Brasil adota esquema de dose única para vacinação contra o HPV

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Em um vídeo divulgado nas redes sociais nesta segunda-feira, dia 1º, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, revelou uma nova estratégia na vacinação contra o HPV (sigla para papilomavírus), principal agente causador do câncer de colo de útero: a partir de agora, a vacina será administrada em dose única. Antes, eram indicadas duas doses.

De acordo com a ministra, a decisão de adotar a vacinação em dose única baseou-se em estudos científicos que indicam uma maior adesão à vacina, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A ministra aproveitou também para destacar o progresso nos índices de vacinação, com mais de 5 milhões de doses aplicadas em 2023, o maior número desde 2008. Na comparação com 2022, o aumento foi de 42%. "Agora temos mais vacinas para proteger nossa população", afirmou.

Embora o HPV também esteja associado a outros tipos de câncer, como de ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe, a médica Isabella Ballalai, diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressalta que os estudos científicos que embasam a decisão da dose única não demonstram sua eficácia na proteção contra esses tipos de neoplasia.

Apesar disso, países como Grã-Bretanha e Austrália foram os primeiros a mudar suas políticas e estabelecerem a vacinação em uma única dose. Segundo Isabella, a expectativa é que exista uma vigilância epidemiológica desses locais, para que em breve existam evidências sobre a eficácia da única dose contra os outros tipos de cânceres além do de colo de útero.

"O Brasil faz vigilância da circulação do vírus, mas não das lesões precursoras. Ou seja, quando uma pessoa vai ao ginecologista e são detectadas as lesões pré-cancerígenas, não há uma notificação. Por isso, a expectativa é que exista um acompanhamento da dose única em outros países, como a Austrália", afirma Isabella.

Mesmo reconhecendo essa lacuna, a diretora da SBIm afirma que, do ponto de vista da saúde pública, a decisão pode colaborar com uma maior adesão da vacinação e, consequentemente, alterar significativamente o cenário do HPV no Brasil.

"Ao se vacinar contra o vírus, a pessoa não só se protege, mas também contribui para reduzir a circulação e a prevalência do HPV. Essa é a base estratégica por trás da mudança no esquema vacinal, juntamente com o objetivo de eliminar o câncer de colo de útero", explica Isabella.

Segundo a OMS, a ampla implementação da estratégia de dose única poderia prevenir 60 milhões de casos de câncer do colo do útero e 45 milhões de mortes em todo o mundo nos próximos 100 anos.

O que é o HPV?

A sigla diz respeito ao papilomavírus humano, responsável pela infecção sexualmente transmissível (IST) mais frequente no mundo, segundo o Ministério da Saúde. Ainda segundo a pasta, a transmissão do HPV ocorre pelo contato direto com a pele ou mucosa infectada, ou seja, pelo toque, penetração vaginal ou anal, ou contato do vírus com a boca. Já foram identificados mais de 200 subtipos do vírus.

Cerca de 70% a 80% da população entra em contato com o HPV em algum momento da vida, principalmente por meio da atividade sexual. Embora a maioria das infecções pelo vírus seja resolvida pelo sistema imunológico, algumas persistem, o que pode resultar no desenvolvimento de lesões e, eventualmente, no desenvolvimento do câncer.

Quais as formas de prevenção contra o HPV?

Segundo Mariana Scaranti, do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, a principal estratégia nesse sentido é a vacinação. O imunizante contra o HPV é disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) há dez anos.

Além da vacinação, outra estratégia fundamental no combate ao HPV é o uso de preservativo. Mas, como esse método não é 100% eficaz no combate à doença, segundo o Ministério da Saúde, é importante combinar o uso de preservativos com a vacinação.

Para evitar especificamente o câncer de colo de útero provocado pelo HPV, outra estratégia é a realização regular do papanicolau. Trata-se de um exame ginecológico que identifica infecções no colo do útero e pode detectar a doença antes que ela se transforme em um tumor. Segundo a oncologista, a periodicidade de realização desse exame deve ser decidida junto com o ginecologista.

Quem pode se vacinar gratuitamente pelo SUS:

- Meninas e meninos de 9 a 14 anos;

- Pessoas de 9 a 45 anos com condições clínicas especiais como HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos ou medula óssea, pacientes oncológicos (imunossuprimidos);

- Vítimas de abuso sexual;

- Pessoas com papilomatose respiratória recorrente (PPR).

Além disso, Nísia incentivou Estados e municípios a realizarem uma busca ativa por pessoas de até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina contra o HPV, para que possam atualizar seu esquema vacinal.

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Malu Barbosa, sócia e amiga de Preta Gil, fez uma atualização sobre o estado de saúde da cantora. Preta, que enfrenta um câncer desde o começo de 2023, retirou tumores em um procedimento que demorou cerca de 20 horas na quinta, 19.

"Por aqui tudo bem. Tudo como programado. Obrigada pelas mensagens e pela energia positiva. Preta é muito forte", escreveu Malu na manhã deste sábado, 21.

A intervenção médica foi realizada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ela segue internada. Inicialmente, o procedimento cirúrgico seria realizado no domingo, 15, mas foi adiado.

Na sexta, Flora Gil, madrasta de Preta, afirmou à revista Quem que a cantora teve uma boa cirurgia: "Longa como esperada, e agora a equipe médica irá analisar dia após dia de recuperação. Sabemos que será lenta e por isso a calma e o dia após dia será nosso foco."

Nas redes sociais, o músico Francisco Gil - filho de Preta - também falou sobre o procedimento médico. "Ela é uma guerreira e passou por mais essa. Seguimos fortes. Muito amor. Axé", disse.

Preta Gil foi diagnosticada com câncer de intestino no início de 2023. Entre os sintomas que a fizeram suspeitar de um problema de saúde estavam uma intensa constipação intestinal e fezes achatadas, com muco e sangue.

À época, ela realizou sessões de radioterapia e tratamento cirúrgico. A artista também teve de passar por uma histerectomia total abdominal, procedimento que consiste na remoção do útero.

Após o tratamento primário, entrou em uma fase sem manifestação da doença, comumente chamada de "remissão", conforme médicos ouvidos pelo Estadão. Em outras palavras, o câncer não era mais detectável por exames físicos, de imagem, tomografia e/ou sangue.

Em agosto de 2024, porém, a artista informou que o câncer havia voltado e foi detectado em dois linfonodos, no peritônio - membrana na cavidade abdominal que envolve órgãos como estômago e intestino - e no ureter.

Em 2024, Zeca Pagodinho comemora os seus 40 anos de carreira. Como ponto final nestas celebrações, o cantor se apresenta no Rio de Janeiro neste fim de semana. Mas antes, o intérprete do hit Deixa a Vida Me Levar concedeu uma entrevista ao repórter Chico Regueira, no Jornal Hoje desta sexta-feira, 20.

Na conversa, Zeca Pagodinho reforçou que vai dar uma pausa nos shows. Ele já tinha anunciado uma pausa de cinco meses para se dedicar à família.

"Eu preciso ver meus netos crescerem, quero andar junto com eles, buscar na escola, na creche", disse, acrescentando que sofre muito quando está distante da família, cumprindo a agenda de shows.

Zeca é avô de seis netos e espera o sétimo que deve nascer em abril.

Na entrevista, Zeca Pagodinho falou ainda sobre seus grandes parceiros, como Beth Carvalho (1946-2019), Arlindo Cruz e Almir Guineto (1946-2017) e sobre a criação do Instituto Zeca Pagodinho. A organização oferece aulas de música para crianças de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Todo mundo precisa de música. Música é um remédio", declarou o sambista ao explicar o porquê da fundação do Instituto.

A conversa acaba com Zeca falando sobre os planos para o futuro, depois do hiato de cinco meses nos shows. O músico, que completará 66 anos em fevereiro, foi direto ao assunto e disse que pretende fazer "quase nada".

O primeiro trailer do novo filme do Superman foi lançado nesta quinta-feira, 19, e apresentou uma série de novidades da nova encarnação do Homem de Aço. Além de termos os primeiros vislumbres dos atores David Corenswet como Kal-El, Nicholas Hoult como Lex Luthor e Rachel Brosnahan como Lois Lane, outros personagens dos quadrinhos também deram as caras. Guy Gardner, um dos Lanternas Verdes mais famosos da DC, apareceu brevemente em uma das cenas divulgadas.

O papel será vivido pelo ator Nathan Fillion, que já colaborou com o diretor James Gunn em outros projetos. Outra aparição que chamou atenção dos fãs foi a da Mulher-Gavião, interpretada pela atriz Isabela Merced. Encerrando as surpresas, dois personagens mais obscuros dos gibis também ganharam tempo de tela: o Sr. Incrível, interpretado por Edi Gathegi, e o Metamorfo, vivido por Anthony Carrigan.

O longa, que será lançado em 2025, é o início de um novo universo cinematográfico compartilhado da DC - o DCU (DC Universe, em inglês). A continuidade antiga, estruturada pelo cineasta Zack Snyder ao longo de filmes como Batman vs Superman: A Origem da Justiça, Mulher-Maravilha e a Liga da Justiça, foi abandonada após seguidas decepções nas bilheterias.

O controle criativo do novo universo foi dado ao produtor Peter Safran e ao diretor James Gunn. O cineasta foi responsável pela criação e o sucesso da trilogia de filmes dos Guardiões da Galáxia na Marvel. Em 2021, ele já havia dirigido um filme para a DC - O Esquadrão Suicida -, mas agora é o responsável por todos os longas do estúdio.

Além de novos filmes e personagens, Gunn promete uma nova abordagem em relação aos super-heróis. Se o antigo universo se preocupou em estabelecer as histórias de origens de cada herói, o diretor planeja pular essa parte e ir direto para a ação. "Eu não vou contar novamente as origens do Batman ou do Superman, porque todo mundo já as conhece", afirmou o cineasta em suas redes sociais. Com isso, o novo filme do Homem de Aço começa com o protagonista já estabelecido como um super-herói.

Em outras entrevistas, o cineasta também afirmou que planeja contar histórias que não se preocuparão em estabelecer uma grande conexão entre filmes. "Eu nunca vou sacrificar um momento da narrativa para preparar algo para uma obra futura", afirmou ao site norte-americano Screen Rant. A estratégia é diametralmente oposta aos planos da Marvel, que se consolidou em Hollywood ao lançar dezenas de filmes interconectados.

"Estamos construindo um mundo compartilhado, não uma narrativa compartilhada. Não é uma história que tenha começo, meio e fim, mas sim um universo que as pessoas podem entrar e vivenciar", afirmou o diretor ao site norte-americano IGN. Com isso, a expectativa do cineasta é de que as obras do novo universo explorem abordagens e temas diferentes e não se limitem a um denominador comum compartilhado pelo DCU. "Cada projeto trará uma visão diferente dos artistas que estão trabalhando nele."

Quem é Guy Gardner?

A aparição de Nathan Fillion no trailer empolgou os fãs dos quadrinhos. O ator viverá Guy Gardner, importante membro dos Lanternas Verdes - um grupo de patrulheiros intergalácticos que mantém a paz no universo dos quadrinhos da DC. Ao longo das décadas, diferentes personagens assumiram o manto do Lanterna Verde, mas Gardner talvez seja um dos mais polêmicos.

Diferentemente de nomes como Hal Jordan e John Stewart - guerreiros esmeraldas que foram adaptados para mídias como filmes, séries, animações e video games -, o personagem de Fillion não é tão conhecido do público. Explosivo, temperamental e violento, Gardner é um contraponto a postura mais comedida de boa parte da Tropa dos Lanternas Verdes.

Em suas redes sociais, James Gunn revelou que o personagem "se encaixa" na história que ele planeja contar no novo filme do Superman. O papel dele na trama ainda não foi detalhado, mas deve ser substancial. Uma série dos Lanternas Verdes está sendo desenvolvido para HBO e Max. A produção conta com os atores Kyle Chandler, que viverá Hal Jordan, e Aaron Pierre, que será John Stewart. Ainda não há data de estreia, mas as filmagens estão previstas para se iniciarem em janeiro de 2025.

Confira o trailer aqui