Cineasta Ugo Giorgetti é homenageado com retrospectiva

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Ugo Giorgetti comemorou, recentemente, 79 anos. Em maio do ano que vem, no dia 28, serão 80. A data redonda ganha a homenagem antecipada no Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca, que completa 20 anos em 1º de agosto e promove uma retrospectiva dedicada ao autor, com 12 títulos, a partir desta quinta, 29 - a partir do dia 6 (e até 5 de outubro), a mostra estará disponível gratuitamente na plataforma de streaming Itaú Cultural Play. "Sou um velho cercado de mortos", Ugo reflete, sem mágoa. Os amigos foram sempre importantes - Antonio De Francheschi, Roberto Piva. Ele se lembra quando, jovem, ia aos cinemas para ver os filmes do neorrealismo e da nascente nouvelle vague. A italianidade estava no DNA, mas a nova onda, por volta de 1960, era o cinema dos jovens. "Vimos Os Primos, do (Claude) Chabrol, e comentávamos como aquilo era novo."

Naquela época, não pensava que seria cineasta, nem publicitário. Filho de pai engenheiro e mãe professora, vivia a juventude despreocupada de um garoto da classe média paulistana. Mas consciência não lhe faltava. Começou a achar que já era tempo de ganhar o próprio sustento. A publicidade veio assim. "Ganhava muito bem", lembra. Foi parar na Alcântara Machado, uma grande agência. Fez todas aquelas (novas) amizades - atores, técnicos. Tornou-se cineasta. Produziu seus clássicos. Festa, de 1989, Sábado, 1994, Boleiros 1 e 2, de 1998 e 2006.

Colocou o Brasil numa festa, os bacanas e o pessoal da cozinha, divididos pela desigualdade. Uma equipe de publicidade invade um prédio do centro velho para gravar um comercial e o elevador quebrado cria a maior confusão com os moradores. Amigos reúnem-se em rodas de bar para discutir futebol. No inédito Dora e Gabriel, que terá pré-estreia durante a programação, o casal assaltado vai parar no porta-malas do carro. A vida aqui fora, eles lá dentro. Todos esses filmes refletem as transformações na cidade - São Paulo - em que Ugo nasceu, cresceu, fez-se homem. "Não consigo dizer que isso foi intencional, refletir sobre a cidade, mas ela faz parte da minha vida e da vida das personagens."

O cinema, segundo Giorgetti. Outro paulistano ilustre do cinema, Roberto Santos, bebeu na fonte social do neorrealismo em O Grande Momento, no final dos anos 1950. Giorgetti fez outro percurso. O humor de Mario Monicelli, seu favorito, mas com um viés particular. Os grandes filmes de Giorgetti são minimalistas, enxutos até o limite. O diálogo lembra o dos grandes escritores norte-americanos, Ernest Hemingway, como os mestres das narrativas policiais. Todo esse melting point fez parte da sua geração e forjou o autor singular que ele é. Giorgetti já tem estrada suficiente, como realizador de documentários e ficções, para saber como é misterioso o processo de criação.

"Muitas vezes o significado profundo que me levou a fazer determinados filmes só apareceu mais tarde." O tempo no processo criativo. "É muito importante, tenho a impressão de que o tempo dos personagens, da própria sociedade, atravessa meu cinema. Já ouvi que o tempo confere uma dimensão filosófica ao meu trabalho." Pode ser. Afinal, lá atrás, ele frequentou a faculdade de filosofia por dois anos. "Essas coisas marcam a gente, me marcaram." Palmeirense, o futebol sempre fez parte da sua vida e inspirou um de seus melhores filmes, Boleiros, com direito até a sequência. Não apenas. A par das ficções, Giorgetti também fez Pelé Eterno e Um Craque Chamado Divino.

Em Boleiros - o 1 -, todos aqueles amigos que se reúnem para falar de futebol são desdobramentos do próprio diretor e roteirista. O que dizem as pessoas, como falam. "Como descendente de imigrantes acho que a minha obra termina refletindo esses linguajares. A São Paulo do começo dos anos 1950, da época de Eder Jofre, que documentei em Quebrando a Cara, de 1986, não é a mesma de O Príncipe, de 2002." Nesse quadro emerge um personagem como Paulinho Majestade, de Boleiros - Era Uma Vez o Futebol - o verdadeiro príncipe, no cinema de Giorgetti, é ele.

"No Majestade, eu projetei a história de um grande craque santista, Joel Camargo. Ele chegou a ser campeão do mundo em 1970, mas na reserva. Era um grande jogador que teve muitos reveses na vida." O que os franceses chamam de 'mauvaise étoile'. A má estrela. Majestade é precioso porque permite fazer uma distinção importante no cinema de Giorgetti, entre tipo e personagem. O tipo é pitoresco, o personagem é trágico. Grande Paulinho, grande Joel Camargo. O cinema - e o futebol - agradecem. Beirando os 80, Giorgetti encara sem tristeza a própria finitude. "Ainda posso fazer mais alguns filmes, e quero fazer, mas o grosso da minha obra já está concluído."

Sentimentalismo? "Se há uma coisa à qual sou avesso é isso." Melancolia? É onde entra a influência dos mestres da comédia italiana. "Se existe, disfarço bem", ele conta. O repórter polemiza um pouco. Giorgetti ama Monicelli, O Incrível Exército de Brancaleone, Parente É Serpente. Voltam as histórias de imigrantes. Paul Singer, o grande economista, fundador do PT, que Giorgetti documentou em Uma Utopia Militante, exibido no Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade em abril deste ano.

"O que mais me atraiu nesse trabalho foi a possibilidade de mostrar o homem de ação." Singer chegou criança ao Brasil, integrando uma família de judeus austríacos que fugia do nazismo. Terminou fundamentando o conceito da economia solidária. Talvez a melhor definição para o artista homenageado nos 20 anos do Espaço Itaú do Frei Caneca seja a seguinte - com a limpidez de seu estilo, Giorgetti aprimorou, ao longo dos anos, a arte de dizer as coisas complicadas de forma simples e direta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Vinícius de Oliveira, que ficou conhecido por ter protagonizado o filme Central do Brasil ao lado de Fernanda Montenegro, quando ainda era uma criança, em 1998, publicou em sua conta no Instagram um relato sobre seu reencontro com a atriz quase três décadas após as gravações.

O fato se deu durante um evento de pré-estreia do filme Vitória: "É sempre um carrossel de emoções encontrar a maior representante da cultura desse País, a amiga de longa data, nossa rainha Fernanda Montenegro."

"Foi mais uma vez único, mas, como sempre, de aprendizado de vida. Estar ao lado dela me faz todo ouvidos. Sua paixão pela arte e pela vida é tamanha que o 'pouco' tempo que pudemos estar ali foi suficiente para eu repensar o entendimento da vida", refletiu Vinícius de Oliveira.

Em seguida, o ator explicou: "Afinal, aos 95 anos, com total capacidade intelectual e física, Fernanda veio do Rio, estava fazendo toda a social e, dali a algumas horas, partiria para o Rio novamente porque teria ensaio a tarde na ABL para a noite, então, fazer sua apresentação de 14 textos diferentes de literatura."

"Que artista, que ser humano é Fernanda Montenegro! Passarei a vida agradecendo esse acontecimento de mulher. Que ela siga nos brindando com sua arte. Obrigado e obrigado, Fernanda!", concluiu.

Em Central do Brasil, Vinícius de Oliveira deu vida ao menino Josué. Após a morte de sua mãe, no Rio de Janeiro, a personagem de Fernanda Montenegro, Dora, atravessava o País rumo ao Nordeste em busca do pai do garoto. O filme, dirigido por Walter Salles, concorreu ao Oscar nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz.

Na tarde deste sábado, 15, no Big Brother Brasil 25, Gracyanne Barbosa reuniu os brothers na sala e pediu desculpas por ter pego a comida de outros participantes quando estava na Xepa. A informação foi revelada por Renata ao retornar da Vitrine Seu Fifi, onde recebeu informações do público que a observou em um shopping do Rio de Janeiro. A revelação abalou a musa fitness, que já havia desabafado sobre o assunto durante a madrugada.

"Eu queria pedir desculpas para todos vocês. Acho que a maioria já sabe que eu estava pegando comida. Não espero que ninguém entenda. Eu só queria explicar o que aconteceu comigo: não foi por ficar com fome, nem nada, mas é que o fato de que a gente ter pouca coisa me levou para um lugar que eu nunca mais achei que eu ia visitar", começou.

"São coisas que eu nunca compartilhei com ninguém, que eu não queria que ninguém soubesse, não queria dividir com ninguém, de quando eu passei fome, de quando eu tinha que comer do lixo. Aqui dentro, sabendo que eu estava sendo filmada, eu sabia que todo mundo ia saber. Eu não consegui controlar, porque, na minha cabeça, eu ia precisar de novo", completou.

"Peço desculpas para todo mundo. Sei que ninguém tem nada a ver com isso. Eu sei que é errado, mas eu não queria compartilhar isso porque não queria que a minha mãe soubesse. É uma coisa que eu passei que já passou, sabe", finalizou.

Esta matéria complementa com mais informações o texto enviado anteriormente.

Mais uma Prova do Anjo foi disputada na casa do Big Brother Brasil 25 neste sábado, 15 de março. João Gabriel saiu como vencedor e poderá escolher uma pessoa para imunizar do Paredão neste domingo, 16.

Antes da disputa, os brothers realizaram um sorteio e cada sorteado teve que vetar outra pessoa da Prova. Veja quem foi vetado:

- Diego Hypolito vetou Gracyanne Barbosa

- Renata vetou Aline

- João Gabriel vetou Vitória Strada

- Vinícius vetou Renata

- Aline vetou Eva

Já na Prova, os brothers precisavam jogar um dado por cima de uma trave e, dependendo do resultado, avançar por um tabuleiro. Quem caísse na Casa Dilema teria que enfrentar desafios que resultariam em atalhos ou caminhos mais longos.

Vencia quem chegasse primeiro ao final do tabuleiro. Além de se tornar o Anjo da semana, João Gabriel levou um prêmio de R$ 4,5 mil para casa, acumulado conforme ele avançava no jogo.

Nas primeiras três rodadas, Dona Delma saiu com vantagem e avançou na frente no tabuleiro. Nas rodadas seguintes, teve menos sorte e foi alcançada por João Gabriel, que empatou com a dona de casa na nona rodada. Depois disso, o brother assumiu a liderança e conquistou a vitória na 11ª rodada.

Quem foi para o Castigo do Monstro?

Após a vitória, João precisou escolher uma pessoa para sofrer o Castigo do Monstro. Ele escolheu Aline, que também perdeu 300 estalecas. Nesta semana, o desafio é chamado de "Repescagem" e consiste em vestir uma fantasia de pescador e pescar os peixes que surgirem na piscina.

"Vou escolher a Aline pelos negócios que nós já tivemos aí", disse João Gabriel. O apresentador Tadeu Schmidt não ficou satisfeito com a justificativa e pediu para o brother explicar melhor. Ele, então, elaborou: "O meu embate aqui é com ela, mais direto e eu não podia escolher outra pessoa aqui."