Fiocruz Amazônia cria teste rápido de detecção das novas variantes do coronavírus

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Pesquisadores do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) desenvolveram uma nova ferramenta para a detecção rápida de linhagens do SARS-CoV-2 de maior importância em circulação no Brasil, por meio do exame RT-PCR.

Diante da importância de maior vigilância genética do novo coronavírus no País, o teste desenvolvido ajudará a controlar a disseminação de cepas ao contribuir para o acompanhamento das linhagens que circulam nas cidades. O ensaio foi desenhado para detectar uma deleção que existe em todas as variantes do vírus, como a brasileira, a da África do Sul e a do Reino Unido.

"A principal vantagem do novo ensaio que estamos utilizando no laboratório é que ele permite diferenciar logo se é uma das variantes. Com essa detecção, a gente consegue direcionar melhor o sequenciamento. Como nós temos um predomínio hoje da P1 no Amazonas, ela nos ajuda a ver exatamente qual é a frequência em relação a outras linhagens já conhecidas no Estado", afirma o pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca.

O pesquisador afirma que existem outros protocolos semelhantes, mas este foi validado frente a 87 amostras já sequenciadas. Segundo Naveca, a tecnologia permite a análise de centenas de amostras diariamente. "O protocolo de PCR em tempo real é muito mais fácil e direto do que o sequenciamento", afirma. O pesquisador, contudo, não informou a quantidade exata.

Diante da importância de maior vigilância genética do novo coronavírus no País, o teste desenvolvido ajudará a controlar a disseminação de cepas ao contribuir para o acompanhamento das linhagens que circulam nas cidades. O ensaio foi desenhado para detectar uma deleção que existe em todas as variantes do vírus, como a brasileira, a da África do Sul e a do Reino Unido.

"A principal vantagem do novo ensaio que estamos utilizando no laboratório é que ele permite diferenciar logo se é uma das variantes. Com essa detecção, a gente consegue direcionar melhor o sequenciamento. Como nós temos um predomínio hoje da P1 no Amazonas, ela nos ajuda a ver exatamente qual é a frequência em relação a outras linhagens já conhecidas no Estado", afirma o pesquisador e vice-diretor de Pesquisa e Inovação da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca.

O pesquisador afirma que existem outros protocolos semelhantes, mas este foi validado frente a 87 amostras já sequenciadas. Segundo Naveca, a tecnologia permite a análise de centenas de amostras diariamente. "O protocolo de PCR em tempo real é muito mais fácil e direto do que o sequenciamento", afirma. O pesquisador, contudo, não informou a quantidade exata.

A nova tecnologia deve estar disponível para diversos laboratórios brasileiros. Conforme a Fiocruz Amazônia, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) será o primeiro a usar o produto, que depois seguirá para Rondônia, Roraima, Mato Grosso do Sul, Ceará, Rio de Janeiro e outros laboratórios interessados.

"A gente não tem condições de atender a todos, no primeiro momento, porque a quantidade dos insumos comprados não são suficientes para mandar para o Brasil inteiro, mas com essa validação agora em maior escala, poderemos ter isso em maior quantidade. A Fiocruz já tem uma decisão de incluir esse ensaio no diagnóstico, então, além do diagnóstico dizendo se é Sars-CoV-2 ou não, também, já vai incluir a diferenciação para avaliar se é uma das três variantes de importância", explica o pesquisador.

Variantes no Brasil

Em 12 de janeiro, o ILMD/Fiocruz Amazônia confirmou a identificação de uma nova linhagem do vírus da covid-19 com origem no Amazonas. Um estudo liderado por Naveca apontou que a nova cepa brasileira era recente, provavelmente surgida entre dezembro de 2020 e janeiro deste ano.

Denominada P1, a variante brasileira do Sars-CoV-2 é a que foi identificada recentemente pelo Japão em quatro viajantes (um homem e uma mulher adultos e duas crianças) que retornaram da região amazônica brasileira em 2 de janeiro. O homem chegou a ser hospitalizado, por dificuldades respiratórias, enquanto a mulher e uma das crianças (um menino) tiveram sintomas leves e a menina esteve assintomática.

"A evolução nos vírus é uma coisa já esperada. O Sars-CoV-2 até evolui mais lentamente do que outros vírus RNA, porque tem propriedade de fazer controle disso. Essa variante descoberta no Japão (em viajantes que retornaram do Amazonas) chama muito a atenção, assim como as variantes inglesa e africana, porque acumularam muitas mutações em pouco tempo acima do que estávamos vendo até o momento", afirma o pesquisador.

Pioneiros no sequenciamento genético do Sars-CoV-2 na região norte do País, até 13 de janeiro, Naveca e sua equipe já tinham sequenciado 250 genomas de amostras provenientes do Amazonas, sendo 177 provenientes de Manaus e outros 73 de 24 municípios do Estado.

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Neste sábado, 3 de maio de 2025, a Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, será palco de um dos maiores shows da carreira de Lady Gaga. A cantora retorna ao Brasil após sete anos e traz ao país sua turnê mundial “Mayhem”, com um espetáculo gratuito que promete reunir até 2 milhões de pessoas.

O evento integra o projeto “Todo Mundo no Rio”, uma iniciativa da Prefeitura do Rio de Janeiro em parceria com a produtora Bonus Track, que visa consolidar o mês de maio como um período de grandes celebrações culturais na cidade. Inspirado pelo sucesso do show de Madonna em 2024, que atraiu 1,6 milhão de pessoas, o projeto busca transformar a orla de Copacabana em um palco para grandes atrações musicais internacionais. 

Lady Gaga, que havia cancelado sua apresentação no Rock in Rio em 2017 devido a problemas de saúde, expressou entusiasmo por retornar ao país. A cantora, que lançou seu oitavo álbum de estúdio, “Mayhem”, em março deste ano, promete um espetáculo visualmente deslumbrante, com coreografias elaboradas e uma produção que dialoga com a energia única do Rio de Janeiro.

A expectativa é que o show movimente significativamente a economia local. Segundo dados da Booking.com e da Decolar, houve um aumento expressivo na procura por hospedagens e passagens aéreas para o Rio de Janeiro entre os dias 1º e 4 de maio, em comparação com o mesmo período do ano anterior. 

O espetáculo será transmitido ao vivo pela TV Globo, Globoplay e Multishow, permitindo que fãs de todo o mundo acompanhem esse evento histórico.

Para aqueles que desejam participar presencialmente, é recomendável chegar cedo, pois o evento será realizado por ordem de chegada. A organização do evento orienta os participantes a se prepararem para um dia de muita música, emoção e, claro, a energia contagiante de Lady Gaga.

Prepare-se para uma noite inesquecível na orla carioca. Lady Gaga está de volta ao Rio de Janeiro, e a festa promete ser épica!

Nana Caymmi foi casada com Gilberto Gil por dois anos, entre 1967 e 1969. Uma das mais importantes cantoras brasileiras, ela morreu nesta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, em decorrência de problemas cardíacos.

O relacionamento com o cantor começou após o retorno de Nana da Venezuela, onde morou com o médico Gilberto José, com quem foi casada e teve duas filhas, Stella e Denise. Separada, ela retornou ao Brasil e começou o namoro com Gil.

Naquele período, Nana enfrentava o preconceito do pai, Dorival Caymmi, por ter se separado e tentava emplacar algum sucesso na música brasileira. Ela chegou a vencer o Festival Internacional da Canção (TV Globo), interpretando a canção Saveiros, composta pelo irmão, Dori, mas foi vaiada ao ser anunciada a vencedora da competição.

Gil e Nana se separaram quando o cantor foi passar um período em exílio em Londres, por conta da ditadura militar. Os dois escreveram juntos a canção Bom Dia, que Nana apresentou no III Festival de Música Popular Brasileira, na TV Record, em 1967.

O corpo da cantora Nana Caymmi será velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro nesta sexta-feira, 2, a partir das 8h30. O enterro ocorrerá às 14h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Uma das principais cantoras do Brasil, Nana morreu na noite desta quinta-feira, 1º, aos 84 anos, depois de ficar nove meses internada na Casa de Saúde São José, no Rio, para tratar uma arritmia cardíaca. De acordo com nota divulgada pelo hospital, a causa da morte de Nana foi a disfunção de múltiplos órgãos.

Ao Estadão, o irmão de Nana, o músico e compositor Danilo Caymmi, afirmou que, além da implantação de um marcapasso para corrigir a arritmia cardíaca, Nana apresentava desconforto respiratório e passava por hemodiálise diariamente. Nana também sofria de um quadro de osteomielite, uma infecção nos ossos, que lhe causava muitas dores. Segundo ele, Nana esteve lúcida por todo o tempo, mas, no dia 30 de abril, entrou em choque séptico.

Filha do compositor Dorival Caymmi, Nana começou a carreira no início dos anos 1960, ao lado do pai. Após se afastar da vida artística para se casar - ela teve três filhos, Stella, Denise e João Gilberto -, Nana retomou a carreira ainda na década de 1960, incentivada pelo irmão Dori Caymmi.

Nos anos 1970 e 1980, gravou os principais compositores da música brasileira, como Milton Nascimento, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Sueli Costa, Ivan Lins, João Donato e Dona Ivone Lara.

Em 1998, conheceu a consagração popular ao ter o bolero Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristóvão Bastos, incluído como tema de abertura da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo.

Nana gravou discos regularmente até 2020, quando lançou seu último trabalho, o álbum Nana, Tom, Vinicius, só com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.