Guiness registra no Ceará casamento mais duradouro do mundo que estão juntos há 84 anos

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Uma união de 84 anos levou um casal de cearenses a ser inscrito no Guiness World Records como o casamento mais longevo do mundo. Manoel Angelim Dino, de 105 anos, e Maria de Souza Dino, de 101, estão juntos há exatos 84 anos e 87 dias. O reconhecimento aconteceu nesta sexta-feira, 14, e foi comemorado pela família, que mora em Boa Viagem, a 200 km de Fortaleza. Em novembro de 2024, os dois celebraram as raras bodas de crisântemos - 84 anos de casados.

A LongeviQuest, que é referência no monitoramento de superidosos no mundo, fez o registro do casamento mais duradouro do planeta a partir do dia 5 de fevereiro de 2025, após extensa pesquisa. O site considera que, como os dois cônjuges ainda vivem juntos, já se trata de uma das uniões mais longas já registradas na história. A pesquisa foi feita por Iara Souza, Gabriel Ainsworth e Filipe Lopes.

Manoel e Maria moram na cidade de Boa Viagem, na mesma região onde nasceram - ele, em 17 de julho de 1919, ela em 23 de abril de 1923. O casal é de uma época em que ainda não tinha televisão, não tinha sido realizada nenhuma Copa do Mundo - a primeira aconteceu em 1930, no Uruguai - e a internet era apenas um sonho distante.

Ambos são de famílias de agricultores e se conheceram por volta de 1936. Manoel havia viajado para a região de Almeida, no então bairro de Boa Viagem, para buscar um carregamento de rapaduras. Foi quando encontrou Maria pela primeira vez.

Apesar do interesse mútuo, eles só voltaram a se encontrar dois anos depois. O casal conta que o namoro enfrentou obstáculos. A mãe de Maria não aprovou o relacionamento, mas o pai condicionou sua aprovação a um desafio: que Manoel construísse uma casa para os dois em um ano. A casa ficou pronta antes disso. Em 20 de novembro de 1940, quando Maria tinha apenas 17 anos e Manoel tinha 21, eles se casaram em uma capela de Boa Viagem.

Atualmente, o casal mais que centenário vive dias tranquilos, na casa que foi construída pelos filhos e netos para que tenham conforto adequado à idade. Uma das netas do casal, Valéria Angelim, que é vizinha, cuida de Maria e Manoel com a ajuda de um filho, bisneto do casal.

Apesar da idade, os dois gozam de boa saúde. Manoel e Maria mantêm o hábito de ouvir a reza do terço no rádio, às 18 horas, todos os dias. Eles também assistem a celebração de missas na televisão.

Ao Guiness, o casal deu a receita para um casamento duradouro: amor.

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Passado um século desde o nascimento de Riley Ben King, a emoção não acabou - ao contrário do que ele cantava na chorosa obra-prima do blues The Thrill Is Gone. B.B. King (1925-2015), que faria 100 anos nesta semana, ainda é reverenciado e redescoberto por novas gerações. Entre os maiores guitarristas da história, o homem que deixou a miséria dos campos de algodão no sul dos EUA conquistou o mundo com as notas aconchegantes de sua Gibson Les Paul, apelidada de Lucille.

Quem visita o Bourbon Street Music Club, no bairro paulistano de Moema, logo se depara com o instrumento (autografado) exposto como um artefato sagrado que evoca o espírito do padrinho da tradicional casa de shows inspirada em Nova Orleans, berço do jazz nos EUA, e idealizada pelo empresário Edgard Radesca e outros três sócios: Luiz Fernando Mascaro, Clóvis César e Edmilson Santill.

Tudo começou em 1993, quando o grupo precisava de um grande nome para inaugurar o Bourbon. Mesmo sem dinheiro, o gestor conseguiu o contato do escritório do astro e descobriu que ele faria uma turnê na América do Sul. Organizou, então, uma vaquinha entre amigos para tentar contratá-lo. Sem muitas esperanças, fizeram uma oferta e, dias depois, foram surpreendidos com a notícia de que o valor daria para que King realizasse quatro apresentações no local.

"Foi um acontecimento. Depois disso, ele veio mais sete vezes até a sua morte. Viramos representantes dele no Brasil", diz o sócio de 78 anos. Radesca passou a organizar concertos do Rei do Blues fora do Bourbon, em outras capitais brasileiras e até em Buenos Aires. "Ao todo, foram 41 shows. Estive com ele em todos", afirma o empresário.

HISTÓRIAS. Com isso, a relação frutífera entre contratante e contratado se transformou em amizade e gerou histórias inesquecíveis. Certa vez, Radesca recebeu King para almoçar em sua casa horas antes de um show. O cardápio, preparado por Célia, mulher de Radesca, incluía peixe, frango assado e muitas frutas.

"Naquele dia, ele adorou as mangas, comeu bastante. De noite, quando começou o show, tudo corria normalmente até que ele deixou o palco. Eu nunca o tinha visto fazer aquilo, então eu saí da minha mesa e corri para o camarim. Ele estava no banheiro. Enquanto isso, a banda seguia tocando. Então, ele saiu, voltou ao palco, abriu um sorrisão e, esfregando a barriga, disse: 'Manga...'", conta o diretor do Bourbon.

B.B. King morreu em maio de 2015, aos 89 anos, após ter sofrido com AVCs, diabete, Alzheimer e problemas cardíacos. Radesca fez questão de comparecer ao funeral público em Las Vegas, cidade onde o artista residia, antes da cerimônia mais privada no Mississippi, sua terra natal.

Dudu Camargo teve a cabeça mordida por um cavalo na Baia de A Fazenda 17. Sentado no chão, ele estava junto de Tamires Assis, que fazia carinho no cavalo, quando gritou após a boca do animal chegar à sua cabeça. "Ele me mordeu. Não é cavalo da paz, não. Não foi nem o cabelo, foi a cabeça. Senti o peso da mordida. Ele é treinado para isso", disse.

A nova temporada do reality show trouxe uma novidade: a presença de dois participantes infiltrados, chamados de "impostores". A apresentadora Adriane Galisteu revelou que Matheus Martins e Carol Lekker foram os escolhidos para cumprir essa missão e realizar atividades especiais indicadas pela produção no reality. Na próxima terça-feira, 23, os peões terão de votar para tentar identificar quem são os infiltrados dentro da sede.

A Fazenda 17 é exibida de segunda a sábado, às 22h30, e aos domingos, às 23h, na Record.

O cineasta Kleber Mendonça Filho receberá um prêmio do Critics Choice Awards, a maior associação de críticos de cinema da América do Norte, por sua direção do longa O Agente Secreto. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 17, por meio das redes sociais da organização. No dia 24 de outubro deste ano, a associação celebrará a quarta edição do Critics Choice Celebration of Latino Cinema and Television. O evento busca divulgar e celebrar a produção audiovisual vinda da América Latina e de seus descendentes.

"Kleber Mendonça Filho receberá o Prêmio de Direção por seu trabalho em O Agente Secreto", afirmou o comunicado divulgado à imprensa. "O cineasta brasileiro recentemente recebeu o prêmio de Melhor Diretor no 78º Festival de Cannes pelo filme, além de ter recebido o Prêmio da Crítica Internacional FIPRESCI." Além do diretor brasileiro, outros nomes de artistas latinos também serão homenageados no evento - a atriz America Ferrera, os atores Oscar Isaac, Anthony Ramos e Gabriel Luna, entre outros.

No ano passado, a atriz Fernanda Torres foi homenageada no mesmo evento por sua atuação em Ainda Estou Aqui. A homenagem ao cineasta pernambucano, então, se prova como mais um passo certeiro de O Agente Secreto em direção ao Oscar 2026. Na última segunda-feira, 15, o longa foi escolhido para disputar a indicação brasileira ao Oscar de Melhor Filme Internacional. Para além disso, o filme venceu dois prêmios no Festival de Cannes e vem sendo bastante elogiado pela crítica internacional.

Nos Estados Unidos, a mídia norte-americana coloca o longa como provável candidato em cinco categorias - Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional. Na trama da obra, ambientada durante a ditadura militar brasileira, Marcelo (Wagner Moura) é um especialista em tecnologia que foge de um passado misterioso e volta ao Recife em busca de paz. Ele, no entanto, logo percebe que a cidade está longe de ser o refúgio que procura.