Maioria dos brasileiros ainda vive em casas, mas apartamentos crescem o dobro, revela IBGE

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Pode parecer uma surpresa para quem vive em grandes centros urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro, mas a população brasileira mora predominantemente em casas (não em apartamentos). Entretanto, essa tendência começa a mudar, com a urbanização cada vez mais acelerada do País. É o que mostra a nova edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada nesta sexta-feira, 20.

De acordo com os dados de 2023, 84,6% dos domicílios do País são casas, ao passo que os apartamentos eram 15,2%. No entanto, de 2016 para 2023, o número de apartamentos cresceu 27,5%, enquanto o de casas aumentou 13,7%, contribuindo para uma queda na porcentagem de casas e de uma elevação na de apartamentos. Em todas as regiões a porcentagem de casas foi elevada, porém, pela primeira vez na série histórica, uma grande região apresentou uma porcentagem de casas abaixo dos 80%. No Sudeste, eram 79,8% de casas para 20,1% de apartamentos.

"Devemos considerar a evolução das cidades, onde se dá preferência à construção de prédios de apartamentos, uma vez que, em um mesmo terreno, é possível ter dezenas de unidades domiciliares em vez de uma", explicou o economista William Araújo Kratochwill, pesquisador do IBGE responsável pela divulgação. "Até o século passado, éramos um País predominantemente rural, agora, somos predominantemente urbanos, é natural que aumente a porcentagem de apartamentos nas aglomerações urbanas."

Além disso, acrescenta o economista, em geral, é mais barato comprar um apartamento pequeno do que uma casa. Sem falar na questão da segurança; os prédios tendem a ser mais seguros.

Os novos dados da Pnad Contínua corroboram os números do Censo Demográfico 2022 divulgados na semana passada, registrando um aumento significativo do número de domicílios nos últimos anos e da porcentagem das habitações alugadas, não próprias. Segundo os novos dados, o número de domicílios particulares permanentes no País foi estimado em 77,7 milhões - um valor 4,8% maior do que o registrado um ano antes e 15,6% maior do que em 2016.

O trabalho demonstrou uma contínua redução na porcentagem de domicílios próprios já pagos, de 66,7% em 2016 para 64,8%, em 2019. Em 2022 caiu para 63,8% e, no ano seguinte, para 62,3%. Durante esse período, a porcentagem de domicílios alugados aumentou de 18,5% para 22,4%.

E como é essa casa em que vive o brasileiro? De uma forma geral, é possível dizer que a maioria dos brasileiros vive em casas com paredes de alvenaria ou taipa com revestimento, telhado com telhas, laje ou ambos e piso de cerâmica, lajota ou pedra. A grande maioria também tinha abastecimento de água, energia elétrica e banheiro ligado à rede de saneamento ou fossa séptica.

De acordo com a PNAD, dos 77,7 milhões de domicílios brasileiros, a grande maioria, 69,2 milhões (ou 89,1%), têm as paredes externas de alvenaria ou taipa com revestimento; um aumento de 16,8% em relação a 2016. O piso por sua vez tem como material predominante em 81,7% das casas cerâmica, lajota ou pedra. Uma porcentagem considerável de residências (11,7%) tem piso de cimento, enquanto a madeira aparece em 6,1% das casas.

Em 2023, 49,4% dos domicílios apresentavam telha sem laje de concreto como material predominante de cobertura e 33,0%, telha com laje de concreto. Outras 14,8% das residências apresentavam somente a laje de concreto como telhado e 2,7% utilizavam algum outro material.

O novo levantamento mostra que 85,9% das residências do País tinha acesso à rede geral de abastecimento de água. Praticamente todas as casas, 98,1%, tinham um banheiro de uso exclusivo e, em 69,9%, o escoamento do esgoto era feito pela rede geral ou por uma fossa séptica ligada à rede geral.

O destino do lixo dos domicílios brasileiros é feito principalmente por meio de coleta direta feita por serviço de limpeza. Os dados mostram que, além de ser a modalidade principal, ela vem aumentando gradativamente, passando de 82,7% em 2016, para 86,1% em 2023.

Energia elétrica

O acesso à energia elétrica, por sua vez, atingiu 99,8% dos domicílios em 2023 com disponibilidade em tempo integral e praticamente todos eles. O elevado acesso à energia elétrica se repete em todas as grandes regiões do País. A nova edição da Pnad Contínua investigou também a existência de alguns bens de consumo representativos nos domicílios, como geladeira, maquina de lavar roupa, automóvel e motocicleta.

De acordo com os dados, 98,2% dos domicílios tinham uma geladeira. A máquina de lavar apresenta uma cobertura um pouco mais baixa, 69,4%, com diferenças regionais acentuadas: as regiões Nordeste (39,0%) e Norte (55,0%) apresentaram as menores porcentagens, enquanto as regiões Sul (89,6%), Sudeste (81,5%) e Centro-Oeste (80,5%) as maiores. A maioria dos domicílios apresentava um meio de transporte próprio, 48,1% com carros, 24,6% com motos e 12,6% com ambos.

"A geladeira, atualmente, é um bem praticamente universal", afirmou o economista William Araújo Kratochwill, que apresentou o novo levantamento. "A máquina de lavar roupa segue aumentando de forma consistente; são sinais de evolução, do amadurecimento da economia brasileira."

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