Após prisão de PMs, próximo passo é descobrir mandante da morte de delator do PCC, diz Derrite

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O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, disse nesta quinta-feira, 16, que o próximo passo da Força-Tarefa das polícias é descobrir quem mandou matar o delator do PCC, Antonio Vinicius Lopes Gritzbach. Nesta manhã, operação da Corregedoria prendeu um policial militar apontado como autor dos disparos que mataram Gritzbach, além de 14 policiais que atuavam ilegalmente na escolta do delator. O secretário afirmou que as investigações são sigilosas e que as identidades não serão reveladas.

"A gente precisa agora juntar todas as peças desse quebra-cabeça, todas as informações, tudo que for coletado e extraído dos aparelhos celulares desses policiais que foram presos na data de hoje, dividir essas informações com a força-tarefa, para que aí a gente avance, que é o nosso objetivo, e a gente não vai parar enquanto não conseguir comprovar quem foi o mandante do crime. Ainda não se tem uma suspeita pré-definida", disse ele em coletiva de imprensa sobre a operação.

Gritzbach foi morto a tiros no Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo, no dia 8 de novembro do ano passado.

Segundo Derrite, o PM responsável pelos disparos ainda não foi ouvido. Ele espera que o depoimento dele também ajude a identificar o segundo atirador. "Ele ainda não falou, deve fazer isso na presença do seu advogado e a prisão dele é muito importante para isso." O secretário disse confiar que novas provas serão encontradas nos celulares dos policiais presos na operação.

Ainda de acordo com a polícia, o atirador não teria relação com os policiais que atuavam na escolta ilegal do delator. A segurança dele era composta por um grupo grande de policiais militares, dentre eles, dois tenentes.

"Os (policiais) que estavam realmente na escolta foram presos. Só que nessa escolta ilegal, realizada por esses policiais miliares, alguns estavam trabalhando naquele dia, outros trabalhavam em outras datas e não estavam naquele momento em serviço. Inclusive, tem dois tenentes que participavam, não diretamente na função como segurança, mas realizavam uma função administrativa desse grupo. E contra todos eles foi realizado mandos de busca e prisão".

A operação desta quinta teve início após uma denúncia anônima recebida em março de 2024, apontando possíveis vazamentos de informações sigilosas que favoreciam criminosos ligados à facção. A investigação inicial, conduzida pela Corregedoria, evoluiu para um inquérito da Policial Militar instaurado em outubro de 2024.

Ainda de acordo com a corporação, entre os principais beneficiados pelo esquema estavam líderes e integrantes da facção criminosa PCC, alguns já falecidos, outros procurados, como Marcos Roberto de Almeida, conhecido como 'Tuta', e Silvio Luiz Ferreira, apelidado de 'cebola'.

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O cantor Roberto Carlos foi o convidado pela TV Globo para abrir o Show 60 anos, que comemorou o aniversário da emissora na noite de segunda-feira, 28, em uma arena de shows na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Roberto cantou Emoções e Eu Quero Apenas, ao vivo, com sua inconfundível afinação.

O que pouca gente percebeu é que, após a transmissão do evento, a Globo passou uma chamada no estilo 'o que vem por aí' e, entre as atrações anunciadas, estava 'Roberto Carlos em Gramado'.

O Estadão questionou a assessoria do cantor se o anúncio indica a renovação de contrato de Roberto com a Globo - o vínculo venceu em 31 de março deste ano. De acordo com a assessoria de Roberto, a renovação está em "95% acertada, faltando apenas alguns detalhes" para o martelo final. A reportagem também perguntou à TV Globo sobre o assunto, mas não obteve resposta.

Sobre o especial de fim de ano ser gravado em Gramado, cidade da serra gaúcha, a equipe do cantor afirma que as conversas são muito preliminares ainda. "Foi apenas uma ideia que alguém deu", diz a assessoria. A decisão se dará mais para frente, no segundo semestre, quando o cantor e a emissora vão discutir o formato e o local de gravação do especial.

No Show 60 anos, Roberto se sentiu à vontade. Além de ser muito aplaudido, foi paparicado pelos artistas nos bastidores. Recebeu e tirou fotos com vários deles, como Cauã Reymond, Fafá de Belém e Fábio Jr. O cantor deixou o local por volta de duas horas da manhã, quase uma hora após o final do show.

Roberto Carlos fez seu primeiro especial na TV Globo em 1974 e, nesses mais de 50 anos, só deixou de apresentá-lo por duas ocasiões, quando sua mulher, Maria Rita, morreu, e durante a pandemia. Aos 84 anos, Roberto segue em plena atividade. Em maio, fará uma longa turnê pelo México. Na volta, se apresenta em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, entre outras cidades.

Cauã Reymond publicou nas redes sociais uma foto ao lado de Fábio Porchat e Tatá Werneck durante o show comemorativo dos 60 anos da TV Globo.

"Que noite incrível e especial pra @tvglobo, pra mim e pro Brasil! Um show de emoção, humor, esporte, afeto. Feliz demais pelos 60 anos dessa emissora que está no imaginário e na história de todo mundo", escreveu o ator na legenda. Confira aqui.

O registro foi publicado horas depois de uma esquete protagonizada por Tatá, Porchat e Paulo Vieira no palco do evento.

Durante a apresentação, os humoristas fizeram piadas sobre as polêmicas dos bastidores do remake de Vale Tudo.

No número cômico, Tatá menciona rapidamente os "bastidores de Vale Tudo", e Paulo emenda: "Não fala tocando, não fala tocando. Abaixa o braço, tá com um cecê de seis braços". Fábio rebate: "Pelo amor de Deus, é a minha masculinidade". Tatá completa: "Que masculinidade, Fábio?".

Nas redes sociais, internautas rapidamente interpretaram a brincadeira como uma referência aos rumores de tensão entre Cauã Reymond e Bella Campos durante as gravações da novela.

Segundo relatos, Bella teria reclamado do comportamento do ator nos bastidores. A Globo não se pronunciou oficialmente sobre o assunto, mas o tema ganhou destaque nos comentários online após a exibição do especial.

Bruno Gagliasso comentou publicamente pela primeira vez sobre a invasão de sua casa, registrada no início de abril.

Em conversa com a imprensa durante o evento de 60 anos da TV Globo, o ator afirmou, segundo a colunista Fábia Oliveira: "Rapaz, invadiram, mas deu tudo certo".

O caso ganhou repercussão nas redes sociais após o relato de Giovanna Ewbank. A apresentadora, que estava em casa com os filhos, contou que uma desconhecida entrou na residência da família, sentou-se no sofá da sala e chegou a pedir um abraço.

Segundo Giovanna, a mulher conseguiu acessar o imóvel depois que uma funcionária a confundiu com uma conhecida da família.

Próximos projetos

Além de comentar o ocorrido, Bruno Gagliasso falou sobre seus 20 anos de carreira e destacou o personagem Edu, da série Dupla Identidade, como um dos papéis mais marcantes de sua trajetória.

"Fiz personagens que guardo pro resto da minha vida, que me fizeram crescer como ser humano. Ficar 20 anos fazendo personagens que dialogam com a sociedade só me enriquece como ser humano e como ator", afirmou.

Sobre os próximos passos na carreira, o ator brincou: "Quem sabe fazer o remake de A Viagem, aproveitar que estou com esse cabelo e fazer o Alexandre (Guilherme Fontes)".