Projeto destaca o poder da música como ferramenta social e de inclusão

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Foi em meados de 2004 que o empresário Wolf Kos precisou desacelerar. Mais do que isso: uma grave infecção após uma intervenção cirúrgica no coração fez com que ele passasse um ano inteiro hospitalizado. "Recebi a extrema-unção duas vezes", conta Wolf.

Contra muitos prognósticos, o empresário sobreviveu às complicações da endocardite infecciosa (infecção do revestimento interno do coração que geralmente também afeta as válvulas cardíacas). Era inevitável que a experiência trouxesse para Wolf uma nova perspectiva de vida e, consequentemente, uma reavaliação de prioridades. "Aprendemos pelo amor ou pela dor. Eu aprendi pela dor."

Wolf sentiu que precisava fazer algo pelo próximo, mas a luz que deu origem ao seu projeto de vida surgiu de um lugar inusitado: uma novela. "Estava assistindo a Páginas da Vida. Tinha uma personagem com Down e aquilo me inspirou", conta, referindo-se a Clarinha, interpretada por Joana Mocarzel, atriz com a síndrome. "Embora não entendesse nada de inclusão, comentei com a minha esposa (Olga Kos) que queria criar algo para ajudar na integração de pessoas com deficiência", diz Wolf, de 73 anos.

Assim nasceu, em 2007, o Instituto Olga Kos, que desenvolve projetos artísticos, esportivos e científicos para atender pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade social. Atualmente, são 6.500 atendimentos em São Paulo, 280 em Brasília e 120 no Rio.

Artistas

Entre os projetos do instituto, se destaca o Concerto do Bem, que tem como foco o desenvolvimento e a inclusão social por meio da música e fará uma apresentação nesta quinta-feira, 28, no Memorial da América Latina. O Concerto do Bem III - Notas e Harmonia terá orquestra, coral e solos performáticos com os participantes das oficinas de arte e cultura promovidas pelo instituto.

Márcia de Castro Sá, de 40 anos, está empenhada nos ensaios. Será dela a missão de apresentar um solo em Eu Sei Que Vou Te Amar, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, durante o concerto. Há 15 anos no instituto, Márcia tem paralisia cerebral e visão subnormal. "No instituto aprendi que não tenho limites para chegar aonde eu quiser. Ainda quero ser uma cantora profissional", diz.

Outro participante é Pedro Henrique Siqueira, de 29 anos, um dos bateristas da apresentação. "Pedro tem síndrome de Down, mas a arte, a música e o grafite abriram muitas portas de socialização para ele. Hoje, ele melhorou muito a parte social e a fala", conta Valéria Siqueira, mãe de Pedro. Durante os ensaios, ela perguntou se Pedro estava nervoso ou ansioso pela apresentação. A resposta foi rápida: "Não, mãe. Eu tô feliz".

O espetáculo terá Nailor Proveta na regência e também arte-educadores do Olga Kos e da Escola de Música do Parque do Ibirapuera.

SERVIÇO

O que: Concerto do Bem III

Onde: Memorial da América Latina - Auditório Simón Bolívar. Av. Mário de Andrade, 664. 5ª

Quando: Quinta-feira (28/11) às 19h30.

Quanto: Gratuito - Ingressos pelo Sympla: bit.ly/concertodobem

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.

Salve Jorge vai voltar ao ar pela primeira vez desde sua exibição original, em 2012. A novela de Gloria Perez, será a próxima na grade de programação do Globoplay Novelas a partir de 8 de dezembro, substituindo Celebridade.

A reprise será transmitida de segunda a sábado, às 23h30, com reapresentação no dia seguinte, às 12h50. Aos domingos, o canal exibirá uma maratona a partir de 15h25. Para quem prefere acompanhar em outro ritmo, Salve Jorge também estará disponível na íntegra no catálogo do Globoplay.

Sobre 'Salve Jorge'

Na história, Morena (Nanda Costa), jovem moradora do Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, recebe a proposta de um emprego na Turquia e parte acreditando estar diante de uma oportunidade para mudar de vida. O que encontra, porém, é uma rede de aliciamento de mulheres.

A trama acompanha o esforço da personagem para escapar da exploração e denunciar o esquema, que tem no Brasil uma articuladora sofisticada e influente: Lívia Marine (Claudia Raia).

Além da luta contra a quadrilha, a novela traz o relacionamento conturbado entre Morena e Theo (Rodrigo Lombardi), capitão da cavalaria do Exército. O militar se declara disposto a assumir o romance e a criação do filho dela, Júnior (Luis Felipe Lima), enfrentando barreiras emocionais e familiares ao longo da trama.

Com direção de núcleo de Marcos Schechtman, o elenco reúne nomes como Giovanna Antonelli, Alexandre Nero, Dira Paes, Carolina Dieckmann, Tania Khalill, Totia Meireles e Domingos Montagner.

A atriz Sally Kirkland morreu nesta terça-feira, 11, aos 84 anos, em Palm Springs, na Califórnia, Estados Unidos. A notícia foi confirmada pelo representante da artista, Michael Greene, ao site TMZ. Ela ficou conhecida por ganhar o Globo de Ouro por sua interpretação de Anna, no filme homônimo de 1987.

No fim de semana, a atriz foi internada em um centro de cuidados paliativos em Palm Springs. De acordo com uma vaquinha realizada em nome de Sally, ela teria fraturado recentemente quatro ossos no pescoço, além do pulso direito e do quadril esquerdo, durante uma queda.

A atriz foi diagnosticada com demência há cerca de um ano, de acordo com o representante.

Filha da editora de moda da Vogue Sarah Phinney e de Frederic Kirkland, Sally ganhou reconhecimento no filme As 13 Mulheres Mais Bonitas (1964), do artista visual e diretor Andy Warhol.

Entre 1970 e 1980, estrelou papéis secundários em obras como A Mancha do Passado, Nasce uma Estrela e Loucura da Mamãe.

Em 1987, foi aclamada por sua atuação em Anna, que lhe rendeu o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme Dramático e o Independent Spirit Award de Melhor Atriz Principal. Pelo mesmo papel, recebeu também uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz.

Alguns anos depois, em 1991, participou do filme para televisão The Haunted, que rendeu uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie ou Filme para Televisão.

Sally deixa o afilhado Coty Galloway e três primas, Brookie, Katherine e Tina Kirkland.