Quem é o advogado que falou sobre recompensa de R$ 3 mi por morte de Gritzbach?

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Além de um delegado e outros três investigadores, também foi preso nesta terça-feira, 17, o advogado Ahmed Hassan Saleh, vulgo Mude. Ele foi um dos alvos da Operação Tacitus, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo, contra possíveis esquemas de corrupção policial e de lavagem de dinheiro relacionados ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

A defesa de Mude disse ter recebido com "imensa surpresa a notícia" e que está tomando as medidas judiciais cabíveis para "revogar a ilegal prisão temporária".

"Ao mesmo tempo em que, de um lado, buscam criminalizar a pessoa do advogado por fatos supostamente praticados por seus clientes, de outro, insistem em trazer como 'novos' fatos que já foram apurados e esclarecidos pela Justiça, ou seguem em apuração", disse, em nota enviada à reportagem. A defesa afirmou que o advogado "jamais praticou ou contribuiu para prática de qualquer crime" - Mude já foi alvo de duas operações de grande envergadura, a Fim da Linha e a Decurio.

Como revelou o Estadão, antes de ser preso nesta terça, Mude foi gravado em um áudio em que informava sobre um prêmio de R$ 3 milhões de recompensa pela cabeça do delator Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, executado a tiros no Aeroporto de Guarulhos, região metropolitana de São Paulo. Em bate-papo por telefone, o advogado concorda em aumentar o prêmio pela morte do empresário.

Delator de uma investigação sobre lavagem de dinheiro do PCC, Gritzbach revelou em seu acordo de delação premiada que soube que havia uma oferta de dinheiro pela sua morte. Ele, então, entregou aos promotores do Gaeco, como parte da delação, a gravação em que um advogado, segundo ele, ligado à cúpula da facção e acusado de lavar dinheiro do crime organizado, falava do prêmio.

Reportagem do Estadão mostrou que a conversa se dá entre um investigador não identificado que trabalhava no Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e Hassan. A gravação foi feita pelo próprio Gritzbach, sem o conhecimento dos outros dois, em seu escritório.

No bate-papo por telefone, Mude concorda em aumentar o prêmio de R$ 300 mil para R$ 3 milhões pela morte do empresário. O advogado pergunta: "Eu não gosto dessas 'fitas' (conversas). Você acha que três (R$ 3 milhões) vai?" E o policial responde: "Vamos pensar em 3. Me fala depois". A proposta teria contado com a anuência da cúpula do Primeiro Comando da Capital, segundo apontaram as investigações.

Em nota enviada à reportagem no último mês, quando o áudio foi revelado, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) afirmou que "todas as circunstâncias do caso são investigadas". Disse ainda que "as corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes" no caso mencionado. Já a defesa de Saleh tem dito que ele é inocente de todas as acusações.

Operações Fim da Linha e Decurio

Neste ano, o advogado também já havia sido alvo das operações Fim da Linha, a maior já feita até hoje contra a infiltração do crime organizado no poder público municipal, e Decurio, contra uma possível infiltração do Primeiro Comando da Capital nas eleições municipais realizadas no Estado de São Paulo. Ele chegou a ser preso, mas teve a prisão convertida em domiciliar.

No caso da Fim da Linha, Mude é apontado pelas investigações como peça-chave no esquema de lavagem de dinheiro que teria permitido à facção controlar a empresa de ônibus UPBus (da qual o próprio advogado foi acionista), que opera linhas de transporte público na zona leste de São Paulo.

Ele também é investigado por adquirir casas e apartamentos milionários em prédios da região do Tatuapé, também na zona leste da capital. Como mostrou reportagem do Estadão, a área se tornou uma espécie de Little Italy, em referência ao bairro de Nova York e à região da Itália dominados pela máfia.

Já no âmbito da Decurio, ao autorizar a operação em agosto, o juiz Paulo Fernando Deroma de Mello, da 2.ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, apontou que Mude teria extrapolado o ofício de advogado, utilizando-se da profissão para "tentar blindar as atividades ilícitas" do Primeiro Comando da Capital.

O magistrado afirmou ainda que Mude "transmite informações relevantes e auxilia, com isso, na exploração do tráfico de drogas" e "também auxilia na lavagem de capitais dos valores auferidos ilicitamente".

Mello decretou o bloqueio de R$ 8,1 bilhões de bens relacionados ao PCC, a maior medida de sequestro já decretada pela Justiça contra suspeitos de integrar o grupo. Ao menos 13 pessoas foram presas na época, entre elas Saleh. Com ele, foram apreendidos um cheque de R$ 55 milhões, sete veículos de luxo, três armas de fogo, munições e celulares, além de cerca de R$ 25 mil e US$ 4,6 mil em dinheiro.

Outros presos nesta terça

Como mostrou o Estadão, a Operação Tacitus prendeu, até aqui, o delegado Fábio Baena e os investigadores Eduardo Lopes Monteiro, Marcelo Ruggieri e Marcelo Bombom. O policial Rogério de Almeida Felício, também alvo, está foragido. A operação ainda prendeu outras três pessoas apontadas como responsáveis pela lavagem de dinheiro do PCC - Mude figura neste último grupo.

À frente da defesa de Baena e Lopes Monteiro, o escritório Bialski Advogados Associados afirmou, em nota, que a prisão dos dois se constitui em "arbitrariedade flagrante". "Ambos compareceram espontaneamente para serem ouvidos e jamais causaram qualquer embaraço às repetidas investigações", disse.

Já o advogado Anderson Minichillo, que representa Ruggieri, disse que a defesa ainda não teve acesso aos autos e aos motivos da decretação da prisão. "Tão logo a defesa tenha acesso aos fundamentos da prisão, irá se manifestar. Mas, de antemão, acha prematuro o decreto de prisão", afirmou ao Estadão. A reportagem tenta contato com a defesa dos outros alvos da Operação Tacitus, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

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Ao longo dos últimos anos, o cantor Roberto Carlos viralizou nas redes sociais ao perder a paciência com a plateia durante dois de seus concertos. O músico, que está com 83 anos, falou sobre os ocorridos nesta quinta-feira, 13, em entrevista coletiva no seu cruzeiro, o Além do Horizonte.

Com bom humor, o cantor relembrou as duas ocasiões em que esbravejou com a plateia e se justificou. "É a idade, sabe? A gente começa a ficar um pouquinho menos tolerante e a observar mais certas coisas que incomodam", confessou aos jornalistas e fãs que estavam presentes no bate-papo.

A primeira bronca ocorreu em 2022, durante um show no Rio de Janeiro, quando Roberto mandou um fã calar a boca durante a performance de Como é Grande o Meu Amor Por Você. "O cara não parava de gritar. 'Roberto, dá uma rosa pra minha mãe!', 'Roberto, uma rosa!'. Eu já tinha falado que ia dar, mas ele não parava", explicou o músico.

"Ele continuava falando, falando, falando... Eu puxei o microfone do palco, mas ele continuava gritando. Aí fiquei puto da vida e falei 'Cala essa boca, p*rra!'", riu Roberto. O momento arrancou aplausos do público presente. "Quando eu falei isso, ele ficou quieto", continuou a rir.

A segunda bronca ocorreu em 2024, durante um show em Recife. Na ocasião, Roberto brigou com um grupo de seguranças que estavam conversando em meio a sua apresentação.

"Um grupo de seguranças, gente que trabalhava ali... conversando, conversando e conversando. Eu já tinha dado uma dica para eles saírem dali, mas continuaram conversando e ficaram me atrapalhando", revelou o músico.

"No meio do show, tinha um grupo de pelo menos sete caras falando alto em frente a mim. Aquilo estava me incomodando demais. Aí eu parei, olhei e eles não paravam, não paravam. E eu falei: 'Escuta, vocês querem conversar? Vão conversar lá fora. Não tem que conversar aqui dentro, no meio do meu show'", finalizou.

A volta de Renata a casa do BBB 25 já está movimentando o jogo. Após retornar da dinâmica da Vitrine do RoBBB Seu Fifi, a sister entrou em um embate direto com Aline, relembrando desentendimentos passados e fazendo revelações que pegaram os brothers de surpresa.

Logo ao entrar na casa, Renata provocou: "A surucucu voltou, para quem sentiu saudades e para quem celebrou minha saída", disparou, enquanto Eva aplaudia. Aline, no entanto, rebateu na hora: "Ninguém celebrou que você saiu daqui".

O clima esquentou ainda mais quando Renata afirmou ter um "babado fortíssimo" para contar. Segundo ela, Aline teria planejado votar nela junto com Vinícius no Paredão em que a baiana criticou Renata por não tê-la protegido. "Ela estava combinando com o Vini antes de votar em mim, se eu não desse o colar para o Maike", revelou.

Aline não deixou barato e chamou a colega de confinamento de mentirosa. Vinícius também tentou negar a acusação, mas Renata insistiu: "Brasil, é babado!".

As duas seguiram discutindo na sala, elevando ainda mais o tom do embate. Renata disparou: "Mas agora eu vou encher minha boca pra falar: falsa". Aline reage, acusando a rival de estar "se achando". A baiana insiste na crítica: "Você não falava nada, não questionava, não se posicionava".

Renata rebateu: "Tenho preguiça de ficar batendo boca. Isso aqui tira a minha energia. Não vou mais baixar a cabeça para você". Aline mantém sua opinião e devolve a provocação: "Eu digo na sua cara e dou no Queridômetro. Eu lhe dou cobra mesmo. Você é falsa. Continua sendo falsa". Renata, por sua vez, não se intimida: "Você não vai me vencer no grito".

"Bom dia, Brasil. A 'surucucu' voltou", brincou Renata, que retornou ao BBB 25 nesta sexta, 14, após passar um dia na Vitrine do Seu Fifi. Ela foi escolhida pelo público para fazer parte da dinâmica que permite receber informações externas do jogo. Por não ter conseguido realizar a Prova do Líder, Renata volta imune. Por meio de um sorteio que fez dentro da dinâmica, ela também retorna no Vip do líder Guilherme. A casa reagiu com sua volta, e Eva abraçou a dupla, Renata, enquanto comemoravam.

*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais