Marinha vai ajudar na busca por desaparecidos da ponte que caiu entre Maranhão e Tocantins

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Mergulhadores da Marinha ajudarão nas buscas pelos desaparecidos da queda da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que teve parte de sua estrutura colapsada no último domingo, 22, entre as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A informação foi confirmada pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, na sua conta no X (antigo Twitter), na tarde desta segunda-feira, 23.

Ao todo, 15 pessoas ainda não foram localizadas após o acidente. Ao menos duas dessas vítimas são crianças, conforme a Polícia Militar, que já confirmou a morte de uma mulher, de 25 anos, e uma criança, de 11.

As buscas precisaram ser interrompidas porque um dos veículos que despencou da ponte foi um caminhão-tanque carregado de ácido sulfúrico, um produto químico corrosivo muito perigoso para a saúde humana. Por esse motivo, as prefeituras de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), que fazem margem com o Rio Tocantins, emitiram um alerta de risco de contaminação da água, e recomendaram à população que evite contato com a água.

"Acabo de ser informado pelo comandante da Marinha, Almirante Olsen, que nossa solicitação de equipe de mergulho para realizar as buscas no local do colapso da ponte foi atendida", disse o ministro Renan Filho, nas redes sociais. "Os profissionais da Marinha estarão prontos para atuar já amanhã (terça-feira, 24) cedo. Seguiremos vigilantes e acompanhando todas as ações necessárias", completou o chefe da pasta sem especificar a quantidade de mergulhadores que serão mobilizados.

A Marinha foi procurada pela reportagem para informar o tamanho do contingente deslocado, mas não deu retorno até a publicação deste texto.

Renan Filho esteve no local do acidente e decretou estado de emergência para a situação. O status pode acelerar a realização de obras de restauro por desobrigar a abertura de um edital de licitação, por exemplo. O ministro informou que duas grandes construtoras já se ofereceram para realizar o projeto e iniciar a obra.

O chefe da pasta anunciou também a abertura de uma sindicância para apurar as responsabilidades do desabamento, e afirmou que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) realizará as obras, com previsão de entrega em 2025 e sob o custo entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões, investidos pelo Governo Federal.

A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, de 533 metros, faz a travessia no Rio Tocantins na BR-226 (Belém- Brasília). A passagem tinha mais de 60 anos e seu estado era alvo constante de reclamações de políticos locais.

Um deles, o vereador Elias Cabral Junior, parlamentar da cidade de Aguiarnópolis (TO), chegou a filmar o momento em que ponte colapsa. O flagrante foi feito porque ele estava justamente no local denunciando as rachaduras, sinais de desgaste e erosões que a estrutura da passagem apresentava.

Segundo o Dnit, a ponte tem um contrato de manutenção em vigência até julho de 2026, mas o órgão não conseguiu contratar uma empresa para fazer obras na estrutura. Em maio deste ano, a autarquia lançou um edital de R$ 13 milhões para recuperar a ponte. A licitação, no entanto, fracassou, segundo o órgão.

A contratada deveria fazer estudos preliminares, projeto básico e executivo de engenharia, além da execução das obras de reabilitação da ponte. "A licitação foi fracassada, sem que nenhuma empresa tenha vencido o certame", disse o Dnit, em nota.

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Poucos dias após a morte de Preta Gil, a saudade deu lugar a uma nova forma de homenagem. Nessa quinta-feira, 31, o cantor Francisco Gil e sua prima, Flor Gil, revelaram uma tatuagem em tributo à artista, que morreu aos 50 anos, vítima de um câncer colorretal.

Em uma publicação nas redes sociais, os dois aparecem exibindo o nome "Preta" tatuado na lateral das mãos. A escolha do local carrega um significado especial: Preta Gil também costumava marcar a própria pele com nomes. No antebraço, ela trazia as palavras Francisco e Sol de Maria Gil, sua neta. Na mão, estava tatuado o apelido "Drão", da mãe de Preta, Sandra Gadelha.

"Típico de mainha. Agora foi nossa vez", escreveu Francisco em story. "Um amor que vai além do céu, por ela", legendou Flor.

Conhecida por sua ligação com a espiritualidade, Preta Gil tinha diversas tatuagens que representavam sua fé e sua história familiar. Nos antebraços, além do nome do filho e da neta, estavam escritas as palavras "Jesus" e "Amor". Na parte interna do braço, ela havia desenhado um espelho, símbolo de Oxum, orixá associada à beleza e à fertilidade, além de três corações.

Francisco e Flor estiveram ao lado da cantora durante seu tratamento nos Estados Unidos. A artista se submetia a uma imunoterapia experimental, considerada a última alternativa para pacientes em estágio avançado da doença.

A morte da cantora, no dia 20 de julho, comoveu o País e gerou homenagens em diversas esferas da cultura brasileira.

A Sony Pictures está desenvolvendo uma sequência de O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), comédia romântica estrelada por Julia Roberts, Dermot Mulroney e Cameron Diaz. A informação foi divulgada pelo site Collider e confirmada pela revista Variety.

O estúdio trabalha na possibilidade ao lado de Celine Song, cineasta por trás de Vidas Passadas, indicado ao Oscar em 2024, e Amores Materialistas, que estreia nesta quinta-feira, 31, nos cinemas brasileiros.

Ainda não é sabido se o elenco do filme original irá retornar para a continuação. Roberts, no entanto, já falou em entrevista ao programa Watch What Happens Live que O Casamento do Meu Melhor Amigo merecia uma continuação.

Na trama original, a personagem de Julianne (Roberts) combina de se casar com o amigo Michael (Mulroney) caso os dois estejam solteiros aos 28 anos de idade. Ao longo da história, a protagonista descobre que ele está noivo de outra, vivida por Diaz, ao mesmo tempo que avalia seus próprios sentimentos.

O diretor de teatro Bob Wilson morreu nesta quinta-feira, 31, aos 83 anos, em Nova York. A informação foi divulgada no site do artista. Segundo o comunicado, a causa da morte foi uma "doença breve, mas aguda". A natureza da enfermidade, no entanto, não foi revelada.

Ao longo das últimas décadas, o diretor se estabeleceu como uma das mentes criativas mais importantes do teatro mundial. Além da direção teatral, Wilson também atuava como arquiteto, iluminador, pintor, escultor e dramaturgo.

O estilo minimalista, mas extremamente impactante, marcou a carreira do diretor. Famoso por seu perfeccionismo, Wilson também se destacava por ser o autor da cenografia e dos desenhos de luz de seus espetáculos.

Com montagens pouco convencionais, o artista ficou conhecido por adaptar textos de autores como William Shakespeare, Samuel Beckett, Bertolt Brecht e Umberto Eco.

A sua trajetória teatral também foi marcada por colaborações com artistas do mundo da música, como Lou Reed, David Byrne, Tom Waits e Philip Glass. No mundo da ópera, Wilson se destacou por adaptar as composições de Richard Wagner.

Wilson nasceu no Texas, nos Estados Unidos, em 1941, e se formou arquiteto em sua juventude. Sua vocação, no entanto, sempre esteve no teatro. Em 1960, se mudou para Nova York e passou a tentar a vida como diretor teatral.

Mais de uma década depois, alcançou sucesso internacional ao montar a ópera Einstein on the Beach em 1975, uma colaboração com o compositor Philip Glass.

Em 1992, fundou o The Watermill Center - um centro artístico em Nova York que se define como um "laboratório de artes e humanidades que oferece ao mundo tempo, espaço e liberdade para criar e inspirar".

Ao longo de sua trajetória, Wilson fez inúmeras visitas ao Brasil e apresentou diversas peças suas ao público nacional, como a ópera A Vida e Época de Dave Clarke. O diretor também trouxe montagens suas para o País, como A Última Gravação de Krapp, de Beckett, Ópera dos Três Vinténs, de Brecht, e Lulu, de Frank Wedekind e Lou Reed.

Em 2016, criou o espetáculo Garrincha: Uma ópera das ruas em São Paulo. O musical, dirigido por Wilson, era inspirado na vida do lendário jogador de futebol do Brasil e foi baseado na biografia escrita por Ruy Castro.

"Enquanto enfrentava seu diagnóstico com olhos abertos e determinação, ele ainda sentia a necessidade de continuar trabalhando e criando até o fim. Suas obras para o palco, no papel, esculturas e retratos em vídeo, assim como o Watermill Center, permanecerão como o legado artístico de Robert Wilson", afirmou a nota publicado em seu site.