São Paulo teve grande terremoto há 2,5 milhões de anos, diz estudo

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Feições geológicas encontradas no subsolo do centro da capital paulista indicam que a região registrou um terremoto de grande magnitude há pelo menos 2,5 milhões de anos - bem pouco tempo do ponto de vista geológico. Um trabalho recente, publicado por pesquisadores da USP e da Universidade Federal do ABC, é o primeiro a documentar registros de abalos sísmicos de magnitude tão alta na região. Os tremores podem ter sido causados pela queda de um meteorito ou por atividade tectônica.

Publicado na Sedimentary Geology, o estudo revela que pelo menos um grande terremoto ocorreu na região, alcançando uma magnitude de, no mínimo, 6 graus na escala Richter - o suficiente para destruir boa parte do centro da cidade, se ocorresse nos dias de hoje. Os pesquisadores não sabem exatamente o que pode ter causado um terremoto tão intenso, mas uma das principais suspeitas é de que tenha sido a queda de um meteorito.

De fato, existe uma cratera na zona sul da cidade, a cerca de 40 km do centro, com 3,6 km de diâmetro e 450 m de profundidade, a Cratera Colônia, que passou muito tempo despercebida. Ela está coberta por sedimentos que formam uma planície. Os bairros de Colônia e Vargem Grande foram erguidos na região. Só na década de 1960 imagens aéreas e de satélite revelaram a cratera. Pela análise das bordas e dos sedimentos de seu fundo, é possível dizer que ela foi causada pela queda de um meteorito.

Atividade tectônica

A outra hipótese levantada pelos pesquisadores é de que o terremoto tenha sido causado por atividade tectônica. O Brasil está localizado bem no centro da Placa Sul-Americana e, por isso mesmo, os abalos sísmicos são raros por aqui. Terremotos são muito mais frequentes em regiões onde placas diferentes se encontram, pois há risco de choque entre elas. Porém, alertam os cientistas, tremores podem ocorrer em outras áreas pela simples movimentação das placas.

Se foi essa movimentação que causou os abalos sísmicos, existe um risco, ainda que remoto, de isso acontecer novamente na região. "Caso a gente consiga provar que não há relação entre o tremor e a Cratera Colônia, a única opção que nos restaria seria um terremoto de origem tectônica", disse o geólogo Maurício Guerreiro dos Santos, da Universidade Federal do ABC, um dos autores do estudo. "Não seria algo inédito, isso ocorre com alguma frequência, embora seja mais comum nas bordas das placas tectônicas. Se um terremoto desses ocorresse hoje seria uma catástrofe completa, as construções de São Paulo não são feitas para esse tipo de ocorrência", disse.

"Os grandes terremotos, em geral, ocorrem na plataforma continental, a 2 mil km de distância, e quando chegam aqui é com tremores muito fracos", afirmou o geólogo Renato Henrique Pinto, do Instituto de Geociências da USP, que também assina o estudo. "A queda do meteorito faz mais sentido tanto do ponto de vista geológico, quanto da estratigrafia."

Isolamento na pandemia

Os pesquisadores decidiram pesquisar o subsolo da cidade quando se viram no isolamento forçado pela pandemia de covid-19, em 2020. Estudar o subsolo paulistano não é uma tarefa simples, por causa da pavimentação e das construções, Os geólogos buscaram afloramentos de rochas no próprio câmpus da USP e também em praças no centro. O tipo de rocha encontrado é típico de regiões em que houve tremores de grande magnitude. Os pesquisadores também usaram os levantamentos do subsolo feitos pelo Metrô.

"Precisamos preservar esses afloramentos", afirmou Renato Henrique Pinto. "Se forem cimentados, ninguém nunca mais vai poder ver. Então escrevi um projeto, para montarmos um roteiro de visitação e, se conseguirmos verba, fazer uma datação."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Morreu nesta sexta-feira, 2, em São Paulo, a atriz mirim Millena Brandão, do canal SBT, aos 11 anos. A artista teve morte encefálica, de acordo com o hospital onde ela estava internada.

Também conhecida como morte cerebral, a morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Como o cérebro controla outros órgãos, quando é constatada sua morte, outras funções vitais também serão perdidas e o óbito da pessoa é declarado.

Millena havia sofrido diversas paradas cardiorrespiratórias nos últimos dias, recebido diagnóstico de tumor cerebral e estava internada no Hospital Geral de Grajaú, na capital, desde o dia 29.

O que configura morte encefálica?

Para funcionarem, os neurônios precisam de oxigênio e glicose, que chegam ao cérebro pela circulação sanguínea. Quando algum problema impede o fluxo sanguíneo, essas células podem morrer e as funções cerebrais são prejudicadas. Se a perda das funções é completa e irreversível, é declarada a morte cerebral.

Apesar de alguns órgãos poderem continuar funcionando, o cérebro já não consegue controlá-los. Assim, embora ainda haja batimentos cardíacos, por exemplo, eles tendem a parar. A respiração também não acontecerá sem a ajuda de aparelhos.

O que pode causar a morte encefálica?

Qualquer problema que cesse a função cerebral antes de encerrar o funcionamento de outras partes do organismo causa a morte encefálica. Entre as causas mais comuns estão:

- Parada cardiorrespiratória;

- Acidente vascular cerebral (AVC);

- Doença infecciosa que afete o sistema nervoso central;

- Tumor cerebral;

- Traumas.

Quando a morte encefálica é declarada?

No Brasil, a resolução nº 2.173/17 do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece critérios rigorosos para a declaração de morte encefálica. De acordo com especialistas, o protocolo brasileiro é um dos mais criteriosos do mundo.

O CFM determina a realização de uma série de exames para comprovar a perda do reflexo tronco encefálico, aquele responsável por controlar funções autônomas do organismo, como a respiração.

Essa análise deve ser feita por dois médicos que examinam o paciente em horários diferentes, e os resultados precisam ainda ser complementados por um exame - um eletroencefalograma ou uma tomografia, por exemplo.

Morte encefálica e doação de órgãos

A "Lei dos Transplantes" (Lei nº 9.434/1997) estabelece que a doação de órgãos após a morte só pode ser realizada quando constatada a morte encefálica.

Quando isso acontece, as funções vitais do paciente são mantidas de maneira artificial até que a remoção dos órgãos seja feita.

Miguel Falabella atualizou o estado de saúde após revelar em suas redes sociais que estava com hérnia de disco. O ator e diretor publicou um vídeo nesta sexta-feira 2, gravado e compartilhado direto do hospital em que precisou ficar internado para fazer uma cirurgia.

"Quero agradecer muito as literalmente milhares de mensagens que recebi de força, carinho, de afeto", declarou no vídeo, contando já está se recuperando.

"Me operei hoje às 9h da manhã e o médico disse para mim: 'Você vai acordar sem dor'. Eu não acreditei, mas ele tinha razão."

Falabella comunicou na última quinta-feira, 1º, que estava afastado das apresentações desta semana do espetáculo Uma Coisa Engraçada Aconteceu a Caminho do Fórum, em São Paulo, por estar com muita por conta da hérnia de disco.

O ator Edgar Bustamante substitui Falabella nas sessões que vão até este domingo, 4.

No novo vídeo, Falabella comemora estar melhor. Segundo ele, a cirurgia ocorreu sem intercorrências.

"Sem dor, já acordei, já fui ao banheiro, eu estou andando. Esperando alta para ir para casa. Depois dou notícias. Muito obrigado, um beijo enorme, agora é fisioterapia e vida que segue."

Ela veio, apareceu e deu um presente: a passagem de som, que foi praticamente uma 'apresentação extra'. Nesta sexta-feira, 2, depois de quatro dias de espera, Lady Gaga surgiu aos fãs que já estão na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, aguardando o mega show da diva pop que acontece neste sábado, 3.

O ensaio não foi surpresa, ainda assim pegou os fãs desprevenidos. Uma multidão, ansiosa para reencontrar aquela que não via desde 2012, correu em direção ao palco ao ouvir a voz da cantora.

A artista dançou, tocou piano e ficou a poucos metros dos fãs. Aos gritos de "Gaga, eu te amo", a cantora se emocionou e levou a plateia ao delírio com canções como "Abracadabra", "Shallow" e "Garden of Eden".

A passagem de som, iniciada pouco depois das 20h, teve cerca de uma hora de duração, mais de dez músicas apresentadas e troca de figurino - praticamente um show completo depois da sua quase vinda ao Rock In Rio de 2017, cancelada devido a fortes dores causadas pela fibromialgia, mas que rendeu os inesquecíveis memes "Ela não vem mais!" e "Brazil, I'm devastated."

Durante o ensaio de "Vanish Into You", música de seu novo álbum intitulado "Mayhem", o público quase derrubou a barreira de contenção, mas a artista seguiu com a passagem de som sem interrupções.

Ao que tudo indica, a tão esperada apresentação terá um setlist similar ao do Coachella 2025, já que os hits 'Alejandro', 'Paparazzi' e 'Bloody Mary' também marcaram presença na passagem de som.

O show de sábado, gratuito e previsto para começar às 21h45, deve reunir mais de 1,5 milhão de pessoas na orla carioca.

A TV Globo irá transmitir a apresentação ao vivo, que também poderá ser assistida no Multishow e no Globoplay. A expectativa é de um espetáculo histórico, marcando o retorno de Gaga ao Brasil após doze anos.