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Quais bens foram apreendidos do traficante André do Rap; polícia descobriu fortuna

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O Estadão revelou na segunda-feira, 9, que, balanço feito pelo Departamento de Inteligência Policial (Dipol), da Polícia Civil, mostrou que o crime organizado movimentou R$ 16,806 bilhões de valores suspeitos em 100.097 contas bancárias examinadas de janeiro de 2024 a maio de 2025.

São casos como o de empresas suspeitas de ligação com o megatraficante internacional André Oliveira Macedo, o André do Rap, foragido desde que foi solto em 2020 pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal. "Chegou-se ao total de R$ 25.168.000,00 em valores considerados suspeitos", afirma o documento.

O foragido apontado como um dos grandes nomes do narcotráfico no País é condenado a 25 anos de prisão em outros dois processos. André já esteve foragido antes, entre 2014 e 2019, quando foi preso pela Polícia Civil, em uma mansão em Angra dos Reis, no Rio, suspeito de ostentar um patrimônio de R$ 17 milhões fruto do tráfico - ele se apresentava como agente de artistas e jogadores de futebol para disfarçar o dinheiro ilícito.

André do Rap morava em Santos, mas ia, aos fins de semana, para Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio. Também fazia com frequência voos fretados para Jacarepaguá, na zona oeste carioca, onde tratava de outros negócios.

O traficante levava uma vida de luxo e conforto: promovia festas, vivia em mansões e viajava de helicóptero para participar de reuniões de negócio. Os investigadores conseguiram chegar até o traficante após monitorar a compra de uma lancha Azimut, de 60 pés, avaliada em R$ 6 milhões. A aquisição teria sido feita por um laranja.

A embarcação estava sob cuidado de três marinheiros. O imóvel também contava com caseiro e uma série de empregados domésticos.

Além da lancha, foram apreendidos um Hyundai Tucson e um helicóptero, avaliado em R$ 7 milhões, que estava alugado pelo traficante.

Quem é André do Rap?

Nascido em Santos, em 1977, André do Rap cresceu em Itapema, perto da Favela Portuária, no Guarujá, no litoral paulista. Em 19 de setembro de 1996, foi preso pela primeira vez por tráfico de drogas.

Foi levado pela Polícia Militar ao 2.º Distrito Policial de Guarujá, e transferido para a cadeia pública da cidade, de onde foi trazido para São Paulo, onde cumpriu a pena na antiga Casa de Detenção, no Carandiru, na zona norte.

E lá conheceu o rap, que crescia entre um grupo de detentos, do qual saíram, por exemplo, os integrantes do 509-E: Afro-X e Dexter, então detidos no Pavilhão 7. O rap se tornava uma forma de expressão dos presos, que, ao mesmo tempo, achavam na música um caminho para deixar o crime.

Solto em 1999, André do Rap voltou a ser preso em flagrante e acusado do mesmo crime em 2003. Já havia então chamado a atenção da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), de Santos, que o indiciaria ainda em mais dois inquéritos nos anos seguintes.

Foi durante essa nova prisão, de acordo com documentos da Inteligência Policial, que André foi batizado na facção criminosa. Era 13 de maio de 2005 quando o bandido se tornou integrante do PCC, dentro da Penitenciária de São Vicente, no litoral. Foi solto em abril de 2006, preso em 2007 e libertado outra vez em 2008.

Em liberdade, André passou a compor músicas. Começou com raps elogiando a "vida loka", a cena do crime e a lei dos criminosos contra a "opressão do sistema". Em uma delas, Impacto Total, André do Rap se dizia "um guerreiro armado e perigoso", uma "mente criminosa da legião do mal". Fazia músicas com os MCs Careca e Pixote, os chamados "guerreiros de Itapema". Falava em dar "justiça" e que Deus abençoasse "os irmãos da correria". "Não tem meio termo, quem corre no certo tá no bonde também." André do Rap se dizia um vaso ruim de quebrar, sempre pronto para enfrentar os "gambé (policiais)".

Solto pelo STF

Em outubro de 2020, ele foi beneficiado por uma decisão individual do então ministro Marco Aurélio Mello, que viu excesso de prazo na prisão processual (sem condenação definitiva) e determinou que ele fosse solto.

A liminar foi cassada pelos demais ministros, mas ele já havia deixado a penitenciária e está foragido desde então. Na decisão, Marco Aurélio Mello afirmou que o traficante estava preso provisoriamente havia muito tempo, o que a legislação processual brasileira não permite.

Desde 2020, com o pacote anticrime, ficou determinado que prisões provisórias devem ser revistas a cada 90 dias para verificar a necessidade de manutenção da medida - o que, na avaliação do então ministro, não ocorreu na época.

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O escritor Marcelo Rubens Paiva, autor de Ainda estou aqui sofreu um acidente durante um voo com destino a Portugal e fraturou dois ossos da perna. A lesão ocorreu em 1º de julho, enquanto ele viajava de São Paulo a Porto pela companhia aérea portuguesa TAP. Apesar do incidente, o autor manteve sua participação em diversas feiras do livro no país.

Segundo relato ao jornal O Globo, o acidente aconteceu após Paiva acionar o botão do assento para esticar as pernas. O mecanismo teria funcionado de forma brusca, prendendo sua perna sob a poltrona à frente. Ao desembarcar no aeroporto, ele procurou atendimento médico, mas, inicialmente, foi avaliado com apenas um machucado no dedo.

Nos dias seguintes, os sintomas se agravaram. A perna inchou, ficou roxa e ele começou a sentir espasmos. Após uma nova avaliação no hospital, foi constatada a fratura da tíbia e do perônio.

"Não precisei ser operado, mas estou engessado e de molho", disse o autor de Ainda Estou Aqui, livro que inspirou o longa brasileiro vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional em 2024.

Mesmo com o acidente, Paiva seguiu com sua agenda em Portugal e participou de feiras do livro nas cidades de Porto, Aveiro, Barcelos e Oeiras. Outros compromissos, no entanto, precisaram ser cancelados devido às limitações impostas pela recuperação.

"Vida intensa, vida breve", bradou Cazuza nos últimos anos de vida, e não por acaso os mais intensos de sua carreira. O cantor morreu com apenas 32 anos, no dia 7 de julho de 1990, e não pôde comprovar que também estava certo quando disse que via "o futuro repetir o passado".

E 35 anos depois de sua morte, seus versos, que imploram que o Brasil mostre a sua cara, estão de volta ao horário nobre, na abertura de Vale Tudo, e ele ganha uma exposição que leva fãs e curiosos a conhecerem sua infância, juventude, carreira e luta contra a aids.

Cazuza Exagerado ocupa 1.200 m², divididos em nove salas, no topo do Shopping Leblon, bairro da zona sul carioca onde ele morou. A curadoria ficou a cargo do escritor e jornalista Ramon Nunes Mello e foi aprovada por Lucinha Araújo, mãe de Cazuza - e de Agenor de Miranda Araújo Neto, como mostra a primeira sala da mostra, que exibe sua certidão de nascimento, boletins escolares, fotos da época de menino e até a roupinha de batismo do ídolo.

Mas esse museu construído em sua homenagem também traz grandes novidades, como ele mesmo diria. A exposição resgata seu passado, claro, com itens de acervo pessoal como a máquina de escrever na qual transcrevia suas letras, manuscritos originais e até a camiseta usada na turnê do primeiro álbum solo, Exagerado, que está completando 40 anos em 2025 e não por acaso dá nome ao evento.

A inovação se faz presente por conta das experiências imersivas e interativas em ambientes que recriam lugares marcantes da vida de Cazuza. Entre eles estão a Pizzaria Guanabara, também localizada no Leblon, onde era comum o cantor varar a madrugada com os amigos, e o Cassino do Chacrinha, programa de auditório no qual apresentou músicas como O Nosso Amor a Gente Inventa e Ideologia.

Réplica

A entrada do público é dividida por horários. Assim, é possível curtir com calma a icônica apresentação do Barão Vermelho no Rock in Rio 1985, disponível em telão; ouvir as canções do poeta e suas entrevistas; passear por Ipanema com "Caju", como era chamado pelos mais próximos, e seus amigos; e finalizar o passeio no Canecão. Depois de passar pelo camarim, réplica do original da época, o visitante se depara com o próprio Cazuza em forma de holograma cantando os sucessos O Tempo Não Para e Codinome beija-flor.

Mas a emoção não acaba por aí. Na última sala, a estrela é o poema Cineac Trianon, escrito por ele em 1989 e só publicado no ano passado, no livro póstumo Meu Lance É Poesia. Nos alto-falantes, as vozes de Daniel de Oliveira, Emílio Dantas e Jullio Reis, que interpretaram Cazuza na ficção, declamam seus versos. Quem já foi, concorda: o poeta não morreu. Ele continua a brilhar, apesar de não estar mais por aqui.

Cazuza Exagerado

Onde: Shopping Leblon. Av. Afrânio de Melo Franco, 290, Rio.

Quando: 2ª/sáb., 10h/22h; dom. e feriados, 13h/21h.

Quanto: R$ 50/R$ 100

Vale Tudo exibiu, nesta segunda-feira, 7, um dos momentos mais aguardados do remake: a cena em que Raquel (Taís Araujo) rasga o vestido de Maria de Fátima (Bella Campos). O confronto veio ao fim do capítulo, depois de a cozinheira ter expulsado a filha de casa após descobrir que ela havia roubado uma mala de dólares.

Raquel decidiu então ir à mansão dos Roitman, onde Fátima provava seu vestido de noiva. Lá, ela contou a verdade sobre o passado da filha para Odete (Débora Bloch), mas foi tratada com desdém pela dona da TCA.

Quando ficou a sós com a filha, Raquel voltou a falar sobre como Fátima a separou de Ivan (Renato Góes). A jovem, no entanto, disse que mãe deveria tocar a "bola para frente". Furiosa, Raquel rasgou o vestido de Fátima e deu um tapa em seu rosto. "Você é um monstro. Eu tenho nojo de você, sua desgraçada", bradou em seguida, antes de dizer que a filha ainda viria a cair.

Na original de 1988, a sequência foi protagonizada por Regina Duarte e Glória Pires, e se tornou uma das mais memoráveis do folhetim escrito por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères.