Administrador de empresas de 44 anos morre durante trilha com grupo religioso

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O administrador de empresas Fábio Adriano Machado Cherini, de 44 anos, morreu após passar mal quando participava de um acampamento na região do Rio Negro, em Mato Grosso do Sul, com o grupo Legendários. A morte aconteceu na última sexta-feira, 31, mas só se tornou pública quando o grupo retornou para Campo Grande, capital do Estado, no domingo, 2. O caso foi registrado pela Polícia Civil como "morte a esclarecer".

O Estadão entrou em contato com o Legendários e aguarda retorno. A reportagem não conseguiu contato com familiares de Fábio Cherini.

O Legendários é um movimento de cunho religioso, voltado para homens cristãos, que se propõe a "resgatar casamentos e mudar vidas", como informam suas páginas em redes sociais.

O grupo organizou um acampamento em São Gabriel do Oeste, cidade a 150 km da capital, e as atividades incluíam uma trilha de 72 horas pelos chapadões locais, numa espécie de desafio espiritual. "São 72 horas desafiadoras que vão mudar a forma que você enxerga a realidade", diz a apresentação feita pelo movimento.

A atividade começou na quinta-feira, 30, e se encerraria no domingo. Na sexta-feira, Fábio participava da trilha, designada pela sigla TOP (Track Outdoor de Potencial), quando começou a passar mal. Segundo o relato feito pelo médico da equipe de socorristas à Polícia Civil, Fábio apresentava confusão mental, mas seus sinais vitais, como pressão e saturação, estavam normais.

Ele passou a ser acompanhado pela equipe médica contratada para o evento, mas voltou a passar mal e teve uma parada cardíaca. Uma ambulância com suporte avançado colocada à disposição do evento transportou o paciente para um hospital, mas ele teve novas paradas cardíacas e não resistiu. O óbito foi constatado no final da tarde de sexta-feira.

Conforme os organizadores, todos os participantes inscritos para o evento apresentaram atestado médico apontando aptidão para atividades físicas de moderada à alta intensidade. O grupo, composto por cerca de 200 homens entre inscritos e equipes de apoio, retornou no domingo em quatro ônibus.

Participantes ficam incomunicáveis

Em seu site, o grupo se identifica como um movimento que busca a transformação de homens, famílias e comunidades por meio de experiências que levam os homens a encontrar a melhor versão de si mesmos e seu novo potencial. "Devolvemos o herói a cada família, uma declaração que temos como Legendários é de que somos homens inquebrantáveis diante do pecado, mas quebrantados diante de Deus", informa o texto.

Os participantes dos acampamentos são orientados a levar barracas, sacos de dormir, mochila, isolantes térmicos e outros itens, entre eles uma Bíblia, sendo este item "obrigatório". No período das atividades, os participantes ficam incomunicáveis.

Os vídeos mostram que os eventos têm pregações religiosas e atividades físicas de impacto. "Vai doer? Vai. Vai sofrer? Vai. Mas Deus vai colocar pessoas como estes homens aqui para te dar sustento", diz uma passagem dos exercícios.

A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul informou que não foram encontrados sinais de violência no corpo do homem e aguarda os laudos complementares sobre as causas da morte.

Segundo o site, o movimento Legendários Global foi fundado em 2015 por Chepe Tupzu, pastor da Igreja Casa de Deus, da Guatemala, há mais de 20 anos. Putzu é formado em Administração de Empresas e autor do livro A Rota do Caçador (Editora Relevantes), apresentado como um "guia definitivo para homens com fome de conquista".

O movimento está presente em 13 países, tendo chegado ao Brasil em 2017. O país já é o segundo com maior número de participantes, depois da Guatemala. O grito de guerra dos Legendários, 'ahu', é a sigla das palavras amor, honra e unidade.

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Após Kanye West (agora chamado de Ye) ter sua apresentação marcada para 29 de novembro, no Autódromo de Interlagos, vetada pela Prefeitura de São Paulo, o rapper agora procura um novo palco na cidade. Em contato com o Estadão por meio de sua assessoria, a Q2 Ingressos, que vende entradas para o show, afirmou que o artista ainda se apresentará na capital e que um novo local deve ser anunciado em breve.

"O show de Ye continua confirmado e vai acontecer", disse a companhia. "Mesmo após a revogação do local originalmente previsto, a produção do evento já está definindo um novo espaço para a realização do show."

"Pedimos a todos que fiquem tranquilos e aguardem um pouco mais - em breve divulgaremos pelas redes sociais o novo local. Também reforçamos que não procede a informação veiculada por alguns canais de fofoca sobre o cancelamento do evento ou sua transferência para o CENA2K."

Embora os organizadores ainda busquem um novo local, a empresa garantiu que, em caso de cancelamento, divulgará informações para reembolso.

O discurso antissemita de Ye

Em diversas postagens no X (antigo Twitter), West fez diversas postagens ofensivas, incluindo "Eu sou nazista", "Eu amo Hitler, e agora, vadias?", "Eu nunca vou me desculpar por meus comentários sobre judeus", "judeus na verdade odeiam pessoas brancas e usam pessoas negras" e "Eu sou racista, estereótipos existem por uma razão e todos eles são verdade".

Ele também foi processado por um ex-funcionário, Trevor Phillips, que alegou ter sido discriminado pelo rapper, atribuindo a ele frases como "os judeus querem acabar comigo" e "os judeus roubam todo o meu dinheiro" e "Hitler foi genial". Outro antigo empregado de West, Murphy Aficionado, o acusou de assédio, citando um incidente em que o antigo chefe o forçou a ouvir ele e sua parceira, Bianca Censori, fazendo sexo.

West chegou a se desculpar por suas falas antissemitas em 2023, mas voltou atrás e reforçou as falas preconceituosas no começo de 2025, mesma época em que afirmou ter descoberto que está no espectro autista. Ele voltou a pedir desculpas meses depois, dizendo estar "farto de antissemitismo".

Sabrina Carpenter está a caminho das telonas. A estrela do pop foi anunciada nesta terça-feira, 11, como a protagonista e produtora de um novo filme musical de Alice no País das Maravilhas.

O projeto, inspirado no livro surrealista de Lewis Carroll, está sendo produzido pela Universal Pictures. De acordo com a Variety, Lorene Scafaria (As Golpistas) será a diretora e roteirista. O livro encontra-se em domínio público.

Ainda sem título definido ou detalhes adicionais anunciados, o filme também terá entre os produtores Marc Platt, referência do cinema musical, e é o retorno da cantora de Manchild e Espresso ao mundo da atuação. Além de estrelar seus próprios clipes musicais, Sabrina Carpenter também atuou em projetos como Crush à Altura (2019) e Crush à Altura 2 (2022), Dançarina Imperfeita (2020) e O Ódio que Você Semeia (2018). Anteriormente, de 2014 a 2017, deu vida à rebelde Maya no seriado Girl Meets World, da Disney. O novo filme, no entanto, é seu primeiro grande projeto cinematográfico desde o sucesso comercial do disco Short n' Sweet (2024).

Alice no País das Maravilhas, eternizado nas telas com a animação de 1951 da Disney, ganhou uma versão live-action para os cinemas em 2010, em longa dirigido por Tim Burton e estrelado por Mia Wasikowska e Johnny Depp. Na história, Alice navega em um mundo novo que desafia sua identidade, seu amadurecimento e as regras da vida adulta.

Condenado a um ano de prisão em suspensão em março por assédio sexual, Oh Yeong-su, o Oh Il-nam/Jogador 001 de Round 6, teve sua condenação anulada por uma corte da Coreia do Sul nesta terça-feira, 11. O tribunal admitiu que o ator de 81 anos pode ter cometido o crime, uma vez que se desculpou com a vítima, mas colocou o incidente em dúvida, afirmando que "há a possibilidade de a memória da vítima ter se distorcido com o tempo".

De acordo com a BBC, a vítima afirmou à Womenlink que "apesar da decisão de hoje, continuarei a falar a verdade até o fim". Feita em 2021, a acusação de assédio sexual contra Oh se refere a um incidente de 2017, quando o ator teria abraçado e beijado a vítima sem seu consentimento duas vezes. O caso foi fechado no mesmo ano, mas reaberto em 2022. Em 2023, o ator admitiu ter se "comportado mal".

Em 2024, Oh foi condenado a uma pena suspensa - que permite que o condenado permaneça em liberdade mediante a algumas regras - de oito meses de prisão. Oh celebrou a decisão judicial em entrevista a veículos coreanos, afirmando que a corte teve "um julgamento sábio".

Vencedor do Globo de Ouro por Round 6, Oh é um celebrado ator na Coreia do Sul, trabalhando na TV e no cinema do país desde a década de 1960. Seu último trabalho foi justamente a série da Netflix, que chegou à sua terceira e última temporada em 2025. Um dos principais personagens dos episódios de estreia, ele voltou a aparecer em flashbacks no último ano.