Weverton detona VAR após revés do Palmeiras: 'Temos a categoria de c*** com tudo'

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O líder Palmeiras foi derrotado pelo vice-líder Flamengo por 2 a 0, na tarde deste domingo, no Allianz Parque, em São Paulo. Na saída de campo, o goleiro Weverton criticou a demora na tomada de decisões da arbitragem e a forma como o VAR vem sendo utilizado no futebol brasileiro.

Em entrevista de campo após a partida, Weverton, capitão do time neste domingo, reconheceu os méritos da equipe carioca pela vitória. No entanto, direcionou críticas à forma como o árbitro Ramon Abatti Abel conduziu o jogo, especialmente pela marcação de um pênalti interpretativo a favor do Flamengo no segundo tempo do duelo.

"O árbitro tem que ter autonomia, ele viu, estava na frente dele, quando vê na TV, óbvio que qualquer contato parece que é falta. O árbitro vai no VAR em todo lugar, dura 30 segundos, olha e volta. Aqui demora, três, quatro, cinco minutos, rola discussão entre eles. Não é a função do VAR, é para corrigir erros óbvios e claros. Quando há dúvida, não tem que chamar. Não é para o Palmeiras, todo fim de semana alguém é beneficiado, alguém é prejudicado. É o futebol, não é o problema de um, é de todos", disse.

O goleiro atribuiu a derrota por consequência à falta de precisão do ataque do Palmeiras nas finalizações. No primeiro tempo, o lateral Piquerez perdeu um pênalti que poderia ter mudado o rumo do jogo.

"A eficácia determinou o resultado, o Flamengo foi mais efetivo e quando tivemos as nossas não conseguimos. A vantagem que criamos dá a oportunidade de às vezes não fazer um jogo bom ou ter uma derrota e continuar na liderança. Óbvio que temos que aprender muito com o que aconteceu hoje, principalmente com o que vem pela frente, com o Mundial e todo o campeonato. Agora é descansar, pensar na Libertadores, corrigir nossos erros e melhorar para não acontecer mais."

UTILIZAÇÃO DO VAR

Apesar das reclamações ao árbitro, Weverton defendeu a utilização do VAR no campeonato e avalia que no futebol brasileiro, semanalmente todas as equipes são vítimas de erros que implicam no resultado das partidas.

"Sendo bem sincero, é muito difícil falar da arbitragem. Todo fim de semana alguém vai ser prejudicado, alguém vai ser beneficiado. Agora é incrível como o VAR funciona em todo lugar do mundo, nas grandes ligas, e nós, brasileiros, temos a categoria de c*** com tudo", explicou.

"Não vamos colocar a culpa no VAR, o Flamengo tem mérito pela vitória, mereceu, jogou muito bem. Mas naquela altura um pênalti não só altera o placar, mas muda nosso emocional e forma de ver o jogo", finalizou.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.