MP instaura inquérito para apurar desabamento em obra da Linha 6-Laranja do Metrô de SP

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O Ministério Público de São Paulo instaurou na sexta-feira, 13, um inquérito para apurar as circunstâncias do desabamento no canteiro de obras da futura estação Bela Vista, da Linha 6 - Laranja do Metrô. O acidente ocorreu no início da tarde da quinta-feira, 12, e abriu uma cratera no local. Não houve vítimas.

Segundo nota divulgada pelo MP, o procedimento vai levantar causas, responsáveis e eventual omissão na fiscalização do empreendimento.

A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo da Capital quer saber quais providências já foram adotadas pela concessionária Linha Uni e qual construtora estava à frente das obras.

Ainda no âmbito do inquérito, a Promotoria deu o prazo de dez dias para que o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) envie cópia do contrato da Parceria Público-Privada celebrada para a construção da Linha 6 - Laranja e de todos os relatórios de fiscalização, além de informações sobre medidas voltadas a encontrar as razões do incidente e sobre eventuais medidas administrativas adotadas em relação à concessionária.

Passagem do tatuzão

De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o solapamento do solo ocorreu por conta da passagem do tatuzão, nome dado à máquina tuneladora usada para perfurar túneis.

"Durante a vistoria, foi constatado solapamento parcial do solo devido a passagem do tatuzão. Não houve vítimas. Os agentes também vistoriaram o imóvel localizado na Rua Rui Barbosa, 664, e não foi identificado risco da estrutura", disse, em nota, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana.

A LinhaUni, concessionária responsável pela obra, não informou quando que o buraco deverá ser fechado.

Em nota, a empresa disse que as causas ainda são investigadas e alega o problema não gerou danos à terceiros. "De acordo com o plano de contingência do projeto, toda a área estava isolada e o imóvel afetado já se encontrava também isolado e escorado para mitigar eventuais outros danos. A empresa está investigando as razões da intercorrência, mas esclarece que a situação está estabilizada. O cronograma de obras não foi afetado e tanto o túnel quanto a tuneladora não foram impactados."

Nas redes sociais, moradores da região relataram falta de água após o problema. Em nota, a Sabep confirma que as obras da Linha 6 do Metrô danificaram redes de pequeno porte de água e esgoto no bairro da Bela Vista. Na tarde da sexta, porém, segundo a companhia, o fornecimento já tinha sido normalizado.

Universidades

A futura Linha 6-Laranja do Metrô tem 15 estações previstas, entre a Brasilândia (zona norte) e São Joaquim (região central).

O governo prevê a entrega da primeira etapa em outubro de 2027, mas, como as obras tiveram atraso de mais mil dias, a conclusão pode ficar para 2028.

O cálculo do atraso é contado a partir de 2025, prazo dado para a entrega ainda pela gestão João Doria (então no PSDB), em 2020.

A Linha 6 ganhou o apelido de "Linha das Universidades". Pelo trajeto original, ela vai passar perto de ao menos sete instituições de ensino: Centro Universitário São Camilo, PUC-SP, FMU, FAAP, Mackenzie, Unip e Uninove.

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Novo filme da A24, Coração de Lutador - The Smashing Machine ganhou seu primeiro trailer nesta terça-feira, 29. A prévia mostra um irreconhecível Dwayne "The Rock" Johnson na pele de Mark Kerr, um dos maiores lutadores da história do MMA, que enfrenta grandes adversários no octógono ao mesmo tempo em que lida com problemas pessoais e com a fama.

Além de Johnson, o filme conta ainda com Emily Blunt, que interpreta a esposa de Kerr, Dawn Staples. Roberto "Cyborg" Abreu, Ryan Bader e Igor Vovchanchyn, todos atletas do MMA, completam o elenco.

O filme tem direção de Benny Safdie, um dos diretores de Joias Brutas, que assina o roteiro ao lado de Kerr.

Coração de Lutador - The Smashing Machine estreia no Brasil em outubro.

Clique aqui para assistir ao trailer

O cantor Orlando Morais criticou uma suposta falta de destaque a Glória Pires durante o especial de 60 anos da Globo, que ocorreu nesta segunda-feira, 28. Em uma publicação no Instagram, Orlando disse considerar que a emissora foi "injusta" com a trajetória da atriz, que é sua esposa.

O Estadão entrou em contato com a Rede Globo para um posicionamento da emissora sobre a declaração, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Glória encerrou seu contrato de exclusividade com a Globo após 54 anos no ano passado. "Participei dessa parceria linda. Sei que você não vai gostar do post. Não falo aqui como seu amor, como seu marido. Falo como brasileiro", escreveu Orlando.

A atriz apareceu durante uma reunião como vilãs clássicas das telenovelas. Ela interpretou a gêmea má Raquel, de Mulheres de Areia, de 1993. Também houve uma rápida menção a Maria de Fátima, de Vale Tudo, agora vivida pela atriz Bella Campos, atualmente no ar.

Na última quinta-feira, 24, ela comentou, em uma declaração enviada ao Estadão, sobre a sensação de se ver caracterizada novamente como a vilã. "Foi estranhíssimo, esteticamente falando, mas um exercício delicioso de resgatar dentro de mim algo feito há 30 anos", disse.

O último papel de Glória na emissora foi também uma vilã: Irene, de Terra e Paixão. Apesar de ter encerrado seu contrato de exclusividade, a atriz ainda pode ser contratada por obra.

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) suspendeu a cobrança de uma dívida de R$ 1,6 milhão atribuída à apresentadora Ana Hickmann em uma ação movida pelo Banco Sofisa. A decisão considera a possibilidade de sua assinatura ter sido falsificada em contratos firmados com a instituição.

O valor é referente a contratos em nome da empresa Hickmann Moda Fashion, um dos negócios que a apresentadora mantinha com o ex-marido, Alexandre Correa. Em 2023, o banco acionou judicialmente Ana, Alexandre e a empresa, solicitando inclusive a pré-penhora de bens dos três como forma de garantir o pagamento, caso eles não fossem localizados para responder à ação.

Ana afirma ter sido vítima de falsificação de assinaturas em contratos bancários e, em outras ocasiões, chegou a declarar que essas irregularidades teriam sido cometidas por Alexandre. Agora, a Justiça suspendeu a execução da dívida após acolher o argumento da defesa da apresentadora de que sua assinatura pode ter sido falsificada.

O Estadão teve acesso ao processo que corre na 8ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, onde a Justiça suspendeu a execução da dívida de R$ 1,6 milhão movida pelo Banco Sofisa. Em nota, a defesa de Ana Hickmann afirmou que a decisão foi tomada "diante dos indícios de falsificação das assinaturas presentes no contrato". A equipe jurídica acrescentou ainda que outras ações - movidas por Safra, Valecred e Banco do Brasil - também estão suspensas pelas mesmas razões.

Segundo a nota, "perícias grafotécnicas judiciais já comprovaram que assinaturas atribuídas a Ana Hickmann em contratos com o Banco do Brasil e Itaú são falsas. Além disso, o Bradesco decidiu não seguir com uma cobrança contra a apresentadora após reconhecer a falsidade da assinatura".

O Estadão também entrou em contato com a equipe de Alexandre Correa, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para manifestações de todas as partes envolvidas.