PM de folga atira em 4 policiais e morre em confronto na zona norte de SP

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Alerta: a reportagem abaixo trata de temas como suicídio e transtornos mentais. Se você está passando por problemas, veja ao final do texto onde buscar ajuda.

Um soldado da Polícia Militar de folga morreu na noite desta terça-feira, 22, após atirar em outros quatro agentes da corporação em confronto no bairro do Limão, zona norte de São Paulo. Conforme informações preliminares da PM, Rogério Vital dos Santos teria cometido suicídio logo após ser ferido.

Registro interno da PM, ao qual o Estadão teve acesso, aponta que equipes do 9º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (9º BPM/M) foram acionadas para atender a uma ocorrência em que o PM de folga "apresentava comportamento alterado e fazia ameaças de suicídio, após um desentendimento familiar".

Segundo o documento, o policial se trancou em seu apartamento, localizado no 7º andar de um edifício na Rua Thomaz Antonio Villani, no bairro do Limão, e passou a realizar disparos de arma de fogo contra a equipe policial que realizou o atendimento inicial. Ele estaria sozinho durante os disparos.

O registro aponta que ninguém se feriu em um primeiro momento, mas que, diante da gravidade da situação, foi necessário acionar uma equipe especializada do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), que por volta das 20h iniciou as tratativas para tentar conter o agente e resolver a crise.

As negociações para rendição do policial de folga teriam durado cerca de quatro horas, mas sem muito avanço. Após tentativa de aproximação das equipes com o uso de robôs e protocolos de negociação, Rogério teria voltado a disparar, ferindo quatro integrantes do 4º Batalhão de Polícia de Choque.

Durante o confronto, Rogério foi alvejado de raspão no tórax e no braço. Ele, então, "atentou contra sua própria vida", segundo registro interno. A equipe de pronto atendimento médico da Polícia Militar foi acionada para prestar socorro imediato ao autor da crise, mas o soldado não resistiu e morreu no local.

Conforme a corporação, o quadro se configura como "suicídio pela polícia (conhecido internacionalmente como suicide by cop), em que o indivíduo, ao ameaçar e atirar contra agentes de segurança, busca deliberadamente provocar uma reação letal como forma de interromper sua própria existência".

"A Polícia Militar presta total apoio aos policiais feridos e às suas famílias, e reforça que todos os protocolos técnicos e operacionais foram seguidos, com foco na preservação de vidas e na segurança da população", afirma a corporação.

Dados da última edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), publicado no ano passado, apontam que os suicídios cometidos por policiais militares da ativa estão em alta em São Paulo. Foram 31 ocorrências em 2023, alta de 40,9% em relação aos 22 casos registrados um ano antes.

Em paralelo, as mortes cometidas por agentes da Polícia Militar em serviço também têm apresentado alta, com destaque para a capital paulista, onde os casos dobraram: foram 184 ocorrências de janeiro a dezembro de 2024, ante 92 casos em 2023, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública.

Onde foram feridos os PMs envolvidos na ocorrência

O registro da Polícia Militar aponta que os quatro policiais militares do 4º Batalhão de Polícia de Choque feridos durante o confronto também receberam atendimento de urgência e passam bem. São eles:

- o 2º sargento Wilson Katsuji Nakashima, alvejado na região da panturrilha. Ele foi socorrido ao Hospital das Clínicas, consciente, estável e orientado;

- o soldado Vitor Figliolino Corniani, alvejado na região da coxa. Ele foi socorrido também ao Hospital das Clínicas, consciente, estável e orientado;

- o cabo Pedro Henrique Gonçalves, alvejado na região da coxa. Ele foi socorrido à Santa Casa, consciente, estável e orientado;

- o 1º sargento Raphael Romão Penna, que foi alvejado no rosto, mas está consciente. Não há informações sobre o hospital para onde ele foi encaminhado.

Onde buscar ajuda

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp, de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades nesta página.

Mapa da Saúde Mental

O site traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.

NA MÍDIA:

Onde buscar ajuda

Se você está passando por sofrimento psíquico ou conhece alguém nessa situação, veja abaixo onde encontrar ajuda:

Centro de Valorização da Vida (CVV)

Se estiver precisando de ajuda imediata, entre em contato com o Centro de Valorização da Vida (CVV), serviço gratuito de apoio emocional que disponibiliza atendimento 24 horas por dia. O contato pode ser feito por e-mail, pelo chat no site: "https://cvv.org.br/chat/" ou pelo telefone 188.

Canal Pode Falar

Iniciativa criada pelo Unicef para oferecer escuta para adolescentes e jovens de 13 a 24 anos. O contato pode ser feito pelo WhatsApp: "https://api.whatsapp.com/send/?phone=556196608843&text&app_absent=0", de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h.

SUS

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) são unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) voltadas para o atendimento de pacientes com transtornos mentais. Há unidades específicas para crianças e adolescentes. Na cidade de São Paulo, são 33 Caps Infantojuventis e é possível buscar os endereços das unidades na página: "http://buscasaude.prefeitura.sp.gov.br/".

Mapa da Saúde Mental

O site: "https://mapasaudemental.com.br/" traz mapas com unidades de saúde e iniciativas gratuitas de atendimento psicológico presencial e online. Disponibiliza ainda materiais de orientação sobre transtornos mentais.

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A morte de Ozzy Osbourne, anunciada na última terça-feira, 22, provocou uma forte comoção entre fãs e artistas ao redor do mundo, e também se refletiu nas plataformas de streaming. No Spotify, os números da discografia do cantor britânico e de sua histórica banda, o Black Sabbath, tiveram um crescimento expressivo nos últimos dias.

Como artista solo, Ozzy saltou de 12,4 milhões para 18,7 milhões de ouvintes mensais na plataforma. Já o Black Sabbath, grupo que ajudou a definir o heavy metal nas décadas de 1970 e 1980, passou de 19,8 milhões para 24,6 milhões de ouvintes.

Além do aumento geral de público, faixas emblemáticas de Osbourne registraram picos de execução. Crazy Train, um de seus maiores sucessos, acumulou 8 milhões de reproduções desde o anúncio da morte, chegando a 809 milhões de streams no total. A balada Mama, I'm Coming Home cresceu em 7,2 milhões, alcançando quase 245 milhões, enquanto No More Tears somou mais 7 milhões, ultrapassando 266 milhões de execuções.

No caso do Black Sabbath, os números também impressionam. Paranoid, talvez a faixa mais emblemática da banda, foi ouvida 9,3 milhões de vezes apenas nos últimos dias, alcançando 1,38 bilhão de streams. Iron Man teve um salto de cerca de 6 milhões, totalizando mais de 587 milhões, e War Pigs ganhou cerca de 5 milhões de novas execuções, ultrapassando 384 milhões.

A morte de Ozzy ocorreu poucas semanas após o show de despedida Back to the Beginning, realizado em Birmingham, na Inglaterra, cidade natal da banda. A apresentação marcou a reunião final de Osbourne com os membros do Black Sabbath e encerrou, de forma simbólica, uma das trajetórias mais influentes do rock mundial.

Na manhã deste sábado, 26, Gilberto Gil e Flora Gil usaram as redes sociais para prestar homenagens à cantora Preta Gil, filha do cantor com Sandra Gadelha, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20. O velório da artista foi realizado ontem, 25, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, seguido da cerimônia de cremação no Cemitério da Penitência, no bairro do Caju.

Gilberto Gil compartilhou imagens em que aparece tocando o rosto da filha, visivelmente emocionado. "Até os próximos 50 bilhões de anos… Onde houver alegria e amor, haverá Preta", escreveu.

Flora Gil, que foi madrasta da cantora, escreveu: "Pra sempre dentro do meu coração. Te amarei eternamente", disse ela.

Velório e cremação

O tom de despedida marcou a cerimônia no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, onde familiares, amigos e artistas estiveram reunidos para celebrar a vida e a trajetória da cantora.

A cerimônia de cremação de Preta se encerrou por volta das 17h de ontem, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio. A opção de cremação foi um pedido da cantora à família. A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

A cantora Preta Gil, que morreu aos 50 anos no último domingo, 20, seguirá sendo homenageada por familiares, amigos e admiradores em missas de sétimo dia marcadas para este sábado, 26, e segunda-feira, 28.

As celebrações religiosas ocorrerão em Salvador e no Rio de Janeiro.

Neste sábado, às 16h, será realizada a primeira missa no Santuário Santa Dulce dos Pobres, na capital baiana. O local escolhido é o mesmo que recebeu apoio da artista nos últimos meses, e a cerimônia foi anunciada pela apresentadora Rita Batista, durante o programa É de Casa.

A assessoria da família afirmou ao Estadão que, no Rio de Janeiro, a missa está marcada para segunda-feira, às 19h, na Igreja de Santa Mônica, no bairro do Leblon, em cerimônia aberta ao público.

Velório e cremação

A cerimônia de cremação de Preta Gil se encerrou por volta das 17h de sexta-feira, 25, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuário do Rio.

A opção de cremação foi um pedido de Preta à família. O corpo dela foi levado até o cemitério em cortejo em um carro do Corpo de Bombeiros e passou pelo chamado Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil.

A cerimônia foi restrita a familiares e amigos íntimos da cantora.

Mais cedo, parentes e amigos participaram de uma última despedida à cantora, que foi velada no Theatro Municipal. A cerimônia foi aberta ao público das 9h às 13h.