Trump nomeia o banqueiro bilionário Warren Stephens como embaixador na Grã-Bretanha

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O presidente eleito dos EUA, Donald Trump, nomeou o banqueiro de investimentos bilionário Warren Stephens para ser embaixador na Grã-Bretanha, um cargo de prestígio para o doador republicano cujas contribuições este ano incluíram US$ 2 milhões para um super PAC de apoio a Trump.

 

O republicano, em uma publicação no Truth Social nesta segunda-feira, anunciou que estava escolhendo Stephens para ser o embaixador dos EUA na Corte de Saint James. O Senado é obrigado a confirmar a escolha.

 

"Warren sempre sonhou em servir os Estados Unidos em tempo integral. Estou entusiasmado com o fato de que ele agora terá essa oportunidade como o principal diplomata, representando os país para um dos aliados mais queridos e amados dos EUA", disse Trump em seu post. Fonte: Associated Press

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Um documento apreendido pela Polícia Federal (PF) na Operação Tempus Veritatis, em fevereiro, reforçou as suspeitas de que Filipe Garcia Martins, ex-assessor especial da Presidência, participou do núcleo duro do golpe. É um rascunho de discurso com acusações de fraude que, segundo os investigadores, foi preparado para ser lido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) após a derrota nas eleições de 2022.

Em nota, a defesa do ex-assessor afirma que o discurso, "embora duro e marcado por uma forte retórica política própria de quem se preparava para liderar a oposição ao futuro governo, nada tem de golpista" (leia a íntegra da manifestação ao final da matéria).

Os metadados do arquivo, nomeado "Discurso 31-10.docx", indicam que Felipe Martins redigiu o texto. Ao invés de reconhecer a derrota, o documento afirma que a eleição foi "ilegítima" e põe sob suspeita o resultado do processo eleitoral.

"Na verdade, fomos alvo de um contra-ataque do sistema, e estamos sendo perseguidos pelos poderosos, unidos para esconder a verdade junto com os principais veículos de mídia", diz um trecho da minuta de discurso.

Os laudo da PF afirma que o teor do discurso "permite concluir que este foi elaborado para que o então presidente e candidato derrotado enviasse uma mensagem a seus eleitores no sentido de que não só as urnas eletrônicas, os algoritmos e os hackers tinham sido responsáveis por sua derrota, mas também um conjunto de ações parciais, em favor do candidato vencedor".

O documento foi encontrado em um HD externo apreendido na casa de Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor especial de Bolsonaro, considerado um dos pilares do "gabinete do ódio".

Filipe Martins está entre os 37 indiciados pela Polícia Federal por organização criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

A PF afirma que o ex-assessor integrou o "núcleo jurídico" do golpe. Ele teria sido responsável por entregar para Bolsonaro a minuta de um documento que previa a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e a anulação do resultado da eleição.

A defesa de Filipe Martins afirma que não há provas concretas para o indiciamento, apenas "ilações e narrativas fantasiosas", e disse que vai provar a inocência do ex-assessor "contra toda e qualquer criatividade autoritária que busque distorcer os fatos e a realidade".

COM A PALAVRA, A DEFESA DE FILIPE MARTINS

A defesa de Filipe Martins vem a público expressar seu contentamento pelo fato de que, ainda que não por iniciativa de seus detratores, mas pela força inegável da verdade, o frágil "castelo de cartas" construído com mentiras e suposições infundadas contra seu cliente começa, finalmente, a ruir.

Conforme amplamente noticiado pela imprensa, a Polícia Federal identificou um discurso elaborado para o então Presidente Jair Bolsonaro, logo após as eleições de 2022. De acordo com a análise de metadados, a autoria do texto foi atribuída a Filipe Martins. O conteúdo do discurso, agora revelado, contraria frontalmente todas as acusações que há quase um ano vêm sendo lançadas contra Filipe.

O texto, de forma clara e inequívoca, rejeita qualquer insinuação sobre um "golpe" e reafirma que a eleição, ainda que prejudicada por irregularidades, não seria contestada. O trecho mais emblemático do discurso declara:

"Mesmo considerando essa eleição ilegítima, não irei contestá-la. Meu amor pelo país e pelo povo brasileiro está acima de tudo. Seguirei firme em meu compromisso com nossa nação e lutarei desde o primeiro dia contra um governo que considero ilegítimo e sem condições morais de governar o nosso país."

É evidente que o discurso, embora duro e marcado por uma forte retórica política própria de quem se preparava para liderar a oposição ao futuro governo, nada tem de golpista. O discurso, aliás, é bem menos agressivo do que outras manifestações políticas da história recente, como aquelas promovidas pelo próprio PT de Lula contra Collor, Itamar Franco, FHC, Temer e Bolsonaro.

O ponto mais relevante, contudo, é inequívoco e insofismável: não se trata, de forma alguma, de um chamado a golpe de Estado, mas precisamente do oposto; do anúncio de que não havia intenção de contestar o resultado eleitoral e do compromisso de oferecer oposição ao futuro governo desde o primeiro dia.

Com essa nova evidência, a própria Polícia Federal implode as bases de seu indiciamento anterior, ao apontar Filipe Martins como autor de um documento cujo teor refuta categoricamente as acusações lançadas contra ele. Estranhamente, contudo, o referido discurso não foi incluído no relatório final que indiciou Filipe. Isso levanta uma questão seríssima: estaria a Polícia Federal selecionando provas de forma parcial, omitindo documentos que inocentam um investigado, enquanto promove acusações sem fundamentos sólidos? Esse grave indício de má-fé precisa ser esclarecido com urgência e, se necessário, investigado pelas autoridades competentes.

Esse fato é ainda mais grave por não ser a primeira vez que os delegados responsáveis pelo inquérito apresentam versões contraditórias nas acusações contra Filipe Martins. Recordamos, a esse respeito, a gravíssima inconsistência em torno da alegação que embasou a prisão preventiva de nosso cliente, mantida de forma ilegal e abusiva por mais de seis meses.

No relatório inicial, a autoridade policial afirmou que Filipe teria realizado uma viagem aos Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, sem deixar qualquer registro dessa movimentação. Contudo, ao ser comprovado de forma irrefutável que tal viagem jamais ocorreu, a Polícia Federal alterou sua narrativa. Passou, então, a alegar que Filipe, antes acusado de viajar sem deixar registros, teria, na verdade, "simulado registros" com o propósito de induzir a PF a acreditar que ele havia deixado o país.

Essas versões conflitantes não apenas desconstroem a credibilidade das acusações, mas também expõem um preocupante padrão de inconsistências e arbitrariedades ao longo da investigação, em claro prejuízo aos direitos e à dignidade de Filipe Martins, que há dez meses, tem sido alvo de restrições descabidas e infundadas, numa violação flagrante de seus direitos fundamentais e inalienáveis.

A defesa reitera sua confiança de que, com a verdade vindo à tona, as acusações serão arquivadas pela Procuradoria-Geral da República e de que Filipe Martins será plenamente inocentado. O documento agora revelado é uma prova incontestável de sua inocência, e esperamos que nenhum novo abuso seja cometido em nome de narrativas sem lastro na realidade. A verdade, como sempre, prevalecerá.

O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), candidato à presidência da Câmara, afirmou que o pagamento das emendas parlamentares foi acordado entre os Poderes e o Parlamento espera que o acordo seja cumprido. Segundo ele, o Congresso espera o "destravamento" do orçamento pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.

"A questão das emendas foi feito um acordo entre os Poderes onde estavam lá representados o Poder Executivo, o Poder Judiciário e o Poder Legislativo e o que o Parlamento quer é o cumprimento desse acordo para que o orçamento possa ser destravado", disse Motta a jornalistas durante a tradicional reunião-almoço dos parlamentares da frente da agropecuária nesta terça-feira, 3, em Brasília.

"Entendemos que o Congresso cumpriu a sua parte, o Executivo sancionou a lei e agora esperamos que o Judiciário, através do ministro Flávio Dino, possa fazer a liberação, o destravamento, melhor dizendo, do orçamento para que possamos ter o andamento fluindo de maneira normalizada", afirmou.

Na fala, o candidato voltou a ressaltar o alinhamento prévio com as pautas prioritárias da frente do agro e disse que há um "total comprometimento e sintonia" com assuntos do setor brasileiro. Motta também afirmou que, caso eleito presidente da Câmara, irá buscar uma agenda positiva ao País em sinergia com o Senado.

"Nós vamos buscar o próximo presidente do Senado, que deve ser o senador Davi Alcolumbre, para termos essa sinergia sendo combinada e, com isso, termos os assuntos tanto de interesse da Câmara como do Senado andando nas duas Casas", comentou. Ele afirmou que não quer "atropelar" o andamento do Senado. "Nós queremos deixar claro que a Câmara e o Senado trabalhando conjuntamente", acrescentou.

Para o próximo ano, entre as prioridades da frente estão a aprovação do projeto de lei da reciprocidade ambiental, que tramita em regime de urgência na Câmara o pacote anti-invasão e o projeto de lei do seguro rural, que tramita em caráter terminativo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O pacote anti-invasão trata-se de uma série de projetos de lei, entre eles o PLP 709/23 e o 8262/2017, que endurecem as penas para quem invade propriedades privadas, com foco no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O pacote prevê também critérios mais rígidos para regularização fundiária e para agilizar a reintegração de posse das áreas, incluindo a exclusão de benefícios sociais para os invasores.

"O Congresso nada mais quer do que a reafirmação daquilo que nos é garantido pela nossa Constituição, nós não negociamos esses termos", disse. "Nós queremos o cumprimento da Constituição e que o poder Legislativo possa ser respeitado pelo tamanho e pela importância que tem."

Na coletiva à imprensa, o deputado também avaliou que a COP30 no Brasil pode ser a oportunidade para acabar com a criminalização do agro.

O vereador Major Palumbo, líder do PP na Câmara Municipal de São Paulo, disse nesta terça-feira, 3, que o partido não faz mais parte da base de apoio ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). O motivo do rompimento é uma ação do vereador Paulo Frange (MDB), do mesmo partido de Nunes, que pediu à Justiça Eleitoral no domingo, 29, a impugnação da chapa de vereadores do PP por fraude à cota de gênero. O PT também apresentou uma ação idêntica.

Secretário de Relações Institucionais da Prefeitura e também presidente municipal do MDB, Enrico Misasi afirma que ação protocolada por Frange foi uma "decisão individual" do vereador e que ele não comunicou à sigla nem ao prefeito que acionaria a Justiça (veja abaixo).

O PP dobrou de tamanho na última eleição e terá quatro vereadores a partir de 2025. Além de Palumbo, ocuparão uma cadeira no Legislativo paulistanos Janaína Paschoal, Dr. Murillo Lima e Sargento Nantes. Se a Justiça Eleitoral decidir cassar a chapa, um novo cálculo será feito para a redistribuição das vagas para outros partidos. A medida tem potencial para beneficiar Frange, que não conseguiu ser reeleito para seu sétimo mandato, mas ficou como primeiro suplente do MDB.

"Vem aqui contar na minha cara, não tenho problema nenhum de falar com ninguém. Agora, vocês querem tirar o direito lícito e justo de quem concorreu ao pleito. O cara ganhou no campo, nas quatro linhas, e agora querem ganhar no tapetão? Não vão ganhar", disse Palumbo durante reunião do Colégio de Líderes na tarde desta terça-feira, 3. "O PP está saindo da base do governo. Não vamos tolerar esse tipo de política. Vocês [MDB] estão juntos com o PT nessa. A ação é idêntica", finalizou.

O rompimento ocorre em meio às negociações para ampliar o espaço do PP na gestão Nunes. Lideranças do partido se reuniram com o prefeito na segunda-feira, 2, para discutir o tema, mas não ficou definido quais secretarias serão comandadas pela sigla. Novas conversas estão previstas para a semana que vem.

"Essa ação é uma decisão individual e não comunicada pelo vereador Paulo Frange. Não foi conversada com ninguém do MDB e nem com o prefeito. Ficamos sabendo pela mídia que ele entrou com a ação. O MDB respeita o voto popular. O PP é um parceiro de primeira ordem do governo do prefeito Ricardo Nunes e elegeu uma boa bancada com a qual queremos trabalhar juntos", disse o secretário Enrico Misasi.

O Estadão entrou em contato com o vereador Paulo Frange e com o PT, mas ainda não havia obtido uma resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto.

Na ação, os advogados de Frange afirmam que o PP fraudou a cota de gênero que determina que ao menos 30% da chapa seja formada por candidaturas femininas. O argumento é que o partido lançou quatro candidaturas fictícias de mulheres com o objetivo de cumprir a exigência.

Elas tiveram, respectivamente 55, 18, 59 e 89 votos. A peça argumenta que duas das mulheres apresentaram prestação de contas zerada, ou seja, não declararam nem receitas nem despesas de campanha, enquanto a terceira teve a candidatura impugnada por não ter prestado contas em 2014. A quarta candidata declarou R$ 6 mil em despesas, mas sem apontar receitas.

Ainda segundo a ação, não há registro de atos efetivos de campanha de nenhuma das quatro candidatas. "Foram mulheres colocadas apenas pra cumprir uma cota, e não pra serem candidatas efetivamente. Está escancaradamente presente a fraude à cota de gênero", disse ao Estadão Márlon Reis, um dos advogados que assina o pedido de cassação da chapa do PP. Ele espera que o processo seja julgado até o primeiro semestre do ano que vem.

Reis afirma que a ação está embasada na súmula 73 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em maio deste ano, o tribunal aprovou o entendimento de que a fraude de gênero ocorre se ao menos uma das seguintes condições estiverem presentes: votação zerada ou inexpressiva; prestação de contas zerada, padronizada ou ausência de movimentação financeira relevante; e ausência de atos efetivos de campanha, divulgação ou promoção da candidatura de terceiros.