Xaud diz que não irá interferir em trabalho de Ancelotti na seleção: 'Ele terá autonomia total'

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Após ser eleito como novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste domingo, o médico roraimense Samir Xaud, de 41 anos, afirmou que dará autonomia total para o novo técnico da seleção brasileira, o italiano Carlo Ancelotti.

A apresentação oficial do primeiro estrangeiro a comandar a seleção, assim como sua primeira convocação, serão realizadas nesta segunda-feira, 26, no Rio.

"Já tive o primeiro contato com ele (Ancelotti). Ele vai ter total autonomia para decidir o que for melhor para seleção brasileira. Vamos blindar ele de qualquer situação externa que possa vir a ter. Eles precisam de autonomia para realizar o trabalho com excelência", diz o novo presidente.

O novo treinador chega em um momento de instabilidade da CBF. A eleição realizada neste domingo teve boicote de 20 clubes, que assinaram carta cobrando mudanças no processo eleitoral e criticando o poder nas mãos das federações estaduais. Xaud afirmou que aposta no diálogo para conseguir mais apoio.

Além disso, o novo presidente reconhece que precisa mudar a imagem da CBF que está associada, em sua visão, à desconfiança e ao distanciamento dos torcedores. Nos últimos sete mandatos de presidentes da entidade, apenas o Coronel Nunes, que foi interino em dois períodos, não foi afastado da presidência.

Por essas razões, Xaud pretende "blindar" o novo treinador de eventuais pressões externas. E aposta na figura vencedora de Ancelotti para resgatar o prestígio da própria seleção brasileira.

"A gente precisa acabar com a instabilidade dentro da instituição. A chegada do Ancelotti vai ser um ponto de start importante para esse processo. Ele vai fazer um trabalho de excelência com a seleção brasileira. Com isso, a gente vai poder trazer o público mais próximo da CBF e voltar o amor e a paixão e a vontade de ver um jogo da seleção".

Nesta segunda-feira, mesmo dia em que será apresentado, Ancelotti convocará a seleção brasileira pela primeira vez. A equipe entrará em campo no dia 5 de junho, contra o Equador, no Estádio Monumental Isidro Romero Carbo, em Guayaquil. A seleção equatoriana é segunda colocada das Eliminatórias da Copa.

Em 10 de junho, o Brasil enfrenta o Paraguai, em São Paulo, na Neo Química Arena. As duas equipes têm os mesmos 21 pontos na tabela.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.