Allano quebra silêncio e cobra rigor contra o preconceito racial: 'Precisamos de justiça'

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O atacante Allano, alvo de injúria racial durante partida do seu time, o Operário-PR, contra o América-MG neste domingo, se manifestou por meio das redes sociais. O jogador quebrou o silêncio e cobrou rigor das autoridades para que o autor do ato discriminatório seja punido.

Ele lamentou o episódio, disse que uma situação dessas é inaceitável e prometeu não se calar contra esse tipo de preconceito. "Infelizmente, mais uma vez, o racismo mosrou sua face cruel dentro de um espaço que deveria ser de celebração, respeito e igualdade. Ser ofendido pela cor da minha pele é algo doloroso, revoltante e, acima de tudo, inaceitável", diz parte do trecho postado pelo jogador.

A manifestação, segundo Allano, é também uma forma de dar mais visibilidade ao caso a fim de auxiliar as pessoas que sofrem esse tipo de ataque e muitas vezes acabam por aceitar a situação.

"Não vou me calar. Não por mim apenas, mas por todos os que jpa passaram por isso e por aqueles que ainda lutam para que esse tipo de violência acabe de vez. O futebol, como a sociedade, precisa dizer não ao racismo. Precisamos de justiça, responsabilidade e, sobretudo, empatia", complementa a nota.

O comunicado se encerra com um agradecimento ao clube, companheiros e família pelo apoio e solidariedade que Allano vem recebendo. "A luta contra o racismo é de todos nós e ela não vai parar enquanto houver injustiça".

Emprestado pelo Santos ao América-MG, o jogador Miguel Ángel Terceros Acuña, mais conhecido como Miguelito, foi preso em flagrante neste domingo após cometer injúria racial, em partida da Série B do Campeonato Brasileiro.

O atleta de 21 anos proferiu insulto racista contra Allano, no Estádio Germano Krüger, em Ponta Grossa (PR). O caso aconteceu aproximadamente aos 30 do primeiro tempo da partida. Miguelito teria xingado Allano de "preto do c..." após falta marcada a favor do Operário. O árbitro Alisson Sidnei Furtado aplicou o protocolo antirracismo da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e paralisou o jogo por cerca de 15 minutos.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.