Republicanos sugere órgão federal para coordenar ações no RS após polêmica com Pimenta

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A bancada de deputados do Republicanos sugeriu ao governo a criação de um órgão federal para coordenar as ações em calamidades públicas como a do Rio Grande do Sul, após a polêmica com a indicação do gaúcho Paulo Pimenta para titular da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Estado, devastado por enchentes.

O partido tem um ministro na Esplanada, Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), e um pré-candidato a presidente da Câmara, Marcos Pereira (SP), que tem tentado se aproximar do Palácio do Planalto.

O órgão sugerido pela legenda seria criado por meio de Medida Provisória (MP), cujo texto foi protocolado nesta semana pelo deputado Marcelo Crivella (RJ) e apoiado pelos 43 parlamentares da bancada na Câmara.

Segundo Crivella, o órgão federal seria responsável por coordenar a reconstrução das áreas urbanas e rurais do Estado, pela destinação dos recursos para a retomada de empregos e da renda das famílias afetadas e pelas licitações que garantam segurança jurídica e menos burocracia para o socorro ao RS.

"O governo federal deveria utilizar parte das reservas internacionais para ajudar o povo gaúcho. Que o governo pegue 5% das reservas internacionais que nós temos depositados em bancos da Europa e dos Estados Unidos, com juros baixíssimos. É aproximadamente US$ 400 bilhões, o que daria hoje em torno de R$ 2 trilhões", sugere ainda Crivella.

"Trata-se, com efeito, de um verdadeiro esforço de guerra para salvar as vidas e as condições de vida digna, àquele povo tão duramente atingido neste momento e, em se tratando de guerra, é preciso a coordenação dos esforços em nível federal", emenda o deputado.

A sugestão do Republicanos para o Palácio do Planalto ocorreu após a decisão de Lula de criar uma secretaria extraordinária do Estado para a coordenação das ações de socorro e nomear Pimenta, até então ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), para o cargo gerou polêmica porque o gaúcho é cotado para concorrer ao governo do Estado em 2026.

Pimenta, contudo, rebate as acusações de que seu nome politiza as ações do governo no RS. "Minha relação é uma relação - e vocês podem perguntar para qualquer secretário do governo do Estado - fraterna, institucional e harmônica", disse ele, em entrevista à CNN Brasil, nesta sexta-feira, 17.

Ao ser questionado se havia alinhamento entre ele e o governador do RS, Eduardo Leite (PSDB), Pimenta pontuou que optou pelo tucano no 2º turno da eleição de 2022, contra o candidato bolsonarista Onix Lorenzoni (PL). "Eu votei nele para governador. Eu era o presidente do PT no Rio Grande do Sul, na época, e foi exatamente o nosso apoio que deu uma vitória a ele no segundo turno", disse.

As ações em apoio ao RS estão sendo feitas em diversas frentes nos Três Poderes.

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), por exemplo, um dos vice-líderes do governo no Congresso, apresentou um projeto de lei complementar que tira dos limites do arcabouço fiscal e da meta de resultado primário as verbas para prevenção de desastres naturais e mitigação de mudanças climáticas.

"Ao excepcionar os gastos relacionados à prevenção de desastres e mudanças climáticas das regras do arcabouço fiscal e do resultado primário, estamos garantindo que o governo tenha flexibilidade financeira para tomar medidas eficazes de proteção ambiental e adaptação às mudanças climáticas, contribuindo assim para um futuro mais seguro e sustentável para todos os cidadãos, das gerações presentes e futuras", justifica Lindbergh no projeto apresentado nesta quarta-feira, 15.

A Câmara e o Senado já aprovaram um decreto legislativo, enviado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que retira do cálculo da meta fiscal os recursos para unidades da federação em estado de calamidade pública, como é o caso do Rio Grande do Sul agora.

O Congresso também aprovou o projeto de lei complementar que suspende o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul por 36 meses e abre caminho para que outros Estados que enfrentem calamidades públicas usufruam do mesmo benefício.

Além disso, o governo anunciou um voucher, em parcela única, de R$ 5,1 mil, para todas as famílias que tiveram as casas afetadas pela catástrofe. As famílias receberão um Pix para comprar eletrodomésticos, por meio do programa chamado de Auxílio Reconstrução

No último sábado, 11, o governo editou uma Medida Provisória (MP) que libera R$ 12,2 bilhões para medidas emergenciais no RS. Essa proposta, ainda pendente de votação, será relatada na Comissão Mista de Orçamento (CMO) pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

No dia 9, o Palácio do Planalto já havia apresentado um pacote com 12 ações para socorrer o RS que vão injetar R$ 50,1 bilhões para o Estado, sobretudo em ações de crédito para famílias, empresas e pequenos agricultores.

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Em 2024, Zeca Pagodinho comemora os seus 40 anos de carreira. Como ponto final nestas celebrações, o cantor se apresenta no Rio de Janeiro neste fim de semana. Mas antes, o intérprete do hit Deixa a Vida Me Levar concedeu uma entrevista ao repórter Chico Regueira, no Jornal Hoje desta sexta-feira, 20.

Na conversa, Zeca Pagodinho reforçou que vai dar uma pausa nos shows. Ele já tinha anunciado uma pausa de cinco meses para se dedicar à família.

"Eu preciso ver meus netos crescerem, quero andar junto com eles, buscar na escola, na creche", disse, acrescentando que sofre muito quando está distante da família, cumprindo a agenda de shows.

Zeca é avô de seis netos e espera o sétimo que deve nascer em abril.

Na entrevista, Zeca Pagodinho falou ainda sobre seus grandes parceiros, como Beth Carvalho (1946-2019), Arlindo Cruz e Almir Guineto (1946-2017) e sobre a criação do Instituto Zeca Pagodinho. A organização oferece aulas de música para crianças de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. "Todo mundo precisa de música. Música é um remédio", declarou o sambista ao explicar o porquê da fundação do Instituto.

A conversa acaba com Zeca falando sobre os planos para o futuro, depois do hiato de cinco meses nos shows. O músico, que completará 66 anos em fevereiro, foi direto ao assunto e disse que pretende fazer "quase nada".

O primeiro trailer do novo filme do Superman foi lançado nesta quinta-feira, 19, e apresentou uma série de novidades da nova encarnação do Homem de Aço. Além de termos os primeiros vislumbres dos atores David Corenswet como Kal-El, Nicholas Hoult como Lex Luthor e Rachel Brosnahan como Lois Lane, outros personagens dos quadrinhos também deram as caras. Guy Gardner, um dos Lanternas Verdes mais famosos da DC, apareceu brevemente em uma das cenas divulgadas.

O papel será vivido pelo ator Nathan Fillion, que já colaborou com o diretor James Gunn em outros projetos. Outra aparição que chamou atenção dos fãs foi a da Mulher-Gavião, interpretada pela atriz Isabela Merced. Encerrando as surpresas, dois personagens mais obscuros dos gibis também ganharam tempo de tela: o Sr. Incrível, interpretado por Edi Gathegi, e o Metamorfo, vivido por Anthony Carrigan.

O longa, que será lançado em 2025, é o início de um novo universo cinematográfico compartilhado da DC - o DCU (DC Universe, em inglês). A continuidade antiga, estruturada pelo cineasta Zack Snyder ao longo de filmes como Batman vs Superman: A Origem da Justiça, Mulher-Maravilha e a Liga da Justiça, foi abandonada após seguidas decepções nas bilheterias.

O controle criativo do novo universo foi dado ao produtor Peter Safran e ao diretor James Gunn. O cineasta foi responsável pela criação e o sucesso da trilogia de filmes dos Guardiões da Galáxia na Marvel. Em 2021, ele já havia dirigido um filme para a DC - O Esquadrão Suicida -, mas agora é o responsável por todos os longas do estúdio.

Além de novos filmes e personagens, Gunn promete uma nova abordagem em relação aos super-heróis. Se o antigo universo se preocupou em estabelecer as histórias de origens de cada herói, o diretor planeja pular essa parte e ir direto para a ação. "Eu não vou contar novamente as origens do Batman ou do Superman, porque todo mundo já as conhece", afirmou o cineasta em suas redes sociais. Com isso, o novo filme do Homem de Aço começa com o protagonista já estabelecido como um super-herói.

Em outras entrevistas, o cineasta também afirmou que planeja contar histórias que não se preocuparão em estabelecer uma grande conexão entre filmes. "Eu nunca vou sacrificar um momento da narrativa para preparar algo para uma obra futura", afirmou ao site norte-americano Screen Rant. A estratégia é diametralmente oposta aos planos da Marvel, que se consolidou em Hollywood ao lançar dezenas de filmes interconectados.

"Estamos construindo um mundo compartilhado, não uma narrativa compartilhada. Não é uma história que tenha começo, meio e fim, mas sim um universo que as pessoas podem entrar e vivenciar", afirmou o diretor ao site norte-americano IGN. Com isso, a expectativa do cineasta é de que as obras do novo universo explorem abordagens e temas diferentes e não se limitem a um denominador comum compartilhado pelo DCU. "Cada projeto trará uma visão diferente dos artistas que estão trabalhando nele."

Quem é Guy Gardner?

A aparição de Nathan Fillion no trailer empolgou os fãs dos quadrinhos. O ator viverá Guy Gardner, importante membro dos Lanternas Verdes - um grupo de patrulheiros intergalácticos que mantém a paz no universo dos quadrinhos da DC. Ao longo das décadas, diferentes personagens assumiram o manto do Lanterna Verde, mas Gardner talvez seja um dos mais polêmicos.

Diferentemente de nomes como Hal Jordan e John Stewart - guerreiros esmeraldas que foram adaptados para mídias como filmes, séries, animações e video games -, o personagem de Fillion não é tão conhecido do público. Explosivo, temperamental e violento, Gardner é um contraponto a postura mais comedida de boa parte da Tropa dos Lanternas Verdes.

Em suas redes sociais, James Gunn revelou que o personagem "se encaixa" na história que ele planeja contar no novo filme do Superman. O papel dele na trama ainda não foi detalhado, mas deve ser substancial. Uma série dos Lanternas Verdes está sendo desenvolvido para HBO e Max. A produção conta com os atores Kyle Chandler, que viverá Hal Jordan, e Aaron Pierre, que será John Stewart. Ainda não há data de estreia, mas as filmagens estão previstas para se iniciarem em janeiro de 2025.

Confira o trailer aqui

O sambista Toninho Geraes passou mal durante uma reunião de conciliação com representantes da Universal Music Publishing Brasil, gravadora de Adele no País, nesta quinta-feira, 19. O cantor acusa a artista britânica de ter plagiado a canção Mulheres, composta por Geraes e famosa na voz de Martinho da Vila, ao compor a música Million Years Ago. Ao relatar sua versão da história pro juiz, o músico teve uma crise de choro.

"Adele e Greg Kurstin, assim como a Universal, peticionaram no processo requerendo ao Juiz a designação de uma audiência de conciliação urgente, antes do recesso, para uma tentativa de acordo", afirmou Fredímio Biasotto Trotta, advogado de Toninho, ao Estadão. "Ao chegarmos à sala de audiência, nos deparamos com a ausência de Adele, Kurstin e Beggars Group", revelou. Kurstin é co-compositor de Million Years Ago e Beggars Group é o selo britânico responsável pela canção.

De acordo com a defesa do cantor, a empresa não ofereceu uma proposta de acordo. "Se não era para apresentar propostas, para que pediram a audiência e obrigaram o autor a comparecer?", questionou. Ainda segundo o advogado, um representante da Sony também esteve presente no local.

Ao todo, foram quatro horas de audiência e cantora britânica não compareceu, mesmo com a possibilidade de participar da reunião de forma online. Ainda de acordo Biasotto Trotta, os advogados dos acusados "realizaram a audiência sem procuração de Adele, Kurstin e Beggars." Os documentos só foram entregues após o início da reunião.

Agora, as duas partes esperam uma perícia musical para avaliar o suposto plágio. O laudo será produzido por uma professora da Escola Nacional de Música da UFRJ. O advogado de Toninho também afirmou que outras providências serão tomadas por conta das irregularidades das procurações. "Uma falta de respeito para com o compositor e com a própria Justiça Brasileira", finalizou.

No começo da semana, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que a canção de Adele fosse retirada de todas as plataformas digitais de música sob pena de multa de R$ 50 mil por uso indevido. Entretanto, a penalidade será aplicada somente quando as plataformas de streaming de música forem notificadas da ação judicial.

A Universal Music, então, apresentou um recurso contra a liminar. A reunião de conciliação foi marcada às pressas no último dia de funcionamento do Fórum, mas não houve uma proposta de acordo por parte da gravadora.