Na Alemanha, Scholz pode buscar 2º mandato como chanceler após ministro descartar disputa

Internacional
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O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, está livre e com caminho aberto para buscar o segundo mandato como líder alemão, após o popular ministro da Defesa, Boris Pistorius, se retirar da disputa. Em vídeo publicado na noite da quinta-feira, 21, ele informa à liderança do partido que "não está disponível para uma candidatura ao cargo de chanceler". "Olaf Scholz é um chanceler forte e é o candidato certo para chanceler", disse.

Nesta sexta-feira, Scholz e líderes do Partido Social-Democrata (SPD) prometeram lutar para se recuperarem de um amplo déficit nas pesquisas para a próxima eleição, que está prevista para acontecer em 23 de fevereiro.

Eles insistiram que os anos de Scholz no poder trouxeram sucessos e que os social-democratas não foram responsáveis pelas brigas internas que levaram o impopular governo de coalizão formada por três partidos a entrar em colapso. Fonte: Associated Press.

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O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) protagonizaram um bate-boca na plataforma X (antigo Twitter) na manhã desta sexta-feira, 22, envolvendo o juiz afastado Marcelo Bretas, que atuou na Operação Lava Jato. A discussão virtual começou quando Eduardo Paes chamou Bretas de "delinquente", respondendo a uma postagem na rede social feita pelo juiz afastado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Moro saiu em defesa do ex-colega de toga.

Na publicação no X, Bretas indicou um conjunto de artigos do Código Penal, sugerindo que não existe punição para crimes quando o autor desiste de cometê-los, em referência ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), por tentativa de golpe no País após as eleições de 2022. Paes comentou: "Delinquente sendo delinquente".

Em resposta ao prefeito do Rio, Moro afirmou que "delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu."

Paes rebateu: "Vocês dois são o exemplo do que não deve ser o Judiciário. Destruíram a luta contra a corrupção graças a ambição politica de ambos. Você ainda conseguiu um emprego de ministro da Justiça e foi mais longe na política. Esse aí nem isso. Ele era desprezado pelo próprio Bolsonaro que fez uso eleitoral das posições dele. E quem me disse isso foi o próprio ex-presidente. Recolha-se a sua insignificância. Aqui você não cresce! Lixo!"

A disputa entre Marcelo Bretas e Eduardo Paes envolveu acusações e investigações que impactaram os dois. Bretas foi afastado de suas funções pelo CNJ em 2023, devido a supostas irregularidades, incluindo favorecimento em processos e promoção pessoal.

O episódio intensificou a rivalidade entre os dois, já que Bretas havia permitido investigações contra Paes. O prefeito, por sua vez, apontou erros nas decisões do juiz, o que levou ao afastamento dele da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. O processo segue em análise.

O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, afirmou nesta sexta-feira, 22, que não é possível negar que Jair Bolsonaro sabia da movimentação para o golpe de Estado, porém, não se pode dizer que o ex-presidente tinha conhecimento do plano para executar o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. As declarações ocorreram em entrevista à GloboNews.

"Olha o plano de golpe de Estado, nem sei se estava em curso, porque eu sei que havia uma turbulência, digamos assim, administrativa no governo, nas proximidades do governo. Claro que ele Jair Bolsonaro tinha conhecimento" sobre o golpe, afirmou Bitencourt, que disse não saber sobre qual tipo de plano de golpe se tratava. "Agora, tinha o interesse", afirmou, "no que estava acontecendo naqueles dias. O presidente sabia".

O advogado de Cid disse também que Bolsonaro tinha contato permanente com o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Braga Netto, que foi um de seus principais auxiliares no governo.

No decorrer da entrevista, demonstrando certo incômodo, questionado sobre detalhes apontados na delação de Mauro Cid, ontem, 21, Bitencourt se esquivou e tentou por algumas vezes encerrar sua participação. No entanto, ele admitiu que "delação é muito difícil" e é contra esse instrumento. "Temos que andar no fio da navalha", frisou.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 22, que o indiciamento de Jair Bolsonaro pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado não deve interferir na agenda do governo no Congresso. Segundo ele, o Legislativo mantém o compromisso com a pauta econômica do Executivo.

"Eu sinto no Congresso Nacional um compromisso muito grande com a agenda econômica do governo", afirmou Padilha à CNN Brasil, agenda em que, acrescentou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irão fazer a "poda adequada" para a "árvore" continuar dando frutos, em referência aos cortes de gastos e ao crescimento econômico do País, respectivamente. Ele disse que esse "compromisso" do Legislativo vai se manter.

O ministro avaliou também que alguns parlamentares podem tentar fazer uma paralisação, por conta do indiciamento do ex-presidente, mas que isso não atrapalha "a condução da agenda prioritária", que seria a "econômica e social".

Padilha relatou que quando ele e os ministros souberam da tentativa de execução do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, ficaram "indignados". Ele disse ainda que o chefe do Executivo demonstra confiança na PF para a apuração do ocorrido.