Mortes por policiais militares em serviço dobram em um ano na cidade de SP

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As mortes cometidas por agentes da Polícia Militar em serviço dobraram no último ano na cidade de São Paulo, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 31, no Diário Oficial do Estado (DOE). Foram 262 ocorrências de janeiro a dezembro de 2024, alta de 101,5% em relação aos 130 casos de 2023. Já os óbitos envolvendo a ação de policiais civis diminuíram.

O ano de 2024 foi marcado por casos de violência cometidos por PMs. Em novembro, um estudante de Medicina foi morto em abordagem na Vila Mariana, zona sul da capital. Dias depois, um homem foi arremessado do alto de uma ponte, também na zona sul. O agente envolvido foi preso preventivamente. A vítima, um manobrista, sobreviveu.

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP) afirmou que "não compactua com desvios de conduta e pune exemplarmente aqueles que infringem a lei e desobedecem aos protocolos das polícias paulistas". A gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) acrescentou que, desde 2023, foram presos 465 policiais e outros 310, demitidos ou expulsos, segundo dados enviados à reportagem (mais informações abaixo).

A alta de mortes cometidas por policiais em serviço foi maior na capital paulista, mas também houve crescimento expressivo, de 84,14%, nas ocorrências desse tipo em todo o Estado. Foram 650 notificações no último ano, ante 353 no ano passado.

Além da capital, os casos na Baixada Santista também chamam atenção. Nos dois últimos anos, a região recebeu operações como a Escudo e a Verão após as mortes de dois policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), batalhão de elite da PM.

A região também é alvo de operações frequentes por ser apontada como ponto estratégico para o Primeiro Comando da Capital (PCC) enviar remessas de cocaína para continentes como África e Europa, devido à proximidade com o Porto de Santos, o maior do País. Moradores e entidades dos Direitos Humanos têm denunciado, porém, atuação irregular em alguns casos.

No fim de novembro, o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP) tornou réus dois agentes da Rota pela morte de um homem de 36 anos em fevereiro de 2024 em Santos. Conforme a denúncia, eles teriam forjado um confronto e dificultado a captação de imagens pelas câmeras corporais que usavam após matar o roupeiro Allan de Morais Santos.

Em outro caso de repercussão, uma criança de 4 anos morreu ao ser atingida por uma bala perdida durante um confronto, em novembro do ano passado, entre a PM e suspeitos no Morro São Bento, em Santos. Ryan Santos brincava na rua quando foi atingido por um tiro na barriga. O pai dele havia morrido no início do mesmo ano em outra operação policial.

Conforme os dados divulgados nesta sexta, só no último trimestre deste ano, foram 176 mortes por intervenção de policiais militares no Estado - 69 deles na capital. Os casos envolvendo policiais civis tiveram queda de 12,9% no Estado. As ocorrências caíram de 31, em 2023, para 27, no último ano.

A maior preocupação está justamente nos casos envolvendo PMs em serviço. No último dia 20 de novembro, o estudante de Medicina Marco Aurélio Cardenas Acosta, de 22 anos, morreu após ser alvejado na barriga em ocorrência na porta de um hotel na zona sul.

Como mostram imagens de câmeras de segurança, Marco Aurélio deu um tapa no retrovisor de uma viatura da PM parada em um semáforo próximo ao hotel. Os dois policiais que estavam no carro saíram imediatamente do carro e tentaram abordar o jovem na recepção do local onde ele estava hospedado. O estudante, então, resistiu à prisão e foi atingido quando estava caído no chão. As câmeras corporais dos agentes captaram o momento.

A sucessão de casos, como vem mostrando o Estadão, tem colocado em xeque a atuação da Polícia Militar sob a gestão Tarcísio de Freitas. Ainda no fim do ano passado, o governador reconheceu que o discurso adotado pelo governo tem influência na atuação de PMs, mas afirmou que não iria demitir o atual secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.

A pasta da Segurança afirmou, em nota, que, "para reduzir a letalidade policial, a atual gestão investe em formação contínua do efetivo, capacitações práticas e teóricas, e na aquisição de equipamentos de menor potencial ofensivo, como armas de incapacitação neuromuscular".

"Além disso, comissões realizam a análise das ocorrências para os ajustes dos procedimentos operacionais, sempre que necessário, bem como à orientação da tropa durante as instruções e treinamentos promovidos regularmente nas unidades policiais em todo o Estado", acrescentou.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, "todas as ocorrências de morte decorrente de intervenção policial são rigorosamente investigadas pelas polícias Civil e Militar, com o acompanhamento das respectivas corregedorias, do Ministério Público e do Poder Judiciário".

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A Sony Pictures está desenvolvendo uma sequência de O Casamento do Meu Melhor Amigo (1997), comédia romântica estrelada por Julia Roberts, Dermot Mulroney e Cameron Diaz. A informação foi divulgada pelo site Collider e confirmada pela revista Variety.

O estúdio trabalha na possibilidade ao lado de Celine Song, cineasta por trás de Vidas Passadas, indicado ao Oscar em 2024, e Amores Materialistas, que estreia nesta quinta-feira, 31, nos cinemas brasileiros.

Ainda não é sabido se o elenco do filme original irá retornar para a continuação. Roberts, no entanto, já falou em entrevista ao programa Watch What Happens Live que O Casamento do Meu Melhor Amigo merecia uma continuação.

Na trama original, a personagem de Julianne (Roberts) combina de se casar com o amigo Michael (Mulroney) caso os dois estejam solteiros aos 28 anos de idade. Ao longo da história, a protagonista descobre que ele está noivo de outra, vivida por Diaz, ao mesmo tempo que avalia seus próprios sentimentos.

O diretor de teatro Bob Wilson morreu nesta quinta-feira, 31, aos 83 anos, em Nova York. A informação foi divulgada no site do artista. Segundo o comunicado, a causa da morte foi uma "doença breve, mas aguda". A natureza da enfermidade, no entanto, não foi revelada.

Ao longo das últimas décadas, o diretor se estabeleceu como uma das mentes criativas mais importantes do teatro mundial. Além da direção teatral, Wilson também atuava como arquiteto, iluminador, pintor, escultor e dramaturgo.

O estilo minimalista, mas extremamente impactante, marcou a carreira do diretor. Famoso por seu perfeccionismo, Wilson também se destacava por ser o autor da cenografia e dos desenhos de luz de seus espetáculos.

Com montagens pouco convencionais, o artista ficou conhecido por adaptar textos de autores como William Shakespeare, Samuel Beckett, Bertolt Brecht e Umberto Eco.

A sua trajetória teatral também foi marcada por colaborações com artistas do mundo da música, como Lou Reed, David Byrne, Tom Waits e Philip Glass. No mundo da ópera, Wilson se destacou por adaptar as composições de Richard Wagner.

Wilson nasceu no Texas, nos Estados Unidos, em 1941, e se formou arquiteto em sua juventude. Sua vocação, no entanto, sempre esteve no teatro. Em 1960, se mudou para Nova York e passou a tentar a vida como diretor teatral.

Mais de uma década depois, alcançou sucesso internacional ao montar a ópera Einstein on the Beach em 1975, uma colaboração com o compositor Philip Glass.

Em 1992, fundou o The Watermill Center - um centro artístico em Nova York que se define como um "laboratório de artes e humanidades que oferece ao mundo tempo, espaço e liberdade para criar e inspirar".

Ao longo de sua trajetória, Wilson fez inúmeras visitas ao Brasil e apresentou diversas peças suas ao público nacional, como a ópera A Vida e Época de Dave Clarke. O diretor também trouxe montagens suas para o País, como A Última Gravação de Krapp, de Beckett, Ópera dos Três Vinténs, de Brecht, e Lulu, de Frank Wedekind e Lou Reed.

Em 2016, criou o espetáculo Garrincha: Uma ópera das ruas em São Paulo. O musical, dirigido por Wilson, era inspirado na vida do lendário jogador de futebol do Brasil e foi baseado na biografia escrita por Ruy Castro.

"Enquanto enfrentava seu diagnóstico com olhos abertos e determinação, ele ainda sentia a necessidade de continuar trabalhando e criando até o fim. Suas obras para o palco, no papel, esculturas e retratos em vídeo, assim como o Watermill Center, permanecerão como o legado artístico de Robert Wilson", afirmou a nota publicado em seu site.

Regina Casé atendeu a um pedido de Preta Gil e foi para a Bahia conhecer a avó de Danrlei Orrico, cantor conhecido como "O Kanalha" que teve um affair com Preta em 2024. "Preta Gil desde a primeira vez que foi na casa da família do Danrlei me pediu: 'Régis‚ você tem que vir aqui! É o lugar mais a sua cara que eu já fui'", lembrou a atriz.

E continuou. "Lembro de você o tempo todo! Na festa de seus 50 anos, Pretinha juntou Danrlei e eu e disse: Leva ela lá! Régis, quero ver você e a vózinha dele juntas! Você vai amar e ela também! Dito e feito!"

As fotos do encontro foram compartilhadas por Regina Casé na manhã de quarta-feira, 30, confirmando a identificação entre as famílias, como Preta previu. "Eu amei muito! E ela também! E nós amamos muito Preta, só falamos de Preta, só lembramos dela. A gente não conseguia desgrudar", contou.

Regina ainda elogiou o comportamento do cantor com a sua família e o carinho que recebeu na casa da família do ex-affair de Preta Gil. "Que beleza ver o neto guardando as tradições, a cultura e a beleza dessa família maravilhosa! Nem sei como agradecer todo carinho que eu recebi, fiquei encantada com a família todinha! Que povo lindo! O melhor da Bahia! Obrigada Preta por ter me deixado esse tesouro em testamento!"

A atriz também aproveitou a publicação para falar sobre tolerância religiosa e respeito, algo que testemunhou dentro da casa da família do Kanalha. "Em tempo de tanto ódio e intolerância, vejam Dona Jandira católica devota fervorosa de Santo Antônio ladeada por Cabocla sua filha evangélica e Nega sua filha do axé com amor e humor! Que beleza! Que aula!"

Despedida de Preta Gil

Regina Casé se emocionou bastante no velório de Preta Gil na última sexta-feira, 25. A atriz chorou ao se aproximar do caixão, tocou o corpo da amiga, e foi consolada por sua filha, Benedita, que a acompanhou na cerimônia de despedida.

Danrlei Orrico, o Kanalha, também participou da cerimônia de despedida de Preta Gil no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e precisou ser amparado por amigos. Ele foi ao velório vestido de branco, assim como a família, e usou uma camiseta com o rosto da artista.