MP dá prazo para Prefeitura de São Paulo explicar como vai reduzir mortes no trânsito

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O Ministério Público de São Paulo determinou o prazo de 45 dias para a Prefeitura da capital paulista apresentar ações concretas para diminuir os casos de letalidade no trânsito, seja para pedestres e ciclistas, motociclistas. O trânsito do ano passado foi o mais fatal desde 2016.

A Prefeitura informou que foi notificada no dia 24, e responderão dentro do prazo concedido. Também diz adotar medidas para reduzir a violência no trânsito, como a adoção da faixa azul (para motocicletas), a expansão de áreas de velocidade reduzida e a implementação de mais 12 mil faixas de travessia.

Dados do Infosiga, sistema de monitoramento da letalidade no trânsito do governo estadual, registram 1.031 mortes no trânsito da capital no ano passado, aumento de 11% em relação a 2023, que teve 928 óbitos. É a maior marca desde 2016.

No documento, o MP utiliza os dados que vão de janeiro a novembro e que mostram 935 mortes, ou crescimento de 13% comparado ao mesmo período no ano anterior.

O prazo estabelecido pelo MP faz parte de um processo administrativo de acompanhamento da 1ª Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo a partir de manifestação da deputada federal Tabata Amaral (PSB), da vereadora Renata Falzoni (PSB) e do agente comunitário José Jailson da Silva.

Entre os questionamentos da Promotoria, está a retirada do objetivo de redução da mortalidade no Programa de Metas da gestão Ricardo Nunes (MDB). Em abril de 2023, a Prefeitura revisou o texto da meta 39, que passou de "reduzir o índice de mortes no trânsito para 4,5 por 100 mil habitantes" para a promessa de "realizar 18 ações para a redução do índice de mortes no trânsito".

- "As medidas adotadas no Município têm pouca eficácia na prevenção/redução da mortalidade no trânsito, somado ao fato de que a exclusão da meta nº 39 de seus objetivos demonstra o esvaziamento da pauta", escreve o promotor Arthur Antonio Tavares, que assina o documento obtido pelo Estadão.

A Prefeitura nega que tenha excluído a meta durante a revisão.

- "Não houve exclusão de ações, mas a incorporação de novas iniciativas, como a Faixa Azul (voltada para motocicletas). As medidas previstas na Meta 39 foram integradas, e a Prefeitura mantém o Plano de Segurança Viária (Decreto Municipal n° 58.717/2019), com o objetivo de tornar o trânsito de São Paulo um dos mais seguros do mundo".

Cidade discute adoção do serviço de mototáxi

O número de mortes de motociclistas na cidade cresceu 19,8% em um ano, conforme o Infosiga. Ao todo, 483 ocupantes de motos morreram em 2024 ante 403 no mesmo período do ano anterior. Essas mortes representam 46,8% de todas as registradas no trânsito da capital no ano passado.

As cobranças do MP por explicações da Prefeitura surgem no momento em que a cidade discute a prestação de serviços de mototáxi. Nunes entende que o serviço pode aumentar as mortes no trânsito e chegou a dizer a implementação dos mototaxistas será uma "carnificina".

A Justiça determinou na segunda-feira, 27, que a 99 e a Uber suspendam as operações em São Paulo, atendendo a pedido da Prefeitura.

As empresas, por sua vez, afirmam que a legislação federal e decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) amparam o serviço e decidiram iniciar a oferta neste mês. Após a decisão, as empresas afirmaram que vão acatar a proibição. As plataformas dizem ainda que vinham adotando tecnologias e protocolos para evitar acidentes.

Prefeitura afirma que Faixa Azul reduziu 47% das mortes

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Transporte (SMT) e da Secretaria Executiva de Mobilidade e Trânsito (SEMTRA), informa que, entre as diversas ações adotadas para garantir a segurança dos usuários do viário urbano, destaca-se a Faixa Azul.

"Esse projeto pioneiro no Brasil já resultou na sinalização de mais de 215,2 quilômetros de vias para motociclistas, reduzindo em 47,2% o número de mortes nesses trechos. Além disso, foram implantadas 1.088 Frentes Seguras e mantidas restrições à circulação de motocicletas em trechos das pistas expressas das marginais Pinheiros e Tietê", diz a Prefeitura.

Para os pedestres, a Prefeitura informa que "expandiu as Áreas Calmas, implantou mais de 12 mil faixas de travessia, ampliou o tempo de travessia em cerca de 500 cruzamentos e reduziu a velocidade máxima permitida de 50 km/h para 40 km/h em 24 vias".

Já para os ciclistas, o poder municipal afirma que a cidade "conta com a maior malha cicloviária do país, totalizando 753,7 km. A cidade também está modernizando os 2.586 cruzamentos semaforizados do Centro Expandido".

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O mais novo filme da franquia Homem-Aranha, intitulado Homem-Aranha: Um Novo Dia, ganhou um teaser nesta sexta-feira, 1º, data em que se também celebra o Dia do Homem-Aranha. O vídeo, com cerca de 10 segundos, revela detalhes do novo uniforme do herói. Veja abaixo:

Anunciado em 2023, o quarto filme da saga conta com o retorno de Tom Holland e Zendaya aos papéis principais. A atriz Sadie Sink (Stranger Things) também foi confirmada no elenco da nova produção, cujas gravações devem se iniciar em breve.

Até o momento, os detalhes da trama seguem em sigilo, mas a história deve se concentrar no núcleo urbano de Nova York, cidade natal do herói. As filmagens já estão em andamento em Glasgow, na Escócia, que foi ambientada para representar o cenário nova-iorquino.

O longa está sendo produzido por Kevin Feige, presidente da Marvel Studios, e Amy Pascal, ex-chefe da Sony Pictures. Homem-Aranha 4 tem estreia prevista para 31 de julho de 2026.

A vida é feita de coincidências, algumas bonitas e tristes ao mesmo tempo. Quando veio à Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty, em 2011, o português Valter Hugo Mãe lançava o livro O Filho de Mil Homens, muito inspirado pela sua relação com seu sobrinho, Eduardo. Em 2025, ele retorna à festa para divulgar a adaptação cinematográfica do livro em meio ao luto pelo garoto, que morreu vítima de câncer aos 16 anos.

Esse foi um dos temas da mesa com a participação do escritor, que ocorreu no início da tarde desta sexta, 1º. A morte do sobrinho, muito próxima à morte de uma amiga muito querida de Hugo Mãe, Isabel, foi catalisadora para a escrita de Educação da Tristeza, livro que ele está lançando agora no Brasil, pela Biblioteca Azul, que publica sua obra no País.

Mas, mesmo falando de luto, o escritor se recusou a deixar a conversa ser triste. Foi ovacionado em sua entrada, com direito a aplausos e assobios. Logo na primeira pergunta, que falava sobre o luto, mudou o tom, brincou sobre sua aparência na tela, fez piadas, atraiu risadas e, depois, justificou: "Não estou interessado em transformar meu patrimônio, minhas memórias, em uma coisa triste."

Hugo Mãe explicou que seu mecanismo é sempre tentar contar essas histórias de forma leve. E mesmo quando tudo estava desabando - quando a amiga morreu, o sobrinho já sabia que seu estado era terminal e a mãe, que ele cuida, sofria com toda a situação -, o escritor se segurava e guardava o choro para quando estava sozinho.

O Filho de Mil Homens

Ele lembrou sobre a inspiração para O Filho de Mil Homens. Tinha medo de ter filhos, achava que não era pra ele. Quando começou a cuidar de Eduardo, que ficava com ele todas as segundas-feiras quando era criança, tudo mudou. "Entendi que tinha sonhado tudo errado. Sempre sonhei com coisas tolas", disse.

Na trama, está Crisóstomo, um pescador solitário que, aos 40 anos, decide mudar seu destino e encontrar companhia. Sua vida muda quando ele encontra Camilo, um menino órfão que Crisóstomo decide acolher para satisfazer seu sonho de ter um filho.

O filme será lançada pela Netflix ainda este ano, com direção de Daniel Rezende e estrelado por Rodrigo Santoro. Hugo Mãe diz que não quis se envolver muito diretamente na produção. "Tinha medo de criar algum ruído", disse. Mas está satisfeito com o resultado do longa, tanto que disse, naquele tom entre a brincadeira e a verdadeira, que tem medo do livro cair no esquecimento.

Isso não deve acontecer, especialmente no Brasil, onde o livro foi tão bem recebido. "A maneira como os leitores brasileiros reagiram ao livro foi muito espantosa. Teve uma dimensão descomunal", lembrou Hugo Mãe. O escritor disse ainda que, quando está triste, recorre a essas memórias, de pessoas que o contaram como o livro mudou a vida delas.

Quando veio o anúncio de que a mesa estava chegando ao fim, a plateia lamentou. Hugo Mãe foi aplaudido de pé, comprovando o status de fenômeno que ganhou desde sua última participação na Flip.

O surfista Pedro Scooby revelou nessa quinta-feira, 30, detalhes sobre suas finanças pessoais e como sua esposa, a modelo Cintia Dicker, lhe ajudou em um momento delicado durante a pandemia. Em entrevista ao podcast do Alt Tabet, do humorista Antonio Tabet, o esportista relembrou que, no começo da pandemia de covid-19, optou por se mudar para Portugal para viver perto da namorada. Os dois estavam juntos há poucos meses.

Com as praias fechadas e o surfe mundial paralisado, a situação de Scooby não era das melhores. A modelo, então, decidiu ajudar o namorado. "Como ela ganhou a vida inteira em dólar, doía bem menos nela do que em mim. Ela foi a pessoa mais de boa do mundo, falou: 'Cara, ganho em dólar, deixa comigo'", afirmou o surfista.

"Teve uns meses que eu estava fazendo conta para caramba, e ela bancou, foi a pessoa mais parceira do mundo. Ela é, até hoje, a minha parceira. Me comprou na baixíssima", disse Scooby rindo. Os dois estão juntos desde 2019 e têm uma filha de dois anos, Aurora.

O surfista também falou sobre os comentários negativos que costuma ouvir sobre um suposto interesse maldoso da esposa. "Quando comecei a namorar ela, falavam que ela só estava comigo por interesse. Quando começamos a namorar, ela tinha muito mais dinheiro que eu. Se bobear, ainda tem."

Com uma carreira sólida no mercado de moda internacional, Cintia Dicker atua como modelo desde os 16 anos e está acostumada a fazer desfiles para grandes marcas. "Quando vi ela pela primeira vez, achei que fosse gringa, porque estava em um banner na Times Square do tamanho de um prédio, de uma marca de lingerie", brincou Scooby.