Aluísio Segurado, da Medicina, vence eleição para reitor na USP: 'Enfrentar desafio digital'

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O professor da Faculdade de Medicina Aluísio Segurado, de 68 anos, venceu as eleições para reitor na Universidade de São Paulo (USP) realizada nesta quinta-feira, 27. Ele teve 1.270 votos, seguido da ex-diretora da ex-diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) Ana Lúcia Duarte Lanna, com 713 votos, e do professor da Escola Politécnica Marcílio Alves, com 340 votos. Os três, portanto, integram a lista tríplice que será enviada ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Não há prazo para essa escolha nem informações ainda de quando ele tomará a decisão. Nos últimos anos, houve casos em que o governador nomeou o reitor eleito no mesmo dia; em outros, demorou mais de uma semana.

"Acho que a parceria muito sinérgica da nossa chapa, com muita experiência acadêmica e de gestão, e também com projetos de futuro, trouxe segurança para a comunidade", disse Segurado ao Estadão, logo depois de saber o resultado das eleições. A chapa que encabeça a lista tríplice tem como vice-reitora a ex-diretora da Escola Politécnica Liedi Légi, que foi a primeira mulher a assumir a faculdade de Engenharia. "A comunidade sentiu que havia coerência da proposta."

Segurado foi pró-reitor de graduação da atual gestão do reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior e dirigiu o Instituto Central do Hospital das Clínicas (HC). Segundo ele, a lista tríplice será enviada nesta sexta-feira, 28, ao governador.

Historicamente, o mais votado internamente é o escolhido para o próximo período, que vai de janeiro de 2026 a janeiro de 2030. Já houve, porém, exceções. Em 2009, o professor da Faculdade de Direito João Grandino Rodas foi o segundo mais votado e acabou como o escolhido pelo então governador José Serra (PSDB).

A eleição foi realizada online durante todo o dia e tiveram direito à voto apenas os cerca de 2.300 membros da Assembleia Universitária, que são os integrantes do Conselho Universitário, órgão máximo da USP, dos conselhos centrais, das congregações das unidades e dos conselhos deliberativos dos museus e dos institutos especializados. São 84% professores, 10% de representantes dos estudantes e 4% de servidores técnicos e administrativos.

Segundo a USP, participaram da eleição 2.041 eleitores. Como os eleitores podiam votar em até três chapas, há mais votos do que eleitores. No entanto, a maioria votou em apenas uma e houve 3.590 votos em branco e 70 nulos.

Segurado também credita a vitória na eleição à "consistência da proposta", que, segundo ele, partiu do diagnóstico dos principais desafios da instituição, como a manutenção da autonomia universitária, e discutiu também questões atuais. Entre eles, ele citou "o convívio com uma USP mais plural e mais diversa que exige readaptação de processos tradicionais" e ainda "o desafio tecnológico da transformação digital e da incorporação da inteligência artificial no apoio ao ensino e à gestão".

Um dos desafios do próximo reitor é o futuro financiamento da USP. Os três candidatos reforçaram durante a campanha a importância de se garantir a autonomia da instituição por meio de um orçamento previsível. Com a reforma tributária, a partir de 2026, deixará de existir gradualmente o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Desde 1989, a universidade, a mais importante da América Latina, recebe 5% da arrecadação do tributo do Estado. O orçamento da instituição em 2025 foi de R$ 9,15 bilhões. A partir de agora, os valores e a origem dos recursos terão de ser discutidos pelo novo reitor ou reitora com o governo do Estado.

"A autonomia das universidades estaduais paulistas é única e foi responsável pelo desenvolvimento do ecossistema de ciência e tecnologia do Estado", disse Segurado, em entrevista ao Estadão, durante a campanha. Diferentemente de USP, Unicamp e Unesp, as universidades estaduais não têm autonomia orçamentária e dependem de repasses (e sofrem com bloqueio de verbas) do Ministério da Educação.

A USP, que faz 92 anos em janeiro, tem cerca de 60 mil alunos de graduação e 30 mil de pós. A universidade paulista é responsável por cerca de um quarto das pesquisas feitas no Brasil todo.

A instituição tem aumentado, nos últimos anos, suas políticas de diversidade, com cotas para estudantes e professores pretos, pardos e indígenas. Entre os desafios para os próximos anos, estão a necessidade de se atualizar, para atrair talentos para o ensino e a pesquisa, pensando em inovações na forma de ensinar, aprender e fazer ciência.

Para Segurado, a contratação recente de mais de 900 novos docentes - algo inédito na última década, após anos de déficit de profissionais - traz uma oportunidade de inovação no ensino. "É o momento de mobilizarmos toda a energia dessa juventude para promover as mudanças que, em um quadro cristalizado, às vezes são mais difíceis de serem alcançadas", afirmou.

O professor é infectologista e dirigiu o Instituto Central do Hospital das Clínicas na pandemia de covid-19. Para ele, a mobilização da universidade nesse período, que envolveu médicos e professores, do atendimento a pacientes até a criação de novos respiradores, foi um exemplo claro da sua importância para o País.

Ele também havia sido o mais votado na consulta feita a professores, alunos e funcionários da USP na semana passada. Ele teve 4.969 votos, seguido da ex-diretora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Ana Lanna, que recebeu 4.062 votos. A consulta, aberta a toda comunidade da USP, não tinha valor oficial, mas funciona como um direcionamento à Assembleia Universitária.

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A escritora irlandesa Sally Rooney disse que os seus livros poderão deixar de ser comercializados no Reino Unido por causa de seu apoio ao grupo Palestine Action (Ação Palestina), que foi classificado como uma organização terrorista pelo governo britânico. A informação é do jornal The Guardian.

"É quase certo que não poderei publicar ou produzir qualquer trabalho novo no Reino Unido enquanto esta proibição estiver em vigor. […] Se a Palestine Action ainda estiver banida quando o meu próximo livro estiver pronto para ser publicado, esse livro estará disponível para leitores em todo o mundo e em dezenas de idiomas, mas não estará disponível para leitores no Reino Unido, simplesmente porque ninguém terá permissão para publicá-lo (a menos que eu me contente em distribuí-lo de forma gratuita)", admitiu a autora de Pessoas Normais, durante ação judicial que busca reverter a inclusão do Palestine Action da lista de organizações proibidas.

E complementou: "Os meus romances têm sido influentes e populares na Grã-Bretanha, onde estou entre os autores literários mais vendidos da última década. O desaparecimento da minha obra das livrarias representaria uma incursão extrema do Estado no domínio da expressão artística."

Em setembro, a autora venceu um prêmio literário, mas não viajou para receber o troféu alegando que tinha risco de ser presa.

Principal adição ao elenco da quinta e última temporada de Stranger Things, Linda Hamilton teve muitos detalhes da personagem que vive na série mantidos em segredo até o lançamento do primeiro volume dos novos episódios. Embora já se soubesse que ela interpretaria uma militar chamada Dra. Kay, a natureza exata do papel da estrela de O Exterminador do Futuro só foi revelada aos fãs na noite desta quarta-feira, 26, quando o quinto ano estreou na Netflix.

'Stranger Things': Quando saem os próximos episódios?

Com os quatro primeiros episódios da temporada já disponíveis, os espectadores puderam ter um primeiro contato com a Dra. Kay e, por essa primeira impressão, é possível adiantar que a militar dará uma bela dor de cabeça a Onze (Millie Bobby Brown) e seus amigos.

Atenção para spoilers à frente!

Ainda no primeiro episódio da quinta temporada, é revelado que a Dra. Kay é a nova responsável pela ação militar que tomou Hawkins após os eventos do quarto ano. Hierarquicamente acima do Coronel Sullivan (Sherman Augustus), a cientista é fascinada pelo Mundo Invertido, ordenando a construção de uma base de operações e pesquisa militar na dimensão sombria, onde ela conduz experimentos nas criaturas locais.

Obstinada e calculista, Kay acredita que Onze é a grande responsável pelo caos que tomou Hawkins. Quando Holly (Nell Fisher), irmã mais nova de Mike (Finn Wolfhard) e Nancy (Natalia Dyer), é sequestrada por um Demogorgon, a militar acredita que a garota superpoderosa pode ter causado também seu sumiço. Por isso, ela direciona quase todas as suas unidades a uma implacável caçada à protagonista, com direito a uma arma sônica feita sob medida para derrubá-la.

À medida que a temporada avança, é revelado que Vecna (Jamie Campbell Bower) tem sequestrado crianças como Holly para colocar em prática seu plano de dominação mundial. Ciente do desaparecimento da pequena Wheeler, Kay reúne todas as crianças entre 9 e 12 anos que continuam em Hawkins sob a desculpa de protegê-las, embora sua intenção, na verdade, seja atrair Onze.

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Quando pai e filha abrem o cofre secreto que acreditam conter Vecna, eles descobrem que Kay vinha, na verdade, guardando Kali/Oito (Linnea Berthelsen), a "irmã" mutante de Onze que apareceu pela primeira vez no sétimo episódio da segunda temporada.

Embora tenha sofrido uma grande derrota com a descoberta e, ao que o final do Volume 1 indica, a libertação de Oito, o papel de Kay nos próximos episódios ainda é um mistério, uma vez que seus homens em Hawkins sofreram um ataque violento de Vecna e vários Demogorgons, que levaram as crianças que estavam sob sua custódia. Ainda que seja provável que a cientista mantenha um papel antagonista na trama, não seria surpresa se sua derrota na Terra a levasse a se aliar com os mocinhos em algum momento da temporada.

Com quatro episódios, o Volume 1 da quinta temporada de Stranger Things já está disponível na Netflix. O Volume 2, com três capítulos, será disponibilizado em 25 de dezembro, às 22h (Horário de Brasília), enquanto o episódio final será liberado em 31 de dezembro, também às 22h.

A cantora Ivete Sangalo e o nutricionista Daniel Cady não formam mais um casal. O anúncio da separação foi feito por uma nota em conjunto no Instagram, na noite desta quinta-feira, 27.

"Com muito respeito pela nossa história e pela família que construímos, decidimos, de forma conjunta e madura, seguir caminhos diferentes", diz o início do comunicado.

O texto também fala que o ex-casal está certo de que esta é a decisão "mais coerente e amorosa" para ambos. "Todo o processo está sendo vivido com diálogo, cuidado e profundo respeito", aponta outro trecho.

Ivete e Cady estavam juntos desde 2008. A união foi oficializada em 2011, em Salvador, onde moram. Eles são pais do músico Marcelo Sangalo, de 15 anos, e das gêmeas Helena e Marina, de sete anos.

O texto do anúncio da separação também fala sobre os filhos. "Seguiremos sendo uma família". Ivete e Cady pedem "respeito" pelo momento. "Pedimos privacidade para atravessar essa transição da maneira mais serena possível. Seguimos unidos no que realmente importa: preservar nosso afeto e o bem-estar dos nossos filhos".