Frio pode bater recorde neste fim de semana em SP e mais cidades; veja previsão

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A forte frente fria, que provoca uma virada no tempo em São Paulo e mais Estados do Centro-Sul do Brasil, vai trazer muito frio e queda brusca de temperaturas, incidindo em recordes de frio para o ano em diversas cidades brasileiras neste fim de semana, de acordo com a Climatempo. Também há possibilidade de chuva congelada e pequena chance de neve no Sul do País.

Segundo a empresa de meteorologia, a mudança já começou a ser sentida na noite de quarta-feira, 7. O ar frio de origem polar entrou primeiro na região Sul, avançando a partir desta quinta-feira, 8, em direção ao Sudeste e parte do Centro-Oeste do País. Com o deslocamento do sistema, o tempo muda em todo o Estado paulista, principalmente no fim de semana.

Veja a seguir quais são os possíveis recordes de frio do ano para o fim de semana:

São Paulo

No sábado, 10, e domingo, 11, Dia dos Pais, pode ser registrada a menor mínima do ano. Menor mínima até agora: 10,8ºC (29 de maio). A previsão é de 9ºC para sábado e de 7ºC, para o domingo, segundo a Climatempo.

Rio de Janeiro

No sábado pode ser registrada a menor temperatura máxima do ano. No domingo pode ser regristada a menor mínima do ano. Último recorde: menor mínima: 11,9ºC (20 de julho) e menor máxima: 21,1°C (1º de julho).

"A última vez que tivemos temperatura máxima menor ou igual a 20ºC foi em 28 de agosto de 2023, com 19,2ºC de máxima", lembra Guilherme Borges, meteorologista da Climatempo.

Curitiba

No sábado pode ser registrada a menor mínima do ano. Até o momento: menor mínima: 2,6ºC (30 de junho). A previsão é de 2ºC para sábado.

Florianópolis

No sábado pode ser registrada a menor mínima do ano. Menor mínima até agora: 6,5ºC (1º de junho). A expectativa é de 6ºC para sábado.

Campo Grande

No sábado pode ser a menor mínima do ano. Menor mínima do ano: 9,0ºC (16 de julho). A previsão é de 6ºC para sábado.

Há previsão de rajadas de vento?

Os ventos aumentam nesta quinta-feira em todas as áreas do Estado de São Paulo, conforme o sistema se desloca. São previstas rajadas em torno de 40 km/h a 50 km/h no norte e noroeste de São Paulo e ventos de 51km/h a 70 km/h entre capital e o litoral, segundo a Climatempo. O risco é de atenção.

"Com o deslocamento da frente fria e a circulação de ventos transportando mais umidade do mar, podemos ter um pouco de chuva no sul e leste do Estado paulista, pegando inclusive o litoral, e a temperatura deve cair bastante", estima a empresa de meteorologia.

Desta forma, as temperaturas devem se manter mais baixas neste segundo fim de semana de agosto. Há possibilidade de geada pontual em cidades do extremo sul e oeste paulista.

Para sexta-feira, 9, o risco é de alerta, quando as rajadas de vento podem atingir entre 71km/h e 90 km/h, com possibilidade de queda de galhos/árvores e danos estruturais em estruturas em construção para partes do Rio Grande Sul e pequeno trecho na divisa com Santa Catarina, também está mantido risco de atenção em localidades de ambos os Estados do Sul.

Possibilidade de chuva congelada no Sul

Nesta sexta-feira, segundo a Climatempo, com a entrada do ar polar e ainda com a umidade alta, pode ocorrer algum tipo de precipitação invernal, com chuva congelada - mesmo que de maneira pontual, em cidades do Sul. "Ainda é uma chance remota, mas que não pode ser totalmente descartada", projeta a empresa de meteorologia.

Vai nevar no Sul?

"Não se pode descartar a possibilidade de neve, em pontos isolados das regiões serranas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, entre a sexta-feira e o sábado", projeto o Inmet.

"Uma pequena possibilidade de neve nos pontos mais altos das serras gaúchas e catarinenses, principalmente na noite de sexta-feira - atenção para algumas cidades mais altas como São José dos Ausentes, Urupema, Urubici e São Joaquim", acrescenta a Climatempo.

No sábado, as temperaturas devem cair ainda mais, especialmente na madrugada e no começo da manhã, ainda trazendo pequena possibilidade de neve entre o começo e o meio da madrugada nos pontos mais altos das serras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Além disso, o risco de geada também é alto para grande parte do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul ao longo do fim de semana.

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O cantor Zayn Malik, ex-membro do One Direction, adiou os shows de sua turnê solo após a morte do colega de banda Liam Payne na quarta-feira, 16. O anúncio foi feito via stories, no perfil do Instagram do cantor.

"Devido à perda de partir o coração sofrida nesta semana, tomei a decisão de adiar a turnê Stairway to the Sky nos Estados Unidos. As datas estão sendo remarcadas para janeiro e eu as postarei assim que estiver tudo certo, nos próximos dias. Os ingressos continuarão válidos para as novas datas", escreveu Malik. "Amo todos vocês e obrigada pela compreensão", finalizou.

O britânico daria início às apresentações nos EUA na próxima quarta-feira, 23, com shows até 3 de novembro. Entre 20 de novembro e o início de dezembro, ele se apresentará em casa, no Reino Unido.

Liam Payne morreu após cair da sacada de um hotel, do terceiro andar, em Buenos Aires, na Argentina. Nos últimos dias, os ex-colegas de banda publicaram homenagens em seus respectivos perfis nas redes sociais, além de uma nota conjunta no Instagram oficial da banda.

"Estamos completamente devastados com a notícia da morte de Liam. Quando estivermos prontos, teremos mais a dize. Por enquanto, vamos nos dar tempo para lidar com o luto e processar a perda de nosso irmão, a quem amávamos profundamente", dizia a nota.

Compartilhando uma foto antiga com Payne, Malik escreveu: "Não há palavras que possam descrever como estou me sentindo agora, além de estar profundamente devastado. Espero que, onde quer que você esteja, esteja em paz e saiba o quanto é amado. Te amo, irmão."

A autópsia do corpo apontou que o ex-One Direction morreu em decorrência dos ferimentos múltiplos sofridos na queda do terceiro andar.

De acordo com o relatório oficial, os traumas na cabeça já foram o suficiente para levar o cantor à morte.

As autoridades locais continuam investigando a morte a fim de reconstituir as últimas horas de Payne.

Outros hóspedes do hotel ouvidos pela imprensa britânica e pela polícia argentina relataram a presença de um "homem agressivo que pode estar sob efeito de drogas e álcool" no hotel.

O Knotfest Brasil 2024, festival liderado pela banda Slipknot, começa neste sábado, 19, no Allianz Parque, em São Paulo, e também conta com shows no domingo, 20. O baterista brasileiro Eloy Casagrande, ex-Gloria e ex-Sepultura, tocará pela primeira vez com a nova banda em seu País hoje.

"Vai ser épico!", escreveu o músico em seu Instagram. Sua imagem também foi utilizada pelo perfil oficial do grupo para divulgar o show de hoje.

Eloy Casagrande foi oficializado pelo grupo em 30 de abril deste ano. O fato gerou desconforto com seus ex-colegas de Sepultura, com quem vinha tocando até então.

"Ele anunciou que estava indo para o Slipknot. Do nada. Ele falou no dia, lógico que ele falou, mas não era a nossa obrigação anunciar isso, né? A gente não tem nada a ver com a história dele com a banda. Mas foi bem esquisito", comentou Andreas Kisser à época.

Os fãs que vão ao evento podem se preparar para ir de metrô, ônibus ou carro. Clique aqui para conferir mais detalhes sobre como chegar ao Allianz Parque neste sábado de chuva.

Até o momento, o setlist oficial ainda não foi divulgado, mas espera-se um show com os principais hits no sábado, 19, e um setlist com as músicas do álbum Slipknot, de 1999, no domingo, 20.

O olhar sensitivo de Thomaz Farkas (1924-2011) segue mais impactante do que nunca na nova exposição em homenagem aos 100 anos do emblemático fotógrafo húngaro-brasileiro.

A retrospectiva Thomaz Farkas, todomundo, que será aberta neste sábado, 19, no IMS Paulista, vai ocupar dois andares do centro cultural, reunindo cerca de 500 itens, entre fotos, filmes, documentos e equipamentos. Por um acordo com o próprio fotógrafo, o instituto assumiu a guarda e a preservação da sua obra fotográfica, composta por mais de 34 mil imagens.

Farkas é uma das maiores referências da fotografia moderna e do cinema documental brasileiro. Em 2024, ele também foi homenageado na 29ª edição do festival de cinema É Tudo Verdade com a montagem de uma retrospectiva de sua produção cinematográfica.

Nascido em Budapeste no dia 17 de outubro de 1924, Thomaz imigrou com os pais para São Paulo aos seis anos e logo ganhou sua primeira máquina fotográfica. Após a morte do pai, em 1960, ele herdou a direção da Fotoptica, empresa pioneira na venda de equipamentos do gênero. Ao longo de sua carreira, teve papel crucial na valorização da diversidade social do Brasil.

"O projeto vem de uma consciência clara da importância do Thomaz como um artista de linguagem universal", diz Sergio Burgi, coordenador do IMS, ao Estadão. "O desafio geral foi apresentar sua trajetória múltipla, marcada por uma simultaneidade. Enquanto ele trabalhava na fotografia, produzia filmes, tocava a loja", acrescenta.

A exposição reflete as várias facetas do homenageado, reconhecido pela atenção à riqueza cultural do Brasil. Em uma das seções, é possível ver imagens inéditas - e coloridas - de São Paulo nos anos 1940.

"Thomaz viveu as contradições dessa cidade. As fotos respondem a uma cidade do pós-guerra, numa promessa de estruturação, modernidade", explica Burgi. "Há uma marca nessa exposição toda, que é a marca do trabalho do Thomaz: ele estava sempre interessado no atual, no agora. Em toda a sua trajetória, dos anos 40 até o final dos anos 2000, ele queria saber da transformação", complementa o curador Juliano Gomes.

Farkas, um humanista na essência, enfrentou a censura do governo Vargas e foi perseguido pela ditadura militar. Em 1960, ele registrou a inauguração de Brasília, onde contrastou a euforia em torno do presidente Juscelino Kubitschek com os problemas sociais da Cidade Planejada e as condições precárias dos imigrantes.

"Os censores não sabiam ler as fotografias. Então, os jornais publicavam muito mais imagens, porque os textos eram cortados, censurados. Os fotógrafos começaram a perceber isso, a se organizar em associações, agências", lembra a curadora Rosely Nakagawa, ex-colega de Farkas na Galeria Fotoptica, criada em 1979 para promover conversas sobre a imagem, seminários, entre outras atividades. "Para nós, a fotografia é tratada com essa importância de uma pessoa que pensava a imagem não só no papel, mas com compromisso social", diz.

Em outra ala, é possível testemunhar a influência do artista sobre toda uma geração. Algumas de suas fotografias são apresentadas lado a lado com outros autores presentes na coleção, como Alice Brill e Walter Firmo, numa proposta de conexão entre temas e estilos.

Além da fotografia

A faceta cinematográfica do artista tem grande destaque na exposição, repleta de projeções e alas interativas. Essa linguagem foi consolidada no projeto Brasil Verdade, composto por quatro filmes com cerca de 30 minutos de duração cada um: Memória do Cangaço, Subterrâneos do Futebol, Nossa Escola de Samba e Viramundo - neles, a intenção de Farkas foi retratar aspectos singulares da identidade nacional.

"Nesse conjunto de filmes feitos em 1964 e 65, há um desenvolvimento tecnológico muito importante, com câmeras menores, nas quais era possível gravar o som das pessoas falando em sincronia com a câmera. Havia a possibilidade mais móvel e mais moderna de ouvir a voz do brasileiro, os sotaques. Essa técnica mudou o cinema no mundo", analisa Juliano Gomes.

A exibição também traz diversos títulos da série A Condição Brasileira, com 19 filmes produzidos entre 1967 e 1972 no interior do Nordeste, onde Farkas coordenava equipes que viajavam pelo País para documentar manifestações coletivas da região.

"O nordeste é de uma riqueza infinita, mas só hoje conhecemos a potência cultural do Cariri, por exemplo, de Juazeiro", ressalta Rosely. "E esse acompanhamento da cultura brasileira que Thomaz fazia foi muito importante, porque o Sudeste tem essa visão egocentrista de que tudo de bom acontece no Rio e São Paulo, mas isso tudo é construído por gente do Nordeste", reforça.

O projeto ainda aborda outras frentes de atuação de Thomaz Farkas no campo institucional e empresarial, com destaque para o apoio à primeira edição do Festival Videobrasil, em 1983, precursor na difusão do vídeo como linguagem artística e que vem sendo realizado ao longo das últimas quatro décadas.

Outro ponto alto da mostra tem a música como protagonista em dois documentários históricos. O público pode assistir a um raríssimo registro de Pixinguinha captado em 1954, no Parque Ibirapuera, durante as comemorações do IV Centenário da cidade de São Paulo.

A filmagem, que ficou perdida por 50 anos e foi lançada em Pixinguinha e a Velha Guarda do Samba (2006), é exibida de maneira contraposta à película Hermeto Campeão (1981), responsável por apresentar Hermeto Pascoal em meio aos mais variados e improvisados instrumentos que ele toca no estúdio de sua casa.

"Há um diálogo entre os dois em tempos diferentes, décadas diferentes. Às vezes parece que Pixinguinha está tocando a música do Hermeto e às vezes que o Hermeto está tocando o Pixinguinha. É uma brincadeira que gostamos muito de fazer e dá um tom alegre característico do Thomaz", diz Gomes, empolgado com o "dueto" de gênios projetado em telas enormes.

Thomaz Farkas, todomundo acentua, acima de tudo, a curiosidade de um homem que imprimiu em suas fotos o amor pelo Brasil. "Quem vier vai se identificar e sentir esse olhar afetuoso dele", afirma Rosely. "É a importância da fotografia como memória, como construção de uma vida. Todos somos feitos de memórias".

Thomaz Farkas, todomundo

Abertura: 19 de outubro de 2024

Visitação: até 9 de março de 2025, 3ª a domingo e feriados (exceto segundas), das 10h às 20h

Onde: IMS Paulista (Av. Paulista, 2.424) | 8º e 7º andares

Entrada: gratuita