Auxiliar do Palmeiras faz duras acusações contra arbitragem e VAR: 'Jeitinho brasileiro'

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Em sequência de duelos com os melhores times do Brasileirão, o Palmeiras chegará ao embate com o Cruzeiro, em Belo Horizonte, sem seus dois principais zagueiros: Gustavo Gómez e Murilo levaram o terceiro amarelo e são desfalques na próxima rodada. Os cartões foram claros, mas a arbitragem não passou ilesa no Allianz Parque. A bronca de João Martins, substituto do suspenso Abel Ferreira na derrota por 2 a 0 para o Flamengo, foi contra o VAR, em sua visão, decisivo no resultado e tendencioso aos cariocas.

O auxiliar técnico falou em "jeitinho brasileiro" para definir a arbitragem do catarinense Ramon Abatti Abel nos lances capitais, sugerindo ajuda ao Flamengo. A bronca veio em dose tripla: a demora em anotar o toque de mão de Varela no pênalti ao Palmeiras (havia a dúvida se foi na área), a penalidade anotada para os cariocas em lance que João Martins achou "normal" (Murilo segurou Arrascaeta, mas ele alegou uso do corpo) e em uma falta na área de Alex Sandro ignorada antes do intervalo.

"Primeiro de tudo, para tudo ficar bem claro, houve nossa ineficácia no pênalti. Depois, existem regras para cumprir aqui no Brasil. São sempre jornadas irregulares que inventam. Estamos aqui há quatro anos e meio e já sabemos que hoje em dia é o VAR é quem manda no jogo. O Ramon (Abel Abbati) não consegue tomar uma decisão sem esperar que o VAR diga sim. Nunca vi isso", disparou João Martins.

"A regra do nosso pênalti é muito simples, o VAR só tem de dizer se é dentro ou fora e na dúvida deixa seguir a decisão do campo. É clara a regra e não sei o que eles gostam de inventar", disse. "O que custa cumprir a regra? A seguir, sabíamos que era impossível marcar dois pênaltis contra o Flamengo. O pênalti claro do Alex Sandro que o senhor Wagner (Reway, responsável do VAR) não viu. Vamos ser sinceros: dois pênaltis contra o Flamengo em 45 minutos é impossível no Brasil", disparou. "Principalmente aqui, há a lei do jeitinho brasileiro, da compensação", seguiu o auxiliar, em acusações que devem levá-lo a explicações nos tribunais esportivos.

Ele foi além: "Sabíamos que depois de marcar um pênalti ao Palmeiras, a obrigação era fazer o gol, porque depois vai ser sempre contra. Já marcou um, agora vai ser sempre contra. É assim que funciona aqui, é assim que nós temos de viver e por vezes nos revoltamos tanto", afirmou. "A gente só quer que a regra seja cumprida. E o segundo pênalti só nos resta rir. Mais uma vez o senhor Wagner decidiu o jogo. O Ramon mandou seguir, está a um metro, e todos viram que futebol é jogo de contato. Se o Murilo tivesse agarrado, eu era o primeiro a dizer que foi pênalti. Murilo usou o corpo para ganhar a posição, simples, e Arrascaeta já olha para trás. Ramon teve coragem de deixar seguir, mas a pressão externa é tanta que o VAR chama e condiciona tanto com imagens paradas e foi marcado porque houve um no primeiro tempo. Inacreditável como cada um faz a regra a sua maneira. Isso chama-se amadorismo e só exigimos profissionalismo. Não pode acontecer", acusou o treinador interino, visivelmente transtornado.

Depois de ganhar do Red Bull Bragantino e perder do Flamengo, o Palmeiras fecha a trinca de duelos com os melhores no domingo, diante do Cruzeiro, no Mineirão. Antes, fecha a fase de grupos da libertadores com o Alianza Lima, no Allianz Parque.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.