Boate Kiss: familiares estudam processar Netflix por 'Todo Dia a Mesma Noite'

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Um grupo de 42 famílias de vítimas do incêndio na Boate Kiss estuda ir à Justiça contra a Netflix. O motivo é a série ficcional Todo Dia a Mesma Noite, que retrata a história do desastre do dia 27 de janeiro de 2023, quando 242 pessoas morreram após a boate em Santa Maria (RS) pegar fogo. Os parentes afirmam que não foram consultados e dizem estar incomodados com parte das cenas e com o que classificam como comercialização da tragédia.

O empresário Eriton Luiz Tonetto Lopes é um dos líderes do movimento, e alega ter sido pego de surpresa pela obra audiovisual. "A maioria não foi ouvida, então me achei no direito de protestar", conta ele que perdeu a filha Evelin, com 19 anos na tragédia. De acordo com ele, os responsáveis pela série não procuraram os familiares de outras vítimas além das retratadas nas obras.

Lopes garante que os pais não vão procurar qualquer indenização da empresa. "Não queremos dinheiro da Netflix, a gente quer que parte desse valor arrecadado seja usado para ajudar os sequelados", diz. Lopes é bastante crítico pelas ações comerciais que envolvem a memória da tragédia, como venda de camisetas, canecas e garrafas d'água.

Segundo ele, uma empresa já estuda a criação desses produtos com imagens ligadas à tragédia. "Nosso intuito é parar por aí, que não seja mais comércio. Estão lucrando com a tragédia desses pais. "Não queremos dinheiro. Queremos justiça e que parem de comercializar nossos filhos", afirma.

'Minissérie é diferente do que já foi produzido até agora'

Advogada que representa as famílias, Juliane Korb, diz que as medidas legais ainda estão sendo avaliadas, já que é necessário avaliar as queixas dos familiares em relação à lei. "Ainda estamos estudando a o que podemos fazer juridicamente a respeito de algumas informações desses pais." De acordo com ela, o principal motivador para esse movimento dos pais foi a surpresa e falta de comunicação sobre a produção da Netflix.

"Uma minissérie é muito diferente de tudo que foi produzido até hoje de conteúdo jornalístico. Muitos pais não tiveram estrutura psicológica de entrar naquele ginásio para fazer o reconhecimento dos seus filhos, e muitos até hoje não tiveram coragem de se deparar com essas imagens", afirma. "E a série traz no trailer imagens desse momento."

A cena do ginásio onde os corpos foram levados no dia tragédia é uma das que compõem o trailer da minissérie de cinco episódios que estreou em 25 de janeiro. Juliane diz que o primeiro pedido a ser feito diretamente à Netflix é uma adequação desse trailer pois, de acordo com ela e com Lopes, as imagens já despertaram problemas psicológicos em alguns familiares que conseguirem "se blindar" de cenas que remetessem ao ginásio.

"Faltou muita sensibilidade, porque os familiares envolvidos de forma direta com a associação tinham conhecimento. Mas faltou sensibilidade da plataforma aos demais pais serem pelo menos comunicados que estava acontecendo", diz Juliane. Segundo ela, esses pais são favoráveis que a história siga sendo contada, mas defendem que isso seja feito por meio de conteúdos jornalísticos e documentários.

Em nota publicada nas redes sociais no domingo, 29, a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) declarou apoio à produção, disse estar ciente e afirma que se sentiu representada pela minissérie. Acrescenta ainda que a obra retrata as famílias que chegaram a ser processadas por críticas ao trabalho do Ministério Público na época.

A reportagem não conseguiu contato com a Netflix até a publicação deste texto.

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Na dinâmica Pegar ou Largar da semana no Big Brother Brasil 25, um brother precisará optar entre guardar 60 mil reais para o prêmio final ou embolsar o dinheiro e escolher outros dois participantes para morarem fora da casa por tempo inderteminado.

Os moradores da área externa terão que tomar banho, escovar os dentes, comer e dormir do lado de fora. Eles receberão um kit sobrevivência com uma comida pior que a da Xepa.

Também estarão proibidos de malhar na academia e frequentar a piscina. Os dois escolhidos só vão poder entrar na casa para usar o reservado.

Renata escolheu Eva, Vilma escolheu João Pedro e Camilla escolheu Thamiris. Com a eliminação de Camilla, Thamiris deverá fazer a escolha.

Camilla foi a eliminada desta terça, 4, do BBB 25 com o recorde de rejeição da temporada. A sister também passou a ocupar o quinto lugar do ranking das maiores rejeições da história do programa, liderado por Karol Conká.

A trancista deixou o programa com 94,67% dos votos do público. Ela disputou a berlinda com Renata e Vilma, que receberam 2,74% e 2,59% dos votos, respectivamente.

Ela se envolveu em desentendimentos com Vitória Strada nas últimas semanas, o que foi agravado após revelações feitas pelo RoBBB Seu Fifi no Sincerão da segunda, 3. A atriz é a atual líder do programa e, na semana passada, disputou uma berlinda acirrada que eliminou Diogo Almeida. O paredão da ocasião foi o recorde de votação da edição.

Thamiris chorou muito com a eliminação de Camilla e foi consolada por outros brothers. Ao sair da casa, a eliminada disse que a irmã é a sua maior preocupação. "Não vou deixar a peteca cair", disse.

Veja ranking das maiores rejeições do 'Big Brother Brasil'

Karol Conká (BBB 21): 99,17%

Nego Di (BBB 21): 98,76%

Viih Tube (BBB 21): 96,69%

Aline Cristina (BBB 5): 95%

Camilla (BBB 25): 94,67%

Após uma confusão que envolveu o seu e o trio elétrico de Daniela Mercury no carnaval de Salvador, o cantor Tony Salles pediu desculpas à artista nesta segunda-feira, 4. Na ocasião, o artista se apresentava em mais um bloco da capital baiana.

Tony afirmou "ter um carinho muito grande" por Daniela. "Me perdoe pelo que aconteceu ontem, porque não foi intencional. Estávamos atrasados, com toda a correria do carnaval, tínhamos outro show para fazer... Infelizmente, aconteceu aquele fato", descreveu.

O cantor disse que "nunca na vida" quis criar problemas com a artista. "Uma referência da nossa música baiana, uma referência do axé, em pleno ano de comemoração dos 40 anos do axé", disse sobre Daniela.

Tony comentou que "em momento algum" citou o nome da cantora durante o desentendimento. "Existe uma coisa que eu aprendi com a minha mãe que se chama respeito. Eu respeito, principalmente quando se tem uma coisa chamada hierarquia. Hierarquia é para isso: é para você respeitar quem está lá na frente, quem chegou primeiro."

Entenda o que aconteceu

Daniela Mercury e Tony Salles se desentenderam na madrugada desta terça-feira no circuito Dodô (Barra-Ondina). A cantora reclamou publicamente da proximidade do trio elétrico do cantor, que interferiu na qualidade do som de sua apresentação.

A situação aconteceu por volta da 1h, quando Daniela interrompeu a música Maimbê Dandá e encarou o trio de Tony Salles antes de se manifestar. "Muito feio encostar na gente assim, viu? Carnaval não pode ser assim não, viu, Tony? Respeite que não sou moleque, rapaz. Ficou feio, viu bicho", reclamou a cantora.

O marido de Scheila Carvalho, por sua vez, respondeu sem citar o nome da artista. Ele explicou que seu trio precisou acelerar o percurso por causa de atrasos na programação.

"Estamos um pouco corridos hoje. Eu peço mil desculpas a vocês, porque atrasou muito a saída lá e vocês precisam de uma explicação. O percurso é para ser feito dentro de um tempo e as pessoas, às vezes, acabam segurando o percurso e atrasa", disse ao público.

O cantor também criticou a retenção dos trios ao longo do circuito e mencionou que ainda tinha um show para realizar em um camarote na mesma noite. "O trio precisa andar. Foi feito para andar. Não é porque sou uma banda de pagode, que sou periférico, suburbano, que é para me desrespeitar", afirmou.

O que disse Daniela Mercury

Procurada pelo Estadão, a equipe da cantora informou que o posicionamento da cantora está no depoimento escrito por sua esposa, Malu Verçosa. Leia na íntegra:

"Sou da época do encontro de trios, da festa da música no Carnaval de Salvador, da magia da percussão e da nossa cultura. Mas a cena que vi no desfile dessa segunda no circuito Barra Ondina foi de desrespeito, principalmente com o público, mas também com a minha artista.

O cantor Tony Salles chegou atrasadíssimo no Farol da Barra e o fiscal nos pediu para passar na frente, já que estávamos prontos. Passou o artista Guga Meira e, em seguida, Daniela, tamanho o atraso dele. Aliás, é assim que tem que ser para o carnaval não parar e não atrasar o desfile. Registre-se que seguimos o fluxo do desfile respeitando a distância do trio da nossa frente.

O trio do cantor Tony Salles veio colado no nosso trio a partir do Cristo da Barra até Ondina, atrapalhando o desfile ao ponto de fazer Daniela parar de cantar em alguns momentos. Ao ponto da Band noticiar isso (que vergonha). E ele justifica dizendo que estava atrasado para o show no camarote. Chegasse no horário então. Quem tem compromisso, não atrasa. Coisa feia. E sabe o que é pior? Encerramos o desfile e ele, que estava atrasado, ainda ficou mais meia hora cantando. Respeite a rainha, Tony Salles."