O Ministério da Saúde anunciou na sexta-feira, 28, que, a partir de agora, a vacina contra o influenza, vírus causador da gripe, faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos de idade. O imunizante estará disponível em todas as salas de vacina do País a partir da 2ª quinzena de março. Até então, a oferta do imunizante ficava restrita às campanhas sazonais.
Segundo a pediatra Mônica Levi, presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a medida é importante porque surtos de gripe não se restringem a apenas uma época do ano. "A gripe se caracteriza por uma imprevisibilidade. Então, apesar de a gente ter um maior número de casos no outono e inverno, surtos também acontecem ao longo do ano, de forma esporádica", diz.
Ela acrescenta que disponibilizar a vacina para quem não a tomou no período recomendado dá a oportunidade de esse indivíduo se proteger e também ajuda a prevenir o impacto de um eventual surto.
Outros grupos continuarão recebendo o imunizante em estratégias especiais. Entre esses, estão profissionais da saúde, professores, forças de segurança, população privada de liberdade e pessoas com doenças crônicas ou deficiências, entre outros.
A pasta divulgou ainda mudanças relacionadas ao combate da poliomielite. O esquema vacinal e o reforço passarão a ser exclusivamente com a vacina inativada (VIP), que é injetável, e não mais com vacinas orais.
O esquema vacinal contra o rotavírus também foi alterado. Agora, a primeira dose, indicada aos dois meses de idade, pode ser administrada até os 11 meses e 29 dias; enquanto a segunda dose, indicada aos quatro meses, poderá ser aplicada até os 23 meses e 29 dias.
Vacinação contra a covid-19
Segundo o Ministério da Saúde, a imunização contra a covid-19 já faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para crianças entre 6 meses e menores de 5 anos de idade, idosos e gestantes.
A vacinação para grupos especiais a partir de 5 anos será feita de forma regular em qualquer posto de saúde. Quem tem imunidade baixa - imunocomprometidos - precisa se vacinar a cada seis meses. Outros grupos devem receber a vacina uma vez por ano, são eles:
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência;
- Indígenas;
- Ribeirinhos;
- Quilombolas;
- Puérperas (aquelas não vacinadas durante a gestação);
- Trabalhadores da saúde;
- Pessoas com deficiência permanente;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas privadas de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas;
- Pessoas em situação de rua.