Onça mata caseiro no Pantanal: ataques a humanos são comuns?

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Um caseiro foi atacado e morto por uma onça-pintada, em Aquidauana, no Pantanal, em Mato Grosso do Sul. O corpo de Jorge Avalo, de 60 anos, foi encontrado às margens do Rio Miranda, junto às pegadas do felino de grande porte, segundo a Polícia Militar Ambiental. Ambientalistas apontam que caso é pouco comum e temem que o ocorrido desencadeie uma caçada às onças-pintadas.

Um especialista no manejo de onças-pintadas da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMS) se deslocou para a região, acompanhado de uma equipe da Polícia Ambiental, na tentativa de rastrear e fazer a captura do felino. A onça que teria feito o ataque será levada para o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres, em Campo Grande, capital do Estado.

O homem, que trabalhava como caseiro de um pesqueiro particular, desapareceu na segunda-feira, 21. Turistas que foram até a casa dele, na região conhecida como Touro Morto, para comprar mel, viram marcas de sangue pelo chão e chamaram a polícia. Uma equipe da Polícia Militar Ambiental chegou ao local de helicóptero e localizou o corpo, parcialmente devorado pelo animal, nesta terça-feira, 22.

A região, banhada pelos rios Miranda e Aquidauana, é destino do turismo ecológico, recebendo turistas e pescadores do Brasil e do exterior. A presença de turistas, que acabam deixando restos de alimentos para os animais, favorece o encontro de pessoas com a fauna local.

Ataques de onças a humanos são raros

Conforme a Polícia Ambiental, ataques de onças a humanos são muito raros e acontecem quando há escassez de alimentos ou se o animal se sente ameaçado. Também pode acontecer no período reprodutivo, quando a onça tem instinto de proteger sua prole. No caso do caseiro, ele manipulava mel de abelhas e o cheiro pode ter atraído o animal.

Outra possibilidade investigada é se haveria uma ceva no local. Em muitos locais turísticos, existe a prática de deixar sistematicamente alimentos para atrair a fauna silvestre de forma que os animais sejam vistos pelos turistas.

Segundo a Polícia Ambiental, essa prática contraria dispositivos da lei federal que trata dos crimes ambientais e de uma lei estadual que dispõe sobre a proteção da fauna no Mato Grosso do Sul. Há, ainda, uma resolução da Secretaria Municipal de Administração (Semad) proibindo a ceva no estado.

O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que desenvolve programa de proteção dos grandes felinos do Pantanal, ressaltou a importância do desenvolvimento da ciência, incluindo a ciência cidadã, para aprimorar a coexistência do ser humano com a onça-pintada. O temor é de que o ataque ao caseiro desencadeie uma onda de hostilidades contra a espécie.

No dia 20, um dia antes do ataque ao caseiro, uma onça-pintada foi encontrada morta, boiando no Rio Paraguai, próximo de Corumbá. "Ainda não se sabe o que causou a morte dessa onça-pintada e nem em qual região ela morreu", diz o instituto.

O IHP, que atua com o desenvolvimento científico para a conservação do Pantanal e da sua biodiversidade, ofereceu auxílio técnico para este caso e acompanha também o caso do ataque em Aquidauana, que não tem relação com o da onça achada no rio. "A onça-pintada é símbolo da biodiversidade brasileira e a morte de um indivíduo da espécie pode gerar diferentes prejuízos para a conservação no médio e longo prazo", diz, em nota, sobre a onça morta.

Símbolo da biodiversidade brasileira

O biólogo Gustavo Figueiroa, da Ong SOS Pantanal, usou sua página no Instagram para informar que as onças-pintadas não podem ser consideradas vilãs. "A onça-pintada não é por natureza um animal perigoso para o ser humano. É um felino reservado que evita o contato com as pessoas e não representa ameaça direta quando não há uma provocação ou interferência humana", diz, em vídeo.

Ele lembra que casos de ataques não provocados por ação humana são extremamente raros. O biólogo contou que ele próprio já teve seis encontros com onça-pintada a pé, em locais em que poderia ser atacado, mas usou a estratégia de se afastar devagar e a onça seguiu seu caminho. Caso a onça não se afaste, a pessoa deve gritar, mexer os braços e fazer barulho com galhos e objetos para afugentá-la.

Conforme Figueiroa, a presença de onças-pintadas no Pantanal não é apenas um símbolo da biodiversidade brasileira, mas também uma fonte vital de renda para milhares de famílias que vivem do turismo de observação da fauna. "A atividade fomenta a conservação da espécie e contribui para o desenvolvimento ambiental da região", diz.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) informou que, após a ocorrência, uma equipe da PMA, acompanhada pelo pesquisador Gediendson Ribeiro de Araújo, da UFMS, especialista em manejo de onças-pintadas, seguiu para região para iniciar as buscas pelo animal.

O objetivo é fazer a captura e levar a onça para Campo Grande, onde será alojada no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres.

"Em virtude do avistamento de alguns animais da mesma espécie na região haverá um trabalho minucioso para identificar a onça-pintada que supostamente realizou o ataque. Outra situação que deve dificultar as buscas é o volume de chuvas que aumentou os níveis dos rios. Objetivo é identificar animal, confirmar o ataque, e dar devidos encaminhamentos", diz, em nota.

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A mãe do apresentador Ratinho, Maria Talarico Massa, morreu aos 93 anos. Ela também era avó do governador do Paraná, Carlos Roberto Massa Jr., o Ratinho Jr (PSD).

"É com profundo pesar que comunicamos o falecimento de Maria Talarico Massa, mãe do apresentador e empresário Carlos Roberto Massa, o Ratinho", diz nota oficial.

A informação foi divulgada pelo Grupo Massa, fundado pelo apresentador do SBT, no sábado 26. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Depois, Ratinho agradeceu o apoio de amigos e fãs. "Perder minha mãe, Dona Maria, é uma dor imensa, uma parte de mim se vai com ela. Mas ver tanto carinho vindo de vocês nos conforta e fortalece", escreveu no X (antigo Twitter).

No dia 24 de junho, Ratinho postou um vídeo ao lado de Dona Maria, como era carinhosamente chamada pelo filho, no hospital em que ela estava internada. No vídeo o apresentador brincava com a mãe, dizendo que ela não aguentava mais ficar no hospital e que iria "arrebentar tudo" caso não fosse liberada logo para que pudesse voltar para casa.

Ratinho postou homenagem à mãe em suas redes sociais na madrugada do sábado. "Dona Maria é foi meu maior exemplo, meu abrigo, minha alegria", escreveu em postagem feita em seu perfil no Instagram. "Que Deus retribua todo esse carinho recebido por nossa família. Seguiremos honrando sua memória com o mesmo amor que ela sempre nos dedicou".

Nos comentários, famosos deixaram mensagens de conforto ao apresentador. Tom Cavalcante, amigo de Ratinho, escreveu: "Descanse na Luz de Cristo Mãezinha! Meus sentimentos amigo Ratinho e familiares! Adriane Galisteu comentou na postagem "Todo meu amor".

Dona Maria era avó do governador do Paraná, Ratinho Jr., que também deixou um registro carinhoso nas redes. "Descanse em paz vó Maria, obrigado pela família linda que a senhora construiu", escreveu Ratinho Jr., na legenda de uma foto publicada em seu perfil no Instagram.

Os influenciadores Carlinhos Maia e Lucas Guimarães anunciaram, na noite desse sábado, 26, o fim do casamento. Em texto publicado nas redes sociais, o casal afirmou que a decisão foi tomada "em paz, sem brigas e sem caos" e pediu respeito ao momento.

"Estamos finalizando este ciclo em paz, sendo maduros e escrevendo juntos este texto para todos que nos amam e nos apoiam", escreveram.

Carlinhos e Lucas começaram a namorar ainda adolescentes, em 2009, e oficializaram a união em maio de 2019, em uma cerimônia em Piranhas, no interior de Alagoas, com a presença de amigos e personalidades como Anitta, Kevinho e Gretchen.

"Não foi uma decisão tomada agora. Desde a última (e única) separação que tivemos, sentimos que nos precipitamos por não termos vivido o tempo necessário para reavaliar tudo o que ainda estava fora do lugar", escreveram em seus perfis no Instagram.

Esta não foi a primeira crise enfrentada pelo casal. Em 2022, os dois anunciaram a separação. Na época, Carlinhos admitiu que o término havia ocorrido por conta de um erro dele, mas disse que não cabia a todos saberem. Poucos meses depois, no início de 2023, os dois reataram.

Agora, o casal afirmou que a decisão foi pensada com mais calma. Ambos acrescentam que seguirão "caminhos diferentes daqui para frente".

"Temos a certeza de que jamais nos perderemos em alma e coração. Mas agora seguiremos separados", afirmaram.

A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.