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Ataque de EUA e Israel à Síria destrói alvos do EI, armas químicas e mísseis

Internacional
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No dia seguinte à queda da ditadura de Bashar Assad, americanos e israelenses atacaram alvos na Síria. Os bombardeios dos EUA atingiram posições do Estado Islâmico, com objetivo de evitar o ressurgimento do grupo no vácuo de poder deixado em Damasco. Já as ações de Israel tiveram como objetivo destruir armas químicas e mísseis, para que eles não caiam nas mãos do novo governo sírio, liderado por militantes islâmicos.

 

Poucas horas depois de os rebeldes assumirem o controle de Damasco, Israel já havia ocupado postos militares no sul da Síria, enviando tropas para o outro lado da fronteira pela primeira vez desde o fim da Guerra do Yom Kippur, em 1974. A manobra foi criticada por países árabes, que viram a ocupação como ilegal e capaz de desestabilizar mais o país.

 

Autoridades israelenses garantiram que a ocupação teria um objetivo limitado: impedir que os rebeldes usem armas abandonadas em ataques às Colinas do Golan, área ocupada por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Nesta segunda, 9, soldados israelenses foram vistos cruzando a fronteira e entrando em uma área desmilitarizada no território sírio.

 

"Esta é uma posição defensiva temporária, até que um acordo adequado seja encontrado", disse o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, em um vídeo em inglês postado online. Na versão em hebraico da declaração, o premiê omitiu a palavra "temporário".

 

Erro

 

"É um erro terrível de Israel", disse Eyal Zisser, professor da Universidade de Tel-Aviv. "Ninguém na Síria está prestando atenção em Israel no momento. Colocar-nos no meio deste conflito serve a quais interesses?"

 

A Jordânia, que é uma importante parceira de Israel na região, descreveu a ocupação como uma "violação do direito internacional". "Condenamos o fato de Israel ter entrado no território sírio e assumido o controle da zona-tampão", disse o chanceler jordaniano, Ayman Safadi.

 

Transição

 

Em Damasco, o ex-premiê sírio Mohamed Ghazi al-Jalali concordou ontem em entregar o poder aos rebeldes do Hayat Tahrir al-Sham (HTS). Ele se reuniu com o líder do grupo, Abu Mohamed al-Golani, e prometeu manter o fornecimento de serviços básicos à população. O HTS também anunciou uma anistia geral para os soldados de Assad. "Sua segurança está garantida", disseram os rebeldes em mensagem no Telegram.

 

O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou ontem que o presidente russo, Vladimir Putin, aprovou pessoalmente o asilo a Assad. Peskov se negou a revelar a localização do ex-ditador. Putin já teria entrado em contato com os rebeldes para manter as bases russas em Latakia e Tartus. Como prova da nova relação, a Embaixada da Síria em Moscou hasteou ontem a bandeira com três estrelas da oposição. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República reformou seu entendimento anterior e permitiu que a ministra da Cultura, Margareth Menezes, fosse paga com recursos públicos pelos shows que fez durante o carnaval deste ano - ela saiu de férias para se dedicar às atividades privadas.

Como revelou o Estadão em março de 2024, a CEP havia decidido que a ministra só poderia fazer shows pagos com dinheiro privado. A comissão chegou a liberar os shows pagos com verba pública já contratados na época, mas vedou as "apresentações futuras" custeadas desta forma.

Margareth Menezes recebeu pelo menos R$ 640 mil das prefeituras de Salvador (BA) e Fortaleza (CE) pelos shows que fez nas cidades em 2025. A informação foi publicada pelo Metrópoles e confirmada pelo Estadão. O salário de ministros de Estado, desde 1.º de fevereiro, está em R$ 46.366,19. Antes de ir faturar na folia deste ano, a ministra fez nova consulta à Comissão de Ética, pedindo esclarecimentos sobre as decisões de 2024.

ESTADOS E MUNICÍPIOS

O colegiado, controlado por aliados do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entendeu que só há impedimento no caso de verba federal. Cachês pagos por Estados e municípios estão liberados. "A simples participação em eventos que, indiretamente, sejam beneficiados por patrocínios estaduais ou municipais não configura, por si só, conduta antiética, desde que a negociação tenha sido conduzida de maneira autônoma e transparente, sem interferência da autoridade pública", escreveu o presidente do colegiado, Manoel Neto.

A equipe da ministra reiterou que a Comissão de Ética só proibiu o recebimento de verba federal, mas que pagamentos feitos por municípios ou Estados estão autorizados. Disse ainda que, durante o carnaval, a ministra "exerceu sua profissão de cantora fora do horário de trabalho, garantindo que suas apresentações não interferissem nas responsabilidades do seu cargo, seguindo todos os preceitos legais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.