Influencers que deram banana e macaco de pelúcia a crianças negras vão responder judicialmente

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) contra as influenciadoras digitais Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves, mãe e filha, e as tornou rés por injúria racial. Elas compartilharam vídeos no TikTok entregando uma banana, um macaco de pelúcia, e até dinheiro para crianças negras que estavam na rua. Segundo o G1, em novembro, a Delegacia de Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou ambas por racismo.

O Estadão tentou contato com a Sociedade de Advogados Criminais do Estado do Rio de Janeiro (SARCRJ), que faz a defesa das rés, para um posicionamento, mas não teve retorno até o momento desta publicação. O espaço segue em aberto.

A reportagem também teve acesso ao comunicado, assinado pela juíza Simone de Faria Ferraz, da 1ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, que torna mãe e filha rés. A magistrada diz que as crianças foram "atacadas em sua dignidade humana, pela cor de sua pele" por supostas práticas racistas. "Tais atitudes, por si só, já representariam uma ofensa grave aos direitos constitucionais das crianças envolvidas", diz a magistrada.

A juíza também destaca que, além de utilizarem objetos com possível cunho racista, os atos foram filmados e publicados na internet sem autorização dos responsáveis. Simone também entendeu que as denunciadas buscavam "promoção pessoal e social" com as ações filmadas.

"Sendo gravíssimo o fato de que a internet consiste num ambiente que não oferece nenhum controle de exposição e transmissão e que atinge ou pode atingir a população do mundo inteiro", completa no comunicado.

O Estadão tentou contato com a equipe jurídica que defende as rés, sem resposta. A matéria será atualizada quando tiver um retorno.

Entenda o caso

A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) abriu uma investigação para apurar o episódio onde as influenciadoras digitais Kerollen Cunha e Nancy Gonçalves, mãe e filha, respectivamente, que compartilharam vídeos no perfil do TikTok onde aparecem entregando uma banana, um macaco de pelúcia, e até dinheiro para crianças pretas que estavam na rua.

Segundo a advogada Fayda Belo, especialista em direito antidiscriminatório, o episódio se caracteriza por apresentar o "racismo recreativo", que consiste em alguém usar da "discriminação contra pessoas negras com intuito de diversão".

"Vocês conseguem dimensionar o nível de monstruosidade que essas duas 'desinfulenciadoras' tiveram ao dar um macaco e uma banana para duas crianças e ainda postar nas redes sociais para os seus mais de 13 milhões de seguidores? Para ridicularizar duas crianças negras, para incitar essa discriminação perversa que nos tira o status de pessoa e nos animaliza como se fosse piada", afirma Fayda em vídeo divulgado em suas redes.

A Decradi abrirá um inquérito sobre o ocorrido e investigará se Kerollen e Nancy praticaram crime de racismo ou injúria racial. Também será investigado se ambas infringiram algum crime do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As influenciadoras contam com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões no TikTok. Ambas vivem no Rio de Janeiro. Kerollen que é mãe de Nancy, foi quem publicou os vídeos.

Os vídeos originais foram apagados do perfil de Kerollen, mas continuam circulando nas redes sociais. É possível ver o momento em que a influenciadora aborda um menino preto e dá um presente para ele. Quando a criança abre o pacote, se depara com uma banana e fica descontente, a influenciadora ainda questiona se ele não gostou. Em outro vídeo Kerollen aborda uma menina preta e pergunta se ela quer R$ 2 ou a caixa de presente. A criança escolhe o presente e quando abre, se depara com um macaco de pelúcia.

Em suas redes sociais, as influenciadoras compartilharam um comunicado à imprensa. "A assessoria jurídica ressalta que as influenciadoras, estão consternadas com as alegações que foram feitas e repudiam veementemente qualquer forma de discriminação racial. Reforçam ainda, o compromisso em promover a inclusão, diversidade e igualdade em suas plataformas", dizia um trecho.

"É essencial analisar os fatos de forma justa e imparcial antes de tirar qualquer conclusão. As publicações em questão foram retiradas de contexto e interpretadas de maneira distorcida. As influenciadoras não tiveram a intenção de promover o racismo ou ofender qualquer indivíduo ou grupo étnico", continuou.

"Diante desses pontos, pedimos que a justiça seja feita e que toda as partes envolvidas tenham a oportunidade de apresentar seus argumentos de maneira igual", dizia o trecho final.

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O Fantástico exibiu neste domingo, 27, sua nova abertura, trazendo uma homenagem direta a um dos momentos mais emblemáticos da televisão brasileira: a imagem da mulher saindo da água, eternizada por Isadora Ribeiro nos anos 1980.

Gravada com recursos de estúdio virtual e efeitos visuais modernos, a nova vinheta propõe uma releitura da abertura clássica, misturando elementos futuristas e uma trilha sonora reorquestrada. A produção faz parte das comemorações pelos 60 anos da TV Globo.

Nesta nova versão, a atriz Isadora Cruz, atualmente no ar em Volta por Cima, novela das 7, assume o papel simbólico que remete à imagem imortalizada por Isadora Ribeiro. Além da cena na água, a abertura incorpora os quatro elementos da natureza - terra, ar, fogo e água - em coreografias que mesclam dunas, vulcões e movimentos aéreos.

O programa também mostrou os bastidores da gravação, realizada à noite em uma piscina nos Estúdios Globo. Carlos Esser, figurinista que participou da produção, explicou o desafio de atualizar a cena clássica para os dias atuais: "Um dos nossos desafios foi fazer uma leitura da Isadora Ribeiro em 1987 agora pra Isadora Cruz em 2025 de uma maneira que fosse nova. A vontade era que as pessoas olhassem e, quando ela saísse da água, já falassem: 'eu conheço isso, já vi isso'."

Segundo a Globo, a nova abertura mantém o simbolismo do renascimento e da força feminina, adaptando a estética para o público contemporâneo. A coreografia tem assinatura de Priscilla Mota, conhecida por trabalhos em eventos como o Carnaval do Rio, Copa do Mundo e Olimpíadas.

A causa da morte de Gene Hackman, que morreu junto da mulher, Betsy Arakawa, em fevereiro, foi oficialmente revelada como "jejum em nível prolongado" e problemas no coração. A informação foi divulgada pelo Escritório de Investigação Médica de Novo México para a Fox News, neste domingo, 27.

Também foi informada a data exata da morte, em 18 de fevereiro.

Ainda segundo a investigação, a autópsia mostrou sinais de hipertensão e aterosclerose, um acúmulo de placa nas artérias que dificulta o fluxo sanguíneo. Além disso, um exame toxicológico constatou um alto nível de acetona no organismo do ator, substância que indica um jejum prolongado, e alterações nos rins.

Gene possuía um marca-passo desde abril de 2019 e lidava com o alzheimer em estágio avançado.

Por fim, o escritório também confirmou que as causas da morte de Betsy e Gene foram diferentes, e que eles morreram em datas diferentes.

Betsy Arakawa, morreu cerca de uma semana antes do ator, por hantavírus. Os corpos do casal e de um cachorro da família foram encontrados em 26 de fevereiro com sinais de decomposição.

Entenda o caso

Gene Hackman, de 95 anos, Betsy Arakawa, de 63, e um cachorro da família foram encontrados sem vida na residência, localizada em Santa Fé, no Estado do Novo México, Estados Unidos.

De acordo com a porta-voz do Gabinete do Xerife do Condado de Santa Fé, Denise Avila, as autoridades responderam a um chamado para verificar a residência por volta das 13h45 do dia 26, horário local. No local, já encontraram o casal e o cachorro já sem vida. A ligação para a polícia foi feita por dois trabalhadores que faziam serviço de manutenção na casa com certa frequência, mas raramente viam Gene e Betsy.

Inicialmente, a polícia comunicou que não havia suspeita de crime, pois não encontrou sinais de violência de que alguém tenha forçado a entrada no local, mas informou que as circunstâncias da morte seriam investigadas. A filha do ator, Elizabeth Jean Hackman, disse ao TMZ que a família suspeitava de envenenamento por monóxido de carbono.

Foi constatado, posteriormente, que Betsy teria morrido por hantavírus e que a residência do casal teria uma infestação com roedores. Ela teria ligado para um gabinete médico em 11 de fevereiro, última data em que foi vista com vida.

O relatório afirmou que o corpo de Arakawa mostrava sinais claros de decomposição, e "mumificação nas mãos e nos pés". O corpo de Hackman também demonstrava sinais parecidos.

Vera Fischer falou sobre sua vida pessoal, sexualidade e carreira neste domingo, 27, durante o novo quadro do Fantástico, Pode Perguntar. O Pode Perguntar é o novo quadro de entrevistas do programa que celebra o mês de Conscientização do Autismo. Nele, profissionais com autismo entrevistam celebridades.

"Nunca me fez bem o endeusamento. Depois descobri que eu era chamada de 'deusa' por causa da novela [Mandala], da [personagem] Jocasta. Mas, para mim, tudo isso era um pouco excessivo", disse, sobre ter sido um dos ícones da televisão brasileira.

A atriz relembrou seu casamento com Felipe Camargo, colega de profissão com quem trabalhou em Mandala: "Trabalhei com tantos atores e nunca tinha me apaixonado antes. Mas ali estávamos vivendo uma tragédia grega. Não sei se dentro de mim existe a louca que se apaixona por que não pode. Mas fui pra vida real viver essa história."

"A gente teve muitas brigas por ciúme, incompreensão e também imaturidade. Mas foi um casamento bacana enquanto durou", completou.

Vera, abriu o coração sobre a carreira, na época da Boca do Lixo: "Tinha ali um escracho, umas risadas, uma coisa meio infantil, transgressora, porque estávamos em uma época no Brasil de uma ditadura ferrenha. Queríamos fazer uma coisa mais leve e ao mesmo tempo transgredir."

A atriz também falou abertamente sobre prazer sexual: "Estou com 73 anos. Faço sexo comigo mesma. Já ouviu falar em masturbação? É uma terapia maravilhosa, em que você não precisa estar nem aí para o outro. Gosto de saber de mim, de gostar de mim."

Quando perguntada sobre o maior ato de gentileza que já recebeu, ela disse: "É difícil responder isso, porque tem atos de gentileza muito preciosos. Mas vem dos meus dois filhos. A minha filha, que tem 42 anos agora, na época em que eu me drogava, ficou muito mal e muito preocupada."

"Ela armou um esquema de me mandar para a Argentina, em um lugar onde as pessoas daqui não pudessem interferir. Fui muito bem tratada lá, foi o lugar que mais aproveitei."

"Meu filho fez um bilhete quando ainda estava na escola, no primário. Ele disse assim: 'Mamãe, fique sempre linda, nunca fique na chuva para se molhar, fique sempre trabalhando e fique sempre bonita de coração'. Tenho isso emoldurado do lado da minha cama", finalizou.