Parece que tem gente torcendo para Cracolândia não acabar, diz secretário sobre fluxo reduzido

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O secretário Municipal de Segurança Urbana de São Paulo, Orlando Morando atribuiu o esvaziamento da Cracolândia, no centro de São Paulo, observado nos últimos dias, às ações na Favela do Moinho, à procura de usuários por tratamento médico e intensificação das forças de segurança para coibir o tráfico de drogas na região.

Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quinta-feira, 15, o secretário disse não considerar o sumiço dos usuários da Rua dos Protestantes, local do chamado fluxo, onde costumava ocorrer a venda e o consumo de drogas, algo repentino ou surpreendente.

"Não me causa surpresa a diminuição dos usuários naquele fluxo da Rua dos Protestantes, em todo o entorno. O que não pode ter é uma torcida do contra. Parece que tem gente que torce pra Cracolândia não acabar."

"Nós não estamos aqui comemorando, não há comemoração, sabemos que é um enorme desafio, isso é uma verdadeira guerra, mas é uma batalha que a prefeitura e o governo do Estado estão vencendo diariamente", afirma o secretário.

Segundo Morando, dados da gestão municipal apontam que de sábado, 10, até agora, quase 200 usuários de drogas procuraram pelas clínicas terapêuticas do município para ter tratamento médico.

O secretário aponta também que as ações do município e do governo na Favela do Moinho refletem na saída de usuários - dentre elas, o uso de cães da GCM na região.

"Desde a semana passada, todas as forças de segurança tomaram a Favela do Moinho. Literalmente, foi tomada para poder oferecer condições de moradias mais dignas e um profundo programa habitacional da Prefeitura de São Paulo junto com o Governo do Estado. Quando todas as forças de segurança tomaram a comunidade, os traficantes que ali permaneciam foram embora. Com a saída deles da Favela do Moinho, a droga ficou muito mais longe da Rua dos Protestantes", justificou o secretário.

"No sábado, 10, nós também passamos a utilizar os cães da GCM naquela região, o que realmente inibe a entrada de drogas. Às vezes, o sujeito entra com o crack dentro da roupa íntima, mas com o cão não tem jeito, o cachorro vai identificar a droga onde quer que ela esteja."

Ainda de acordo com o secretário, a prefeitura alega ter observado concentração de dependentes químicos apenas na Praça Marechal Deodoro, nas proximidades da estação de Metrô.

"Temos o único ponto mais intenso que a gente viu, um número que é pequeno ainda assim considerado daquilo que viviam ali nas cenas abertas de uso na Protestante foi na Praça Marechal, fora ele concentração nós não identificamos nenhum outro", disse.

A reportagem do Estadão também constatou pequenos grupos, inclusive na região do Bom Retiro, também no centro da capital. A situação deixa moradores e comerciantes bastante apreensivos.

Morando ainda afirmou que de janeiro a abril deste ano, na área das cenas abertas de uso, na Rua dos Protestantes, 229 ocorrências foram atendidas, 125 prisões realizadas, 5,8 mil quilos de drogas apreendidas, 134 objetos relacionados a roubos e práticas criminosas, além de R$ 35 mil em espécie.

"Isso foi feito com uma ação permanente de 240 agentes da Guarda Civil Metropolitana (GCM), além de todas as equipes da saúde e da assistência social", disse Morando. A ação policial municipal na região, que envolve a GCM, também conta com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar.

O secretário destaca, no entanto, que os desafios ainda estão presentes. "Nós sabemos que existe ainda um risco de se concentrar, e é por isso a nossa ação permanente da GCM e não permitir que volte a se concentrar em outro lugar da cidade e para voltarmos a ter outra Cracolândia em um outro ponto. Isso é uma verdadeira guerra, mas é uma batalha que a prefeitura e o Estado estão vencendo diariamente."

Sobre a Virada Cultural, programada para ocorrer nos dias 24 e 25 de maio, o secretário afirmou que a Prefeitura irá contar com um efetivo maior. "Teremos uma estrutura maior do que foi montada no ano passado. Muito mais segura também."

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Patrícia Poeta comemorou seu aniversário de 49 anos no domingo, 19, e foi surpreendida pelo filho, Felipe Poeta. O filho da apresentadora está internado e tratando um problema de saúde há cerca de dois meses.

Nas redes sociais, o DJ publicou uma homenagem à mãe, cantando Parabéns a Você, enquanto a apresentadora recebe uma torta.

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Ana Maria Braga celebrou, nesta segunda-feira, 20, os 26 anos do Mais Você em uma edição marcada pela emoção e pela lembrança de Tom Veiga, intérprete de Louro José. Durante o programa, ela reviveu momentos ao lado do parceiro de longa data e chorou ao relembrar a perda do amigo, que morreu em 2020.

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Além da homenagem no ar, Ana Maria usou as redes sociais para refletir sobre as mais de duas décadas de trajetória na atração matinal. Em um texto publicado no Instagram, ela celebrou a longevidade do programa e agradeceu ao público pela parceria ao longo dos anos. "Dentro de 26 anos aconteceu tanta coisa que até a palavra 'estreia' perdeu o acento. É impressionante o quanto o mundo pode mudar em um certo período de tempo", escreveu.

A apresentadora também relembrou o início da atração, em 1999. "Há 26 anos eu continuo dizendo 'bem-vindas' e 'bem-vindos' para todos vocês que me acompanham. Juntos, trocamos receitas, aprendemos, evoluímos", escreveu.

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O Dia do Poeta, celebrado nesta segunda-feira, 20 de outubro, é um convite para mergulhar na produção recente da poesia brasileira e conhecer autores que renovam o gênero com diferentes olhares e linguagens.

A seleção reúne de nomes consagrados a novas vozes da cena literária e dos slams e a diversidade de temas e formas revela a vitalidade da poesia no País.

Entre os destaques, Fullgás, que revisita a obra de Antonio Cícero, um dos principais poetas e letristas brasileiros; Coisa Feita - Dois Preto Apaixonado na Cama, do poeta baiano Jordan, que propõe uma reflexão sobre corpo, erotismo e identidade negra, e Um Buraco Com Meu Nome, de Jarid Arraes, que reafirma a força de sua escrita voltada à experiência feminina e à resistência cotidiana.

Completando a lista estão os livros As Cidades, no qual Caetano W. Galindo transforma a geografia do Brasil em exercício de linguagem, e a antologia Amor e Fúria - Slammers que Escrevem apresenta poetas da cena da poesia falada que transformam suas vozes em manifestação política e artística.

Fullgás

A antologia Fullgás resgata a produção poética de Antonio Cicero, que morreu há um ano. O volume reúne os livros Guardar (1996), A Cidade e os Livros (2002) e Porventura (2012), além de textos inéditos, poemas esparsos e letras de música que marcaram sua trajetória, entre elas Pra Começar, Fullgás e O Último Romântico. A edição conta ainda com posfácio de Noemi Jaffe.

Editora: Companhia das Letras (240 págs.; R$ 79,90; R$ 29,90 o e-book; R$ 39,90 o audiolivro)

Coisa Feita - Dois Preto Apaixonado na Cama

No livro Coisa Feita - Dois Preto Apaixonado na Cama, o poeta, dramaturgo e compositor baiano Jordan propõe um exercício de revisão das representações culturais e literárias da masculinidade negra na tradição poética ocidental. Para isso, ele formula o conceito de poesia "HomoAfroErótica" para discutir corpo, erotismo e identidade como práticas de resistência e reconstrução simbólica.

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Um Buraco Com Meu Nome

No livro Um Buraco Com Meu Nome, Jarid Arraes aborda temas como o corpo feminino negro, a desigualdade e a busca por abrigo simbólico e social. Organizados em cinco partes - "Selvageria", "Fera", "Corpo Aberto", "Caverna" e "Inéditos" -, os poemas propõem reflexão sobre as condições de existência e resistência no presente. A edição é ilustrada pela própria autora.

Editora: Alfaguara (176 págs.; R$ 69,90; R$ 29,90 o e-book)

As Cidades

Em As Cidades, Caetano W. Galindo compõe um poema a partir dos 5.571 nomes de municípios brasileiros, organizados em ordem alfabética. O projeto nasce de uma proposta de "escrita não criativa", em que o autor explora a potência poética das palavras existentes e seu valor histórico e linguístico. O livro inclui também um ensaio em que Galindo comenta o processo de criação e as relações entre linguagem, geografia e representação.

Editora: Círculo de Poemas (40 págs.; R$ 47,90)

Amor e Fúria - Slammers que Escrevem

A antologia Amor e Fúria reúne poetas da cena de slam que utilizam a escrita como espaço de expressão e resistência. Os textos discutem temas sociais e políticos ligados à liberdade, diversidade, amor, desigualdade e direitos civis. Organizada por Mariana Félix e João Pinheiro, a coletânea reflete o caráter performático e coletivo da poesia falada, propondo diálogo entre criação literária e militância.

Editora: WMF Martins Fontes (128 págs.; R$ 59,90)