Quem é o traficante alvo de operação na qual helicóptero da PM foi atingido por tiros no Rio

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Álvaro Malaquias Santa Rosa, de 37 anos, conhecido como Peixão, Alvinho ou Aarão, é atualmente o traficante mais procurado pela polícia do Rio. Nesta quarta-feira, 12, uma operação das polícias Civil e Militar do Rio tentou prendê-lo. Houve tiroteio e pelo menos três pessoas ficaram feridas, e o traficante não havia sido detido até o início da noite.

Segundo informações da Secretaria da Segurança Pública do Rio, durante o confronto, um helicóptero da PM foi alvejado com dois tiros e fez um pouso forçado no Comando Naval da Marinha, na Penha. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Peixão.

Seu primeiro registro policial é de 2012, quando foi acusado de matar dois homens em Parada de Lucas, na zona norte do Rio -, mas Peixão ganhou projeção a partir de 2021.

Integrante da facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP), até 2019 o criminoso comandava o tráfico nas favelas de Vigário Geral e Parada de Lucas. Durante a pandemia de covid-19, ele expulsou rivais e ocupou as favelas de Cidade Alta, Cinco Bocas e Pica-Pau, até então dominadas pelo Comando Vermelho, e construiu pontes sobre rios para facilitar a mobilidade entre as cinco comunidades vizinhas.

Depois ampliou seu domínio para as favelas da Tinta e Dourados, em Cordovil, também na vizinhança. Fora do Rio, ele domina duas favelas em Duque de Caxias e uma em Nova Iguaçu.

Autointitulado evangélico, em 2020 Peixão passou a chamar de Complexo de Israel o conjunto de favelas que domina na zona norte do Rio e a exigir de seus comparsas ser chamado de Aarão - segundo o Antigo Testamento, nome de um irmão de Moisés que foi decisivo na libertação do povo hebreu do Egito em direção à terra prometida.

Para demonstrar poder, Peixão instalou no alto de uma caixa d'água, na Cidade Alta, uma estrela de Davi, que para os judeus significa um símbolo de proteção contra o mal, visível a quilômetros de distância. Os comparsas dele usam um uniforme semelhante ao do exército de Israel.

Em 2021, em Parada de Lucas, a polícia chegou a uma mansão que seria do traficante e tinha, em um muro do quintal, um desenho de parte de Jerusalém, incluindo o Domo da Rocha, um santuário islâmico.

Tido como autoritário e vingativo, ele se tornou conhecido por impor seu domínio baseado no chamado fundamentalismo evangélico, expulsando praticantes de religiões afro-brasileiras dessas áreas. Nas comunidades, ele se apresenta como líder religioso.

No ano passado, Peixão foi condenado pela Justiça por ter ordenado a destruição de templos de religião de matriz africana na Baixada Fluminense. Sua defesa recorreu.

Peixão tem atualmente cinco ordens de prisão pendentes, segundo a Polícia Civil, e é alvo de 79 inquéritos e 26 processos, mas nunca foi preso. No ano passado foi acusado de terrorismo pela Polícia Civil do Rio, após supostamente ter ordenado que seus subordinados atirassem a esmo contra pessoas para desviar a atenção da polícia, que estava perto de capturá-lo, durante operação em 24 de outubro que terminou com dois mortos e quatro feridos.

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O mercado mundial de música gravada teve o décimo ano consecutivo de aumento em 2024, impulsionado pelas assinaturas em plataformas de streaming e o sucesso de estrelas como Taylor Swift. A informação, na quarta-feira, 19, é da Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI). O volume de negócios alcançou o recorde de US$ 29,6 bilhões no ano passado, um aumento de 4,8%, informou a IFPI.

O streaming musical ou a distribuição de conteúdos online em plataformas como Spotify ou Apple Music segue sendo a força motriz por trás desses resultados. Graças a um maior número de assinaturas pagas, ele representou mais de dois terços (69%) da receita global do setor, ou US$ 20,4 bilhões.

As vendas de suportes físicos, em especial de CDs, diminuíram 3,1% em 2024, após um aumento significativo de 14,5% em 2023. Mas os discos de vinil continuaram crescendo pelo décimo oitavo ano consecutivo, com um aumento de vendas de 4,6% no ano passado.

Os principais mercados para a música gravada seguem sendo os Estados Unidos, o Japão e o Reino Unido. As regiões com crescimento mais rápido em 2024 foram o Oriente Médio e o Norte da África (+22,8%), a África subsaariana (+22,6%) e a América Latina (+22,5%).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mostra Carlos Zilio - A Querela do Brasil vai ocupar, a partir de terça-feira, dia 25, três pisos do Itaú Cultural para celebrar a produção do artista, conhecido pelo engajamento político e pela experimentação estética.

A exposição acompanha a produção do carioca realizada entre 1966 e 2022, em uma retrospectiva que apresenta mais de 100 obras. Uma delas é Lute, de 1967, que aparece como um das mais emblemáticas da carreira de Zilio: uma serigrafia que traz um rosto amarelo, de formato indefinido, dentro de uma marmita com a tampa aberta.

A ideia era conscientizar os trabalhadores contra o autoritarismo, em um movimento de Zilio de contestação da ditadura, que o levou a ser preso.

Outra obra significativa presente na exposição é A Querela do Brasil. Tela realizada entre 1979 e 1980, a obra critica o modernismo e os estereótipos da brasilidade. A mostra também traz, pela primeira vez, cadernos de Zilio com projetos de suas criações. A curadoria é assinada por Paulo Miyada e o projeto expográfico é de Fernanda Bárbara.

Zilio estudou pintura com Iberê Camargo nos anos 1960, quando integrou mostras importantes como Opinião 66 e Nova Objetividade Brasileira. Em 1975, após produzir obras com o objetivo de promover agitação política, foi preso. Na prisão, produziu uma série de desenhos. Depois de ser solto, exilou-se e, na volta ao Brasil, passou a se dedicar ao ensino.

Carlos Zilio - A Querela do Brasil

Itaú Cultural. Av. Paulista, 149.

3ª a sábado, 11h às 20h. Gratuito.

Abertura na 3ª (25/3).

Até 6/7

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A mais recente live-action do universo de Mauricio de Sousa, Chico Bento e a Goiabeira Maraviosa, ultrapassou a marca de um milhão de ingressos vendidos no cinema somando-se ao bom momento da produção nacional, com filmes como Ainda Estou Aqui e Auto da Compadecida 2. Neste sábado, o longa, que fala sobre a tentativa de construção de uma estrada que vai derrubar a goiabeira de Nhô Lau, chega ao streaming, no Prime Vídeo.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.