Wenger rebate críticos e diz que Mundial é necessário: 'Todos querem uma nova edição'

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Chefe de desenvolvimento global de futebol da Fifa, o francês Arsène Wenger deu uma resposta aos críticos do Mundial de Clubes. Para o ex-treinador, uma pesquisa com os 32 participantes da competição deixaria claro que todos são favoráveis a uma nova edição, como planeja a entidade para daqui a quatro anos.

 

"Acho que um Mundial de Clubes, um verdadeiro Mundial de Clubes, era necessário", afirmou o ex-treinador. "Se vocês fizerem uma consulta hoje com todos os clubes que estiveram aqui nesta competição, tenho certeza de que teremos 100% de respostas de pessoas que querem uma nova edição do torneio. Então, essa é basicamente a melhor resposta".

 

A resposta foi especialmente direcionada a Jürgen Klopp, ex-técnico do Liverpool e hoje diretor global de futebol da Red Bull, que mostrou sua total desaprovação ao formato extenso do torneio implementado pela Fifa ao chamá-lo de "a pior ideia já inventada" em entrevista ao jornal Die Welt há duas semanas.

 

"Todos têm direito a uma opinião, e eu não compartilho nem um pouco da opinião de Jürgen Klopp", disse Wenger. "No fim do dia, o que importa é: os torcedores gostam ou não? Acreditamos que o público projetado era baixo, mas na realidade foi muito maior. A resposta está aí."

 

Wenger conversou com um grupo de jornalistas em um hotel em Nova York. O encontro, do qual participou o Estadão, foi marcado para o Grupo de Estudos Técnicos (TSG) da Fifa apresentar suas análises táticas sobre Chelsea e Paris Saint-Germain, os finalistas da competição, além de outros dados. Também estavam nesse encontro o alemão Jurgen Klinsmann, o espanhol Roberto Martínez, o argentino Esteban Cambiasso, todos membros do TSG.

 

As queixas sobre os horários das partidas, muitas marcadas para o início da tarde nos Estados Unidos e disputadas sob o sol intenso, foram um dos assuntos discutidos.

 

Wenger reconheceu que o calor atrapalha a performance dos atletas, e citou medidas que, segundo ele, mitigaram os infortúnios climáticos. "O calor em alguns jogos foi um problema", admitiu. "Tentamos combatê-lo com pausas para resfriamento, irrigando os campos durante o intervalo e, no geral, sinto que aprendemos muito nesse aspecto".

 

Jogar sob altas temperaturas é uma tendência, Wenger avaliou, e os atletas terão de se adaptar. "Pedi aos nossos analistas que analisassem o impacto do calor. Descobrimos que temperaturas acima de 35°C impactaram corridas de alta velocidade, sprints, não longas distâncias", revelou o francês. "É preciso estar preparado para lidar com isso".

 

Conforme Wenger, a Fifa estuda usar estádios cobertos em cidades como Atlanta, Dallas e Los Angeles para reduzir o calor nas primeiras partidas da Copa do Mundo de 2026. Para Roberto Martínez, técnico de Portugal, os times sul-americanos mostraram uma "atitudes fantástica" ao competir contra os europeus sem os mesmos recursos financeiros.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.