França: não há razão para Macron renunciar e é possível aprovar novo orçamento, diz Le Pen

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A líder do partido francês Reagrupamento Nacional (RN), Marine Le Pen, disse que não há razão para que o presidente da França, Emmanuel Macron, renuncie ao cargo, após as turbulências políticas que derrubaram o governo do primeiro-ministro, Michel Barnier. Em entrevista à Bloomberg TV nesta quinta-feira, 5, Le Pen também defendeu que há possibilidade de aprovar um novo orçamento para 2025 ainda nas próximas semanas.

De extrema-direita e oposição ao governo, o partido de Le Pen pressionou o governo francês nas últimas semanas para realizar alterações no orçamento, sob ameaça de derrubar Barnier. No caso do presidente, contudo, a líder do Reagrupamento Nacional alega que a renúncia deve ocorrer apenas em casos mais extremos e que este não é um momento. "Quando surge uma crise política ou institucional, não pode haver outra solução que não a renúncia do Presidente da República", disse.

Le Pen defendeu que é possível aprovar um novo orçamento para 2025 em "apenas algumas semanas", desde que o novo primeiro-ministro trabalhe junto com o parlamento e "respeite os limites". A líder da extrema-direita voltou a criticar a proposta de Barnier, afirmando que reduzir o déficit orçamentário para 3% do PIB até 2029 não é "credível" e que uma "trajetória razoável" é necessária, com base na correção de contas estaduais e municipais, geração de riquezas e poupanças. "Queremos absorver a dívida, mas de modo inteligente, sem nos privar da chance de reindustrialização e de ajudar empresas", acrescentou.

A data limite para aprovar uma lei orçamentária na França ainda neste ano é em 21 de dezembro, mas analistas alertam que as discussões podem se estender até o próximo ano, tornando mais provável uma rolagem do orçamento de 2024, o que poderia ter impactos sobre a economia francesa.

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O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta terça-feira, 5, que "não é possível o mundo dar certo se a gente perder o mínimo senso de responsabilidade no respeito à soberania dos países". A declaração foi feita na abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty. Ele afirmou não querer "gastar tempo" comentando o tarifaço dos EUA, nem a prisão do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o presidente, o Conselhão "representa a cara da mais verdadeira economia no planeta Terra".

O órgão é composto por representantes da sociedade civil e assessora o presidente na formulação de políticas públicas e diretrizes de governo.

Lula disse que o Brasil "perdeu muito" quando o Conselhão deixou de funcionar no governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2023.

"É por isso que, quando retornamos ao governo, resolvemos criar o conselho para fazer exatamente o que vocês fazem: se reunir, dar palpite, fazer sugestão, elaborar projeto de lei, projeto de decreto", afirmou o presidente da República.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que "não é possível o mundo dar certo se a gente perder o mínimo senso de responsabilidade no respeito à soberania dos países". A declaração foi feita na abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty. O presidente disse não querer "gastar tempo" comentando o tarifaço dos EUA, nem a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

De acordo com o presidente, o Conselhão "representa a cara da mais verdadeira economia no planeta Terra". O órgão é composto por representantes da sociedade civil e assessora o presidente na formulação de políticas públicas e diretrizes de governo.

Lula disse que o Brasil "perdeu muito" quando o Conselhão deixou de funcionar no governo de Jair Bolsonaro, entre 2019 e 2023. "É por isso que, quando retornamos ao governo, resolvemos criar o conselho para fazer exatamente o que vocês fazem: se reunir, dar palpite, fazer sugestão, elaborar projeto de lei, projeto de decreto", afirmou.

Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o vice-presidente Geraldo Alckmin disse nesta terça-feira, 5, que o Brasil saiu de uma tentativa de golpe para fortalecer a democracia.

Segundo Alckmin, a democracia é civilizatória e um princípio e valor que deve nortear a existência humana. "Só ela garante desenvolvimento com inclusão", disse, durante abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty.

Na segunda-feira, 4, Bolsonaro teve a prisão domiciliar decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), por descumprir medidas cautelares anteriores.

As medidas foram determinadas no último dia 17, no inquérito que apura conduta do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e investiga crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

As medidas incluíam, além do uso de tornozeleira eletrônica, que Bolsonaro não usasse as redes sociais, mesmo por meio de aparelhos e contas de terceiros.