R$ 55,8 milhões. O valor caiu um pouco em relação a 2023, quando o clube devia R$ 71,5 milhões.

Entre os credores do São Paulo estão os técnicos Dorival Júnior (R$ 2,2 milhões) e Rogério Ceni (R$ 1,1 milhão), alguns escritórios de advocacia e os ex-jogadores Richarlyson (R$ 2,5 milhões) e Daniel Alves (R$ 6,7 milhões), este que ficou 14 meses preso, mas foi absolvido da acusação de agressão sexual na Espanha.

Com passagem discreta pelo clube, entre 2019 e 2021, e incomodado com o atraso no pagamento dos direitos de imagem, o atleta fez um acordo com a diretoria, em 2022, pela rescisão contratual. O valor acordado foi R$ 25 milhões, em 60 parcelas de R$ 400 mil.

Em 2021, ainda antes de rescindir, Daniel Alves acionou a Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) por salários atrasados. Na época, o clube poderia perder pontos em caso de punição. Se o acordo não for cumprido, o processo pode ser reaberto. O jogador chegou a atuar em 18 partidas enquanto o processo corria.

O clube deve também R$ 25,4 milhões para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Os débitos se referem a operações de trânsito em dias de jogos no MorumBis.

"É claro que o resultado não é o que gostaríamos, mas temos um planejamento para estancar a sangria da dívida e deixar o São Paulo Futebol no azul", disse o presidente Julio Casares recentemente em publicação em uma rede social. Ele fez a promessa de que deixará o clube com "mais musculatura" para quem o suceder.

Casares está na posição mais importante do São Paulo desde 2021. O publicitário sucedeu Carlos Augusto de Barros e Silva, mais conhecido como Leco, com o discurso de austeridade. Ele foi reeleito no ano passado para novo mandato e vai comandar o clube até 2026.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.