Ocupação na PUC: estudantes encerram mobilização após acordo

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A paralisação estudantil que acontecia desde a última segunda, 19, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) chegou ao fim nesta terça-feira, 27. O encerramento das mobilizações foi anunciado pela Reitoria da PUC-SP, pela Fundação São Paulo (Fundasp), entidade mantenedora da instituição, e por estudantes do coletivo Saravá, que esteve à frente das manifestações.

A paralisação foi encerrada depois de reunião do diretor executivo da Fundasp, padre José Rodolpho Perazzolo, com integrantes do movimento estudantil, nesta terça. O encontro ratificou o que os alunos já tinham decidido em assembleia, na segunda-feira, quando votaram por desocupar um dos prédios do campus Monte Alegre, em Perdizes (zona oeste), que eles tomaram na semana passada.

Os universitários se mobilizaram por melhorias estruturais, protestaram contra casos de racismo que, conforme os graduandos, acontecem dentro do espaço da universidade, e exigiram também o fortalecimento de políticas de permanência para estudantes bolsistas.

A paralisação foi liderada pelo grupo Saravá, um coletivo que reúne alunos negros da PUC-SP. De acordo com integrantes do grupo, o retorno às aulas está confirmado a partir desta quarta-feira, 28. Frisam, no entanto, que vão continuar mobilizados para avançar em negociações com a universidade.

Rato no bandejão

A PUC-SP anunciou na segunda-feira, 26, a concessão de bolsas de alimentação de 100% aos alunos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil). O coletivo Saravá também publicou uma foto de um recado da direção da PUC-SP informando que fechará a praça de alimentação por três semanas para "obras de adequação e melhorias no espaço".

Na semana passada, um rato foi filmado dentro do restaurante universitário da PUC. O roedor foi registrado circulando sobre uma mesa do "bandejão" e, pelas imagens, chega a passar perto de alguns suportes de guardanapos. Após o incidente, a Reitoria determinou a interdição imediata do espaço.

Durante os oito dias de mobilização, a situação chegou a ficar mais tensa na sexta-feira passada, 23, quando a Justiça autorizou a Fundasp a acionar a Polícia Militar para fazer a reintegração de posse do prédio ocupado. A medida não chegou a ser utilizada.

Os estudantes pediram à fundação para que o processo que tramita na Justiça fosse retirado. A Fundasp concordou com a suspensão da ação, desde que o campus fosse desocupado.

"A PUC-SP celebra a retomada da normalidade plena do campus Monte Alegre. Reiteramos que a via do diálogo é o caminho para a construção coletiva de soluções sempre pautadas pelo respeito mútuo e pela defesa da educação como bem público", disse a PUC-SP, em nota.

A Fundasp afirmou, também em comunicado "que se dispôs a se reunir mensalmente" com os coletivos para seguir discutindo as demandas apresentadas.

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A Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira, 29, o cantor de funk Marlon Brandon Coelho Couto, o MC Poze do Rodo. Ele é investigado por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Comando Vermelho (CV). A defesa não foi localizada.

Conforme a polícia, a operação ocorreu no bairro do Recreio dos Bandeirantes, zona oeste do Rio.

De acordo com as investigações, o cantor realiza shows exclusivamente em áreas dominadas pelo CV, com a presença ostensiva de traficantes com armas de grosso calibre, como fuzis, garantindo a "segurança" do artista e do evento. "Além disso, a investigação identificou que o repertório das músicas entoadas por ele faz clara apologia ao tráfico de drogas, ao uso ilegal de armas de fogo e incita confrontos armados entre facções rivais, o que frequentemente resulta em vítimas inocentes", disse.

Ainda de acordo com a Polícia Civil do Estado, a operação tem como base o cumprimento de mandado de prisão temporária expedido pela Justiça, após evidências de que os shows realizados pelo artista são financiados pela organização criminosa Comando Vermelho, contribuindo para o fortalecimento financeiro da facção por meio do aumento do consumo de drogas nas comunidades onde os eventos são realizados.

Em um show realizado no dia 19 de maio deste ano na Comunidade Cidade de Deus, que reuniu traficantes armados, segundo a polícia, o cantor entoou diversas músicas enaltecendo a facção criminosa.

"O show ocorreu poucas horas antes da morte do policial civil José Antônio Lourenço, integrante da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), em uma operação policial na comunidade", disse a Polícia Civil do Rio.

As investigações prosseguem com o objetivo de identificar outros indivíduos envolvidos e os financiadores diretos dos eventos criminosos. "A Polícia Civil também reforça que as letras extrapolam os limites constitucionais da liberdade de expressão e artística, configurando crimes graves de apologia ao crime e associação para o tráfico de drogas", completou.

Brad Pitt falou pela primeira vez em oito anos sobre o divórcio de Angelina Jolie. A atriz pediu a separação em setembro de 2016, e um processo turbulento se seguiu. A longa batalha judicial chegou ao fim em 2024.

Divulgando o filme F1, que estreia em 26 de junho, o ator estampa uma das capas da GQ americana. Em entrevista, questionado se há alívio com a finalização do divórcio, Pitt foi breve: "Não, não acho que tenha sido algo tão importante. Só algo se concretizando. Legalmente", disse.

Antes de responder sobre o assunto espinhoso, o ator refletiu sobre a exposição. "Minha vida pessoal está sempre no noticiário. Tem estado no noticiário há 30 anos, cara. Ou alguma versão dela, digamos assim", disparou.

Pitt também foi perguntado se a trama automobilística teria sido uma espécie de refúgio das especulações, tal como os carros de corrida isolam os pilotos do mundo externo. "Não vejo dessa forma. É um incômodo com o qual sempre tive que lidar em diferentes graus, grandes e pequenos, enquanto faço o que realmente quero fazer. É uma perda de tempo irritante, se eu deixar que seja. Não sei", respondeu.

A GQ ainda abordou o relacionamento do ator com a empresária Ines de Ramon, indagando se a primeira aparição pública do casal, no Grande Prêmio da Inglaterra, em 2024, foi uma escolha deliberada. "Não, cara, não é tão calculado assim", respondeu o ator, rindo. "Meu Deus, quão exaustivo isso seria? Viver fazendo esse tipo de cálculo? Não, a vida simplesmente evolui. Relacionamentos evoluem", definiu.

Fernanda Torres já tem seu próximo projeto após Ainda Estou Aqui: a comédia Os Corretores.

O filme foi anunciado por Manuel Belmar, diretor executivo de Produtos Digitais da Globo, no Rio2C, nesta quarta-feira, 28.

A direção ficará a cargo de Andrucha Waddington, cineasta e marido de Fernanda.

Os Corretores será produzido pela Conspiração Filmes para o Globoplay. Ainda não há previsão de estreia.

*A jornalista viajou ao Rio a convite da organização do evento